O “Boletim Macroeconômico” é um relatório periódico que tem como objetivo informar aos participantes da Previ sobre os principais acontecimentos e atualizações referentes à conjuntura econômica. Também são expostas projeções realizadas pelo mercado, provenientes de fontes públicas.

 

Atividade Econômica (Dados coletados até 26/04/2017)

IBC-BR obtém alta pelo segundo mês consecutivo. O Índice de Atividade Econômica medido pelo Banco Central do Brasil (IBC-BR) teve alta de 1,31% ante o mês anterior. Além disso, houve revisão no índice de janeiro, com o resultado mensal passando de - 0,26% para 0,62%. A revisão positiva advém de mudanças metodológicas na Pesquisa Mensal do Comércio (PMC) e Pesquisa Mensal de Serviços (PMS), com modificação no tamanho da amostra de participantes, adoção de novas ponderações para as empresas e alteração no ano base.

O IBC-BR é considerado uma prévia do Produto Interno Bruto (PIB). O indicador é um importante mensurador da evolução da atividade ao longo dos meses. O resultado positivo do primeiro bimestre contribuiu para pequeno aumento do PIB anual projetado pelo mercado para 2017, que após uma sequência de quedas das expectativas, passou de 0,40% para 0,45%. No entanto, a estimativa é de que o maior crescimento econômico só ocorra a partir do segundo semestre do ano. 

 

 

Europa (Dados coletados até 26/04/2017)

Aprovado formalmente início do “Brexit”. Em 29 de março de 2017, foi oficialmente dado início ao processo de saída do Reino Unido da União Europeia (Brexit), com a ativação do artigo 50 do Tratado Europeu de Lisboa. Com isso, as negociações dos termos de ruptura têm dois anos para serem concluídas.

A decisão de ruptura ocorreu por meio de plebiscito, votado em julho de 2016. No entanto, há risco de desintegração interna do Reino Unido, pois alguns países que o compõem foram contrários ao Brexit, como é o caso da Escócia, principal opositor à decisão. Adicionalmente, há a ameaça de outros países também optarem pela desintegração com o bloco.

Os impactos provenientes das incertezas envolvidas no processo para toda a União Europeia podem ser diminuídos diante da celeridade de conclusão do processo. Nesse contexto, conforme proposto pela primeira-ministra, as eleições do Reino Unido que só ocorreriam em 2020 foram antecipadas para início de junho. Thereza May, que obtém alto índice de popularidade segundo pesquisas, justificou a importância  de uma liderança “forte” e “estável” para conduzir as negociações de forma mais célere.

Para a economia brasileira, essas maiores incertezas advindas da Europa não causaram grandes impactos na entrada de investimentos financeiros, apesar da volatilidade de curto prazo ocorrida na época da decisão. Já no âmbito comercial, novos acordos podem ser estabelecidos no médio prazo, para suprir a demanda deixada pela separação entre o Reino Unido e o bloco, o que fornece oportunidades de novos negócios para o Brasil.

 

Política Monetária (Dados coletados até 17/04/2017)

Copom acelera movimento de queda da taxa básica de juros (SELIC). Em reunião realizada no dia 12/04/2017, o Banco Central diminuiu em um ponto percentual a taxa de juros básica da economia de 12,25% para 11,25%, em linha com nossas expectativas. A quarta queda seguida foi justificada pela desaceleração da inflação, especialmente a de alimentos. Embora as incertezas no cenário externo sejam fatores de risco, não se tem observado impactos negativos na economia brasileira provenientes do exterior, segundo o comunicado do Banco Central. Por fim, ressaltou-se a manutenção do ritmo de queda da taxa de juros, que dependerá da evolução da atividade econômica, dos demais fatores de riscos, das projeções e expectativas de inflação.   

 

Inflação (Dados coletados até 07/04/2017)

A Inflação do primeiro trimestre medida pelo IPCA é a menor desde o início do plano Real em 1994. O Índice Nacional de Preços ao Consumidor Amplo (IPCA) desacelerou pelo terceiro mês consecutivo em função do desaquecimento no setor de comércio e serviços, da valorização da moeda brasileira frente ao dólar e do aumento da oferta de produtos agrícolas.

A variação de março foi de 0,25% contra 0,33% observado em fevereiro. Os principais fatores para esta queda se devem à redução nos itens educação (0,95% ante 5,04%), transportes (-0,86% ante 0,24%) e comunicação (-0,63% ante 0,66%). Por outro lado, o item “Alimentos e Bebidas”, responsável por 25% de peso no IPCA, apresentou alta de 0,34% ante uma deflação de 0,45% em fevereiro.

Nos três primeiros meses do ano, o IPCA acumulado é de 0,96%.  Este resultado é o menor para o primeiro trimestre desde o início do plano Real (1994). A inflação em 12 meses ficou em 4,57%, muito próxima à meta (4,5%).  

 

Como estão as expectativas de mercado? (Dados coletados até 26/04/2017)

 

 

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