Edição 178 Junho/2014

recursos do plano

Conselhos estratégicos

Workshop para conselheiros de administração discute papel estratégico desses profissionais nas empresas em que a PREVI investe. Grande parte do pagamento das aposentadorias vem dos dividendos recebidos dessas empresas

A participação da PREVI em grandes empresas responde por uma parte considerável dos cerca de R$ 170 bilhões de seu patrimônio. Por isso, é preciso cuidar para que essas empresas deem o retorno necessário para ajudar a pagar aposentadorias e pensões a 200 mil participantes durante várias décadas. Só no ano passado foram R$ 9,3 bilhões em benefícios, e o horizonte de pagamentos do Plano 1 passa de 2080. “Sem falar no PREVI Futuro, que cresce a cada ano”, ressaltou Marco Geovanne, diretor de Participações da PREVI.

A afirmação de Marco Geovanne foi feita durante o Workshop para Conselheiros de Administração, realizado no dia 28 de maio. O evento contou com a participação de mais de 100 conselheiros eleitos com o apoio institucional da PREVI, bem como os apoiados por outros investidores parceiros.

O objetivo do workshop foi permitir aos participantes compartilhar ideias e experiências que envolvem o dia a dia de um conselheiro de administração, já que a qualificação desses profissionais é cada vez mais importante para a gestão dos negócios nos quais a PREVI tem investimentos.

“O que esperamos de um conselheiro de administração?”, perguntou Geovanne durante o workshop. “Esperamos que ele seja capaz de exercer seu papel olhando para a estratégia da empresa no longo prazo, sem se limitar a funções meramente burocráticas ou fiscalizadoras.”

Isso significa não passar tanto tempo olhando apenas para os balanços e relatórios trimestrais. “Uma pesquisa da consultoria McKinsey aponta que 70% do tempo dos conselheiros são consumidos olhando o espelho retrovisor em vez de mirar o horizonte”, disse Geovanne. “Precisamos estar atentos, porque mesmo grandes empresas podem desaparecer. Num cenário que muda cada vez mais rápido, o conselheiro deve dar atenção a variáveis tão diversas como o comportamento dos novos consumidores, redes sociais, fatores ambientais e movimentos sociais, entre outros.”

Para a consultora Betânia Tanure, a boa atuação dos conselheiros depende de que haja uma relação de confiança entre eles, com os acionistas e com a gestão da empresa. “Confiança pessoal e profissional. Sem isso, nenhum sistema de controle será eficiente”, ressaltou. Ela também destacou a necessidade de uma postura proativa. “O conselho deve ter sua própria agenda e não se submeter docilmente à agenda imposta pela diretoria executiva da empresa”.

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