|nº 142| Jul 09

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Um olhar para o futuro

A política de Responsabilidade Socioambiental ajuda a posicionar-se em relação a seu negócio, minimizar impactos e desenvolver a sociedade

Ana Esteves, consultora da AMCE Negócios Sustentáveis, ajudou na elaboração da política de RSA da PREVI, que foi lançada em julho. Ela explica, nesta entrevista, como o documento foi construído, como foi a participação e envolvimento das áreas e qual é a importância das ações de um Fundo de Pensão como indutor da RSA nas empresas em que detém participação. Ana diz que a RSA é norteadora das decisões no dia a dia. Confi ra, abaixo, os principais trechos da entrevista.

Revista PREVI – Para quem ainda não é familiarizado com o tema, o que é uma Política de Responsabilidade Socioambiental (RSA)?

Ana Esteves – Dentro de qualquer organização, a RSA ajuda na gestão cotidiana com base em critérios sociais e ambientais. Na verdade é um norteador para os gestores, colaboradores e demais públicos. A RSA ajuda a Instituição a se posicionar em relação ao seu próprio negócio, em gerenciar e se adiantar a possíveis impactos sociais e ambientais. A gente precisa lembrar que a existência de qualquer empreendimento causa impacto.

Revista PREVI – O que muda em RSA quando se trata de um fundo de pensão?

Ana Esteves – Um fundo de pensão como a PREVI tem de ser um indutor de ações com a força de um grande investidor, de alguém que pode ajudar a levar assuntos dessa natureza para dentro de outras organizações. Historicamente a PREVI teve contribuição muito grande. Por exemplo, o Relatório de Responsabilidade Social e Empresarial, que começou a desenvolver de longa data, ajudou no entendimento dessas questões e permitiu entrar em outras organizações.

Do ponto de vista da própria gestão, a PREVI é uma instituição que precisa cada vez mais cuidar de retornos no longo prazo. Sustentabilidade está totalmente relacionada com isso. Olhar para dentro, para sua carteira, ajudar a desenvolver um caminho de sustentabilidade, isso é uma construção de longo prazo.

Revista PREVI – Quais foram os passos dados para a construção dessa política dentro da PREVI?

Ana Esteves – O primeiro ponto foi a criação de um grupo de trabalho com o envolvimento de todas as áreas internas, como de investimentos, comunicação, presidência etc. Esse grupo começou a amadurecer o que seria essa política, o que deveria ser olhado para dentro e para fora, e estabelecer o que era sustentabilidade. Depois houve workshop e outras atividades, e agora estamos no momento de divulgação. Foi um processo de maturação, não é algo que se faça rapidamente.

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