|nº 120| Dez 06

Nesta Edição » Investimentos - Patrimônio de R$100 Bi

Patrimônio atinge marca histórica de 100 bilhões

       Em 2006, a Vale do Rio Doce, maior ativo da PREVI,
       tornou-se a segunda maior mineradora do mundo

Em novembro, a PREVI chegou a R$ 101,4 bilhões de patrimônio. Os números de 2006 ainda não estão fechados, mas a expectativa é que a Instituição termine o ano com valor ainda maior. Com isso, a PREVI garante novo superávit, o quarto consecutivo. O patrimônio praticamente dobrou entre 2003 (R$ 58 bilhões) e 2006. A maior parte desse total, 63,4%, estão investidos em Renda Variável; 31,7%, em Renda Fixa; 2,8%, em Imóveis; e 2,7%, em Operações com Participantes. A grandeza desse patrimônio é compatível com os compromissos que a Instituição possui com seus 140 mil participantes.
Com recursos da ordem de US$ 35,5 bilhões, (cerca de R$ 83 bilhões), a PREVI subiu da 67ª para a 59ª posição na lista dos 300 maiores fundos de pensão do mundo, divulgada anualmente pela publicação americana Pensions & Investments. O total de ativos dos 300 maiores ultrapassa US$ 9,3 trilhões e o líder da lista é o fundo do governo japonês com US$ 870,6 bilhões. A classificação foi divulgada em setembro.

Vale torna-se a segunda maior mineradora do mundo

Ao comprar a produtora de níquel canadense Inco, a Companhia Vale do Rio Doce tornou-se a segunda maior mineradora do mundo, com ativos de mais de US$ 73 bilhões. A PREVI tem participação importante na estratégia de crescimento da Vale, com cinco dos onze integrantes do Conselho de Administração da empresa, inclusive Sérgio Rosa, que também preside o órgão. A PREVI detém 16,23% do capital total da Vale.

Reavaliação da Vale e da Neoenergia gera
ganhos de R$ 6,9 bilhões


Em 2006, a PREVI promoveu a reavaliação da participação na Vale. Os ativos chegaram a R$ 17,2 bilhões, acréscimo de R$ 5,4 bilhões. Na Neoenergia, o valor da participação passou de R$ 6,1 bilhões para R$ 7,6 bilhões. O trabalho foi realizado pelo HSBC Bank Brasil S.A. e a PREVI adotou o menor dos valores propostos, para atender à convenção contábil do conservadorismo. As reavaliações foram realizadas em setembro.


Neonergia, reestruturação e
maior valor de mercado
Ano de vitórias contra Opportunity

Depois de longa batalha jurídica, a PREVI, outros fundos de pensão e o Citigroup conseguiram afastar o Banco Opportunity da gestão da Telemig e da Amazônia Celular, em setembro. Em maio, o Opportunity já havia sido afastado da gestão do fundo de investimento que controlava seis empresas, entre elas a Brasil Telecom. Depois de um extenso processo de negociação, a PREVI vendeu a sua participação direta (20% do capital total) e indireta na Santos Brasil, empresa que opera o Terminal de Conteiners do Porto de Santos.

Oferta pública do BB é um sucesso

O Banco do Brasil realizou oferta pública de ações para aumentar o número de acionistas, dar liquidez e valorizar suas ações, além de atender à principal exigência para ingressar no Novo Mercado: ter 25% do capital social da empresa em circulação. Para a PREVI, participar da oferta foi interessante porque precisa reduzir o percentual aplicado em ações até 2012; passa a ter papéis com maior liquidez e que podem ser negociados de forma ágil; e esperava-se valorização ainda maior para as ações do BB, o que de fato ocorreu. A PREVI vendeu 16% das ações que detinha do Banco e buscou beneficiar os 84% remanescentes com o aumento potencial do número de transações do BB na Bolsa, já que as ações em circulação passaram de 6,9% para 14,8%.
A PREVI se desfez de 18 milhões de ações, o que representou ingresso de R$ 783 milhões e alteração da participação no BB de 13,9% para 11,4%. No total, a oferta atingiu R$ 2,3 bilhões, atraiu 52 mil investidores pessoa física e negociou 52,2 milhões de ações ON. A operação é um marco na história do Banco, que está há 100 anos na Bolsa, da qual foi a primeira empresa a ser listada no Brasil.

Investimento na ALL valoriza

Em julho, PREVI, Funcef e BNDES trocaram o controle do Grupo Brasil Ferrovias por ações da América Latina Logística S.A. (ALL), em operação no valor de R$ 1,4 bilhão, dos quais R$ 260,5 milhões foram contabilizados na PREVI como ações da nova empresa. A PREVI passou a deter 3,65% do capital total da ALL e teve sua participação valorizada em 77% em 2006. Por ser empresa do Novo Mercado, os papéis têm maior liquidez e podem ser negociados a qualquer tempo em bolsa, se for necessário. A preocupação com liquidez deve-se à maturidade do Plano 1 e à necessidade de desinvestir periodicamente para pagar benefícios. Com a troca de ações, a PREVI mantém investimento em setor promissor e estratégico para o País.

Aplicação em novos setores

Desde agosto, a PREVI é parceira da Incubadora de Fundos Inovar, criada pela Financiadora de Estudos e Projetos (Finep) para estimular projetos inovadores de alto potencial de retorno. A Inovar propicia que investidores analisem e selecionem fundos que irão investir nesses projetos, conhecidos como venture capital (capital empreendedor). A Incubadora já aprovou 13 fundos, que investem cerca de R$ 600 milhões em 47 empresas inovadoras.

Lançamento do Fundo InfraBrasil
A PREVI participou do lançamento de fundo que investirá em infra-estrutura no País, o InfraBrasil. A diversificação das aplicações de Renda Variável faz parte da Política de Investimentos da PREVI. O direcionamento de parte dos recursos para o InfraBrasil foi feito sob o modelo private equity, que tem como característica oferecer possibilidades de maior retorno, além de operar inicialmente fora das bolsas. Outro aspecto é que o investimento em infra-estrutura pode reduzir gargalos e beneficiar a atuação de empresas participadas, o que gera ainda mais retorno para a PREVI.
Os recursos iniciais do fundo eram de aproximadamente R$ 620 milhões, dos quais R$ 78 milhões eram compromissos da PREVI e cerca de R$ 93 milhões, empréstimo do BID. Outros investidores são Funcef, Petros, Valia e Banesprev, o BB-BI e o ABN AMRO Real, administrador do InfraBrasil. Em dezembro, com a entrada do BNDESPAR, a PREVI aumentou sua participação para R$ 90 milhões e passou a ter 10,9% do total de compromissos de investimentos dos cotistas no fundo, de R$ 824 milhões. Some-se a esse valor, o empréstimo do BID, que passou para volume equivalente a R$ 148 milhões, e chega-se ao total de ativos de cerca de R$ 972 milhões.

Mudanças tornaram Embraer e Perdigão
ainda mais fortes


Duas das melhores empresas da carteira da PREVI, Embraer e Perdigão, aderiram ao Novo Mercado e passaram por importantes mudanças que impulsionaram seu crescimento. As empresas trocaram todas as ações preferenciais por papéis com direito a voto e pulverizaram seu controle. Com isso, tornaram-se ainda mais atraentes para os investidores, o que lhes amplia a possibilidade de obter novas formas de financiamento com condições mais favoráveis. A entrada no Novo Mercado aumentou a liquidez dos papéis das duas empresas. A PREVI possui 16,03% do capital total da Embraer, o que corresponde a R$ 2,4 bilhões, e recebeu R$ 57 milhões em dividendos, em 2006.
Em junho, a Perdigão adquiriu a Batávia, fabricante de laticínios, para diversificar a área de atuação e aproveitar o conhecimento em logística. Em novembro, captou R$ 800 milhões com oferta primária de 32 milhões de novas ações ON. A PREVI subscreveu o total a que tinha direito e manteve a participação de 15,68% na empresa, o equivalente a R$ 740 milhões. Em 2006, a Perdigão pagou R$ 9,5 milhões em dividendos à Caixa de Previdência.


Adesão ao Novo
Mercado e troca de ações: Perdigão e
Embraer mais atraentes para os investidores