Edição 168 Dezembro/2012

Perfil do Participante

Mobilização permanente

Engajamento dos funcionários do BB se estende ao período de aposentadoria

Sintoma claro do engajamento que caracteriza os funcionários do Banco é a filiação aos diversos sindicatos dos bancários no país. Embora os sindicatos não sejam associações exclusivas da comunidade BB e PREVI, mas sim representativas de toda a categoria, historicamente, os funcionários do Banco têm tido atuação relevante em defesa do conjunto dos bancários. Na PREVI, onde parte da Diretoria e dos Conselhos é eleita pelos participantes, vários dirigentes e ex-dirigentes são egressos do movimento sindical.

A mobilização dos funcionários na ativa se estende, muitas vezes, ao período da aposentadoria. Há dezenas de associações de antigos funcionários do Banco, aposentados e pensionistas no país. Isa Musa, presidente da FAABB, Federação de Associações de Aposentados e Pensionistas do BB, acredita que o espírito gregário já foi maior, mas mantém-se firme na defesa de seus ideais. “Vamos continuar mobilizados em defesa dos aposentados e dos pensionistas, e também da PREVI, da Cassi e do próprio Banco do Brasil”, promete.

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Para Célia Larichia, vice-presidente de Finanças da Associação dos Antigos Funcionários do Banco do Brasil (AAFBB) no Rio de Janeiro e representante eleita do Conselho Deliberativo da PREVI, o fortalecimento das associações é muito importante para o funcionalismo do Banco. “Muitas vezes nos deparamos com problemas que não podem ser resolvidos individualmente, mas que são solucionados ou resolvidos não só com o apoio, mas com a participação ativa das associações e de seus membros”, diz. A conselheira elogia a postura colaborativa das diferentes associações ligadas ao universo do Banco. “Cada uma tem seus próprios vieses, foco e estratégia, mas o objetivo é único: defender os interesses e os direitos dos participantes não apenas junto à PREVI, mas a outras entidades, como a Cassi.”

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Gerardo Camilo, representante em Fortaleza da AAFBB, lembra que é preciso trabalhar duramente para conseguir o sangue novo que vai garantir a permanência dessas associações. “Temos de convencer os mais novos das vantagens de participar do grupo, oferecendo mais serviços”, argumenta. “Precisamos unir as diferentes entidades para passarmos o bastão às gerações futuras.”

Chama acesa

Geraldo José Sola, representante da AAFBB em São Paulo, também defende a união das entidades. “Seria melhor ter um ou dois grupos fortes do que muitas associações fracas”, afirma. Além disso, é preciso descobrir como aumentar o engajamento dos funcionários mais novos no espírito associativo. “Temos de envolver a geração pós-98, do PREVI Futuro. Há um hiato entre o pessoal da ativa e os aposentados”, lamenta.

associativismo - jose bernardo de medeiros.jpgJosé Bernardo de Medeiros Neto, presidente da AFABB-RS, Associação dos Funcionários, Aposentados e Pensionistas do Banco do Brasil no Rio Grande do Sul, concorda que os tempos modernos são mais imediatistas e individualistas, mas está longe de ter saudade do passado, e acha que o espírito associativo pode durar muitos anos dentro da comunidade do Banco. “Coisas boas acontecem em todas as épocas”, diz. “O que temos é de incentivar a solidariedade e tudo que pudermos fazer nesse sentido é válido. E isso precisa ser mostrado na prática, diariamente, não apenas em discursos.”

O presidente da AAFBB, que tem sede no Rio de Janeiro, Gilberto Santiago, é objetivo. “Antes, as pessoas participavam das associações apenas por solidariedade. Hoje, você tem de dar algo em troca”, diz. “Então, em primeiro lugar, precisa provar na prática que a associação realmente defende os interesses do associado. Depois, deve oferecer mais benefícios a ele.”

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Para Waldenor Borges, presidente da AFABB São Paulo e membro do Conselho Consultivo do Plano 1, o mundo mudou e é mais difícil agrupar as pessoas, apesar da cultura de associação que continua a existir dentro da comunidade Banco do Brasil. “A comunicação, hoje, é virtual, há menos contato direto. As entidades precisam ficar atentas e descobrir fórmulas para atrair mais as novas gerações”, observa. Mas Waldenor acredita que continua a haver espaço para o espírito de cooperação. “No centro de tudo está o ser humano, que sempre precisará de calor e interação”, argumenta. “E as associações são ferramentas poderosas para isso.”

João Antônio Maia Filho, presidente da Associação dos Funcionários Aposentados e Pensionistas do Banco do Brasil de Goiás (Afago), lembra que, para as antigas gerações – “Nós, os dinossauros pré-1967” –, as associações eram uma forma de integração social, especialmente para os funcionários que desbravavam o interior do país. “A gente se juntava e acabava assumindo um papel de liderança nessas comunidades, especialmente nas cidades menores”, lembra.

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Já Rinaldo Tenório, representante da AAFBB em Recife, observa que esse movimento passa pelo fortalecimento do vínculo entre os funcionários e o Banco. “O funcionário sempre foi um patrimônio da empresa. Mas é preciso haver mais integração, vestir mais a camisa, manter essa chama acesa”, diz.

O Ano Internacional das Cooperativas se encerrou em dezembro. Não há, portanto, momento mais oportuno para lembrar como são importantes a união e a solidariedade, e contribuir para manter a chama acesa na comunidade do Banco do Brasil e da PREVI durante os próximos anos. 

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