Edição 194 Agosto/2017

vida boa

Brinquedos que alegram a vida de adultos e crianças

Luiz Paulo Pereira conta como vender Playmobil mudou sua rotina e transformou sua vida

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Brinquedo não é coisa apenas de criança. E pensando assim, arrumei uma forma de ajudar meu filho a ganhar um dinheiro extra, além de ocupar o meu tempo como aposentado do Banco do Brasil.

Meu filho Luiz Paulo tem 44 anos e estava desempregado. Um dia, no fim do ano passado, ao visitá-lo, vi a sua imensa coleção de Playmobil e tive uma ideia: por que não vendemos esses bonecos? São muitos, originais, e muita gente pagaria para tê-los, eu disse. Ele gostou da sugestão e aí começou uma nova etapa na minha vida. Aos 80 anos, comecei a vender as centenas de bonecos que ele colecionou ao longo de sua vida.

A paixão do meu filho pelo brinquedo era tanta que chegou a participar de exposições. Ele foi aeronauta por muitos anos e, como viajou por muitos lugares do mundo, comprava Playmobil por onde passava. Estava sempre adquirindo novos bonecos e chegou a ter mais de mil exemplares. Alguns são raros e, claro, custam mais que os outros na hora da venda. Hoje eu entendo um pouco da paixão dele pelos bonecos. A variedade é tanta que, às vezes, misturo peças de um com as de outro, criando versões únicas. É um trabalho muito bonito e gratificante. Lembro de um dia em que vendi dois bonecos do Michael Jackson: um preto e outro branco.

Mudança na rotina

É impressionante como essa ideia mudou o meu dia a dia. Muito mais interessante do que ficar em casa o dia inteiro vendo televisão, colocar os bonecos em uma banca na frente do prédio onde moro, no Jardim Botânico, e vendê-los, deu novos ares à minha rotina de aposentado, me faz conhecer novas pessoas, me sentir útil. Meu local de trabalho me traz muita comodidade: posso ir em casa beber água, ir ao banheiro e almoçar na hora em que quero. Além disso, meu deslocamento para montar e desmontar a banca é mínimo.

O pessoal do prédio também gostou da minha ideia. Acabei virando uma espécie de ponto de referência na rua. Dou informação, recebo correspondência. Todos passam e me cumprimentam. Atravessam a rua para falar comigo. É bem gratificante, porque não existe coisa melhor do que conhecer e conversar com as pessoas, de qualquer idade. Crianças, adultos, entregadores de compras, executivos, donas de casa, moradores do bairro... todo mundo passa e fala comigo.

Aposentadoria de cara nova

Essa minha nova atividade, depois de tantos anos fora do mercado de trabalho, trouxe um frescor à minha aposentadoria. Fui funcionário do Banco do Brasil durante 25 anos e tenho lembranças muito felizes da minha trajetória que começou na década de 1960. Meu pai trabalhava no BB e acabou me incentivando a entrar para a Instituição. Lembro que precisei fazer uma prova de português e matemática para passar no processo de seleção.

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Entrei como servente, fazendo de tudo um pouco. Com o passar do tempo, executei outras funções. Fui servente, porteiro, depois passei para o serviço de telecomunicação, sempre trabalhando no Rio de Janeiro, na Direção Geral do Banco. Eu me aposentei em 1985, como integrante do quadro de apoio. Trabalhava no prédio da Rua Senador Dantas, no Centro da cidade. E lá se vão 32 anos desde então.

PREVI faz a diferença

E a minha trajetória no Banco foi tão feliz quanto a minha vida pessoal. Sou casado com a Juliana há 57 anos e temos dois filhos: o Luiz Paulo e a Claudia. Não podia ter uma vida mais feliz.

Tenho saudades do meu tempo de bancário. Depois que eu me aposentei, acabei tendo pouco contato com meus ex-colegas. Muitos moram longe e outros, infelizmente, já faleceram. Tenho um carinho enorme pelo BB e por tudo que ele me proporcionou, como a possibilidade de ter a PREVI.

Eu sou aposentado do Plano 1, e a PREVI faz toda a diferença na minha vida. Graças a ela eu tenho uma aposentadoria tranquila, com uma complementação de renda digna, que me permite desfrutar bem dos meus 80 anos de vida com a minha família. Ah, e quando necessito, ainda posso contar com os serviços e benefícios que ela oferece.

Sou muito feliz com o que faço hoje. Acho importante e fundamental que o aposentado tenha a mente ativa, busque conhecimento e maneiras para se distrair.

Vender Playmobil me traz alegria e me deixa mais perto das pessoas. Estou sempre sorrindo porque sou feliz! Tenho 80 anos e minha pretensão é continuar desfrutando a vida dessa forma saudável, tranquila e feliz por muitos e muitos anos. Quem sabe não consigo continuar vendendo esses brinquedos até eu completar uns 100 anos? Eu vou adorar!

Luiz Paulo Pereira

Aposentado do BB e vendedor de Playmobil Brinquedos que alegram a vida de adultos e crianças

Luiz Paulo Pereira em sua banca de Playmobil

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