Gestão de riscos
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G4-43, G4-49
Um dos novos objetivos estratégicos da PREVI, determinado em conjunto com a aprovação do Plano Estratégico 2015-2018 e com a nova Missão, estabelece que a Instituição deve praticar uma “gestão de investimento atrelada ao apetite de riscos e liquidez dos planos”. Para cumprir esse objetivo, a função da metodologia da Gestão Baseada em Risco (GBR), adotada em 2012, é primordial. A GBR emprega metodologias de avaliação de todo e qualquer risco que possa inviabilizar o cumprimento da Missão da PREVI. Em constante aprimoramento, o processo inclui o diagnóstico de toda a estrutura de gestão, avaliando a maturidade de suas ferramentas, de seus métodos e de suas políticas e comparando-os às melhores referências em análise de risco no mundo.
Em 2014, foram identificadas três iniciativas estratégicas que concentrariam mais esforços: políticas e processos, governança corporativa e mensuração de capital. A cultura de avaliação de risco foi integrada ao dia a dia dos funcionários. Com o auxílio de uma consultoria externa, definiu-se uma matriz de riscos corporativos, com a identificação, a análise, o monitoramento e o reporte dos principais fatores de risco, além de seus impactos e da probabilidade de ocorrência. Todos os processos das áreas que lidam diretamente com riscos foram revisados, e os riscos pertinentes a cada um dos planos de benefícios foram mensurados.
O curso Introdução à Gestão Baseada em Risco foi integrado à trilha fundamental dos funcionários (composta de ações educacionais para todos os funcionários da PREVI). Vários workshops foram realizados para reforçar a importância da gestão de riscos em previdência complementar e disseminar a cultura de riscos por toda a Entidade, para alinhar o entendimento sobre as fases do projeto GBR. Nos eventos, foram apresentadas metodologias avançadas de risco de crédito e risco de mercado, sua adequação para a realidade de fundos de pensão e os desafios práticos de sua implementação. Para 2015, serão incluídas na GBR avaliações sobre os investimentos da PREVI no exterior e sobre as aplicações em imóveis, além do estudo de uma expansão do curso de Introdução à GBR para a Universidade Banco do Brasil (UniBB).
Mapa de riscos da GBR G4-43
A gestão de riscos da PREVI considera conceitos e parâmetros como o impacto das variações de preços negociados no mercado financeiro e de capitais (risco de mercado), os riscos provenientes do não pagamento de obrigações assumidas por contrapartes (risco de crédito), os riscos decorrentes de não disponibilidade de recursos (risco de liquidez) e os riscos da não constituição de recursos garantidores compatíveis com os compromissos atuariais (risco de solvência).
Os principais riscos acompanhados pela PREVI estão descritos a seguir.
GBR
Riscos e sua mensuração
Riscos de mercado: mensurado por diversas métricas, definidas pelo objetivo do portfólio, suas metas e os tipos de instrumentos financeiros envolvidos. Entre as métricas empregadas, destacam-se o Value-at-Risk (VaR), a divergência não planejada (DNP), o tracking error (TE) e a simulação de estresse.
Riscos de crédito: identificados em três grandes conjuntos – crédito em instituições financeiras, em instituições não financeiras e em operações com participantes (Empréstimos Simples e Financiamento Imobiliário).
Risco de liquidez: acompanhado e mitigado através da formação de um caixa mínimo, composto de ativos de altíssima liquidez, em volume suficiente para arcar com todas as despesas previstas para os próximos seis meses.
Risco de solvência: medido pelo impacto das projeções de resultado no balanço da Entidade. Há uma projeção das necessidades de caixa e do resultado de cada plano no futuro, o que permite fazer uma alocação de recursos mais eficiente.
Risco operacional: a Matriz de Riscos e Controles identifica os riscos e os instrumentos de controles existentes nos processos de cada gerência da PREVI. Avalia-se o risco potencial, ou seja, a probabilidade de ocorrência de uma perda, bem como a estimativa do impacto em termos de exposição financeira, de imagem e regulatória.
Risco legal: refere-se à possibilidade de perdas financeiras decorrentes do descumprimento de dispositivos legais que se convertam em sanções impostas por órgãos de supervisão e controle, em indenizações por danos a terceiros ou na criação de tributos ou nova interpretação quanto a sua incidência.
Risco do passivo atuarial: risco de não formação de reserva adequada em função da ocorrência de riscos biométricos, tais como aumento de longevidade e alteração na taxa de entrada em invalidez. Para complementar o cálculo do passivo atuarial também é calculado o passivo estocástico: para cada participante, são simulados diversos caminhos aleatórios, o que faz com que cada participante possua uma distribuição de possíveis provisões matemáticas. O total desse conjunto de provisões matemáticas forma a reserva matemática estocástica, que é utilizada no processo de ALM para a mensuração do risco de solvência.