Políticas e Estratégias de Investimento

A PREVI, por ser uma entidade fechada de previdência complementar, administra, essencialmente, recursos provenientes das contribuições pessoais e patronais, além de outras contribuições especiais previstas no Estatuto ou em instrumento específico. Esses recursos são investidos em ações de empresas, imóveis, títulos etc. Assim é que a entidade garante o pagamento dos benefícios. Por isso, não pode realizar investimentos sem visar à rentabilidade, uma vez que é necessário combinar a busca de retornos financeiros com os princípios de sustentabilidade.

A PREVI compartilha a ideia de que todos os agentes econômicos (respeitadas as suas legítimas finalidades) devem preocupar-se com a busca de melhores resultados sociais e de menores impactos ambientais decorrentes de suas atividades. Como investe seus recursos no país, em empresas que tenham sua atuação pautada na responsabilidade social, beneficia não só os participantes, mas também a sociedade brasileira.

Signatária dos Princípios para o Investimento Responsável (PRI) desde 2006 e ciente de sua importância como investidor institucional, a PREVI pretende, com a inclusão de critérios de responsabilidade socioambiental em sua Política de Investimentos, solidificar seu posicionamento levando em consideração aspectos ambientais, econômicos e sociais.

Assim, além de suas diretrizes gerais de RSA, as políticas de investimentos dos planos de benefícios da PREVI abordam diretrizes de responsabilidade socioambiental para cada segmento de investimentos, todos presentes na Política de RSA: renda variável, renda fixa, investimentos estruturados e imóveis. As Políticas de Investimentos são aprovadas pelo Conselho Deliberativo e estão disponíveis publicamente no site www.previ.com.br.

As Políticas de Investimentos da PREVI são revisadas anualmente, com atualização das diretrizes e medidas que norteiam a gestão de longo prazo dos ativos. A inserção de variáveis ambientais, sociais e de governança no processo de tomada de decisão de investimentos objetiva mitigar os riscos que podem impactar a rentabilidade dos recursos e comprometer o pagamento dos benefícios aos participantes.

Para definir os objetivos das Políticas é preciso levar em conta os cenários macroeconômicos e setoriais, além de avaliar o fluxo de caixa no longo prazo, a gestão de riscos e as expectativas de rentabilidade dos ativos. Ao se estabelecer uma meta, os percentuais de macroalocação são definidos de acordo com o apetite de risco.

Além disso, as mudanças do cenário econômico nacional interferiram na elaboração das Políticas de Investimentos 2013-2019, que admitem, pela primeira vez, a possibilidade de investimentos no exterior – inicialmente em valores pequenos, para que a entidade possa adquirir o aprendizado necessário. Hoje, a PREVI atua no mercado externo somente por meio de suas participadas.

Saiba mais Diretrizes de RSA para Investimentos

Plano 1

Maduro e, portanto, em fase de crescimento de volume de pagamentos, o Plano 1 necessita de maior liquidez para garantir o pagamento do benefício. A tendência é que haja redução de participações acionárias e outros investimentos em renda variável e, por outro lado, aumento dos investimentos imobiliários, estruturados e em renda fixa, para a maior diversificação do portfólio e liquidez.

Macroalocação (%)

Segmentos

2011

2012

2013

Alocação mínima

Alocação máxima

Alocação mínima

Alocação máxima

Alocação mínima

Alocação máxima

Renda variável

60

66

55,2

63,2

56,6

64,6

Renda fixa

28

34

28,2

36,2

25,3

33,3

Imóveis

2

5

2,5

6

3,8

7,3

Operações com participantes

1,5

4

1

5

1,1

5,1

Investimentos estruturados

0

1

0

2

0

2

Investimentos no exterior

-

-

-

-

0

0,3

PREVI Futuro

Plano de benefícios mais jovem da entidade, o PREVI Futuro encontra-se em fase de acumulação de recursos, o que lhe permite uma alocação maior dos investimentos em renda variável, em função do horizonte de longo prazo para o início dos pagamentos de benefícios à maioria dos seus participantes. A Política de Investimentos do Plano é baseada em estudos e simulações que levam em consideração o tempo de contribuição, os níveis de contribuição e a expectativa de retorno dos investimentos. Esses três pilares orientam a construção da macroalocação dos recursos.

Macroalocação (%)

Segmentos

2011

2012

2013

Alocação mínima

Alocação máxima

Alocação mínima

Alocação máxima

Alocação mínima

Alocação máxima

Renda variável

0

50

0

50

0

50

Renda fixa

25

95

0

95

21

95

Imóveis

0

5

0

8

0

8

Operações com participantes

5

15

5

15

5

15

Investimentos estruturados

0

5

0

5

0

5

Investimentos no exterior

-

-

-

-

0

1

Capec

O Plano Capec é autônomo em relação aos demais planos de benefícios, composto apenas das contribuições de seus participantes. Os valores pagos mensalmente pelos participantes são calculados de forma a garantir montante suficiente para o pagamento dos benefícios durante o próprio exercício, sem a necessidade de gerar reservas.

Dadas as características estruturais da Capec, a estratégia de direcionamento dos recursos do Plano busca proporcionar retorno e liquidez aos recursos, de forma a cumprir os compromissos assumidos e proporcionar melhorias nas condições do Plano.

Macroalocação (%)

Segmento

2013

Indexador

Alocação máxima

Renda fixa

Selic

100

Política de Responsabilidade Socioambiental

Signatária dos Princípios para o Investimento Responsável (PRI) desde 2006, a PREVI incluiu em suas Políticas de Investimentos os critérios de responsabilidade socioambiental (RSA), de maneira a disseminar esse tipo de prática, além de solidificar seu posicionamento em prol de investimentos que levem em consideração aspectos ambientais, econômicos e sociais. No ano de 2011, a PREVI recebeu o prêmio Ecosofia do Instituto Brasileiro de Executivos de Finanças (Ibef), na categoria Gestão, pelo processo de construção e implementação de sua Política de RSA.

Entre seus conselheiros nas empresas participadas, a PREVI estimula constantemente o debate sobre sustentabilidade, como o uso da metodologia internacional de relatórios da Global Reporting Initiative (GRI), o monitoramento de emissão de gases do efeito estufa através do Carbon Disclosure Project (CDP) e outros princípios para melhores práticas da governança corporativa. Como única representante da América Latina no board do PRI, a PREVI tem incentivado o engajamento coletivo a partir da rede brasileira de signatários, a fim de estimular a questão da transparência.

No Brasil, cerca de R$ 344 bilhões estão sob a gestão dos 16 fundos de pensão participantes do PRI, o que representa 63% do setor de previdência complementar do país.