Investimentos

Cenários Econômicos

15/06/2018

Junho de 2018

O “Boletim Macroeconômico” é um relatório periódico que tem como objetivo informar aos participantes da Previ sobre os principais acontecimentos e atualizações referentes à conjuntura econômica. Nesse relatório também são expostas projeções realizadas pelo mercado, provenientes de fontes públicas.

 

Atividade Econômica (dados coletados até 08/06/2018)

O PIB do primeiro trimestre de 2018 avança 0,4% ante trimestre anterior. Dados da atividade econômica, divulgados recentemente, indicam que a recuperação da atividade econômica se encontra aquém do previsto. O resultado do PIB de 0,4% no primeiro trimestre de 2018, mais uma vez, foi impulsionado pelos resultados positivos do setor de agropecuária (+1,4%). Ao passo que os setores da Indústria e de Serviços, que juntos correspondem a mais de 90% do PIB, cresceram apenas 0,1% no mesmo período, o que demonstra certa fragilidade na retomada.

Pela ótica da despesa, o Consumo das Famílias (+0,5%) e a Formação Bruta de Capital Fixo (+0,6%) apresentaram crescimento, enquanto que o Consumo do Governo registrou queda de 0,4%, em função das limitações dos gastos públicos. Vale destacar que os resultados do segundo trimestre podem ser impactados pela greve dos caminhoneiros, tanto em termos de atividade econômica, quanto em relação à inflação.

 

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A perspectiva de crescimento para 2018 seguirá mais dependente de uma reversão cíclica da economia, após longo período recessivo, do que por mudanças de expectativas dos empresários e consumidores, que devem postergar suas decisões de consumo e investimento para depois do período eleitoral. Ao contrário do ano passado, o PIB não terá o impulso extra do resultado acima da média da agropecuária e da liberação de recursos do FGTS. Por outro lado, espera-se que os níveis mínimos da taxa de juros (Selic) e inflação tenham influência positiva na recuperação da atividade econômica. 

 

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Inflação (dados coletados até 08/06/2018)

Em maio, os principais índices de inflação apresentaram variação positiva superior àquelas observadas nos últimos meses. O IPCA foi diretamente influenciado pelo comportamento do grupo habitação, que representou 32,5% da variação do índice no mês, enquanto que a alta do grupo alimentação e bebidas correspondeu a outros 20%.

A expansão do grupo habitação foi ocasionada, principalmente, pelo aumento do custo da energia elétrica, em função da adoção da bandeira tarifária amarela. No caso do grupo alimentação e bebidas, merece destaque a ocorrência do aumento nos preços de produtos da alimentação no domicílio, reflexo da greve dos caminhoneiros.

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Fonte: Banco Central

 

A 1ª prévia do IGP-M de junho registrou expansão de 1,50%, resultado de variações tanto no Índice de Preços ao Produtor Amplo (IPA), que representa 60% de peso do IGP-M, quanto no Índice de Preços ao Consumidor (IPC), que corresponde a 30% do IGP-M. O aumento do índice também foi influenciado pela desvalorização cambial observada no período, devido ao incremento nos preços de materiais para manufatura.

Embora a greve dos caminhoneiros e em menor grau a variação cambial tenham provocado acréscimo em determinados preços da economia e revisão das projeções do mercado para o comportamento dos índices em 2018 e 2019, há que se considerar que o elevado nível de ociosidade da economia e a ancoragem das expectativas dos agentes tendem a minimizar os impactos causados por esses eventos.

 

 

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PREVI - Diretoria de Planejamento