Cenários Econômicos
Março de 2017
O “Boletim Macroeconômico” é um relatório periódico que tem como objetivo informar aos participantes da Previ sobre os principais acontecimentos e atualizações referentes à conjuntura econômica. Também são expostas projeções realizadas pelo mercado, provenientes de fontes públicas.
Atividade Econômica
A dinâmica da economia brasileira demonstra uma recuperação, segundo as expectativas de mercado divulgadas pela pesquisa Focus do Banco Central. A recessão dos últimos anos foi caracterizada pelo aumento da inflação, perda da renda, endividamento das famílias e aumento da taxa de desemprego. O ano de 2017 começou com elementos conjunturais mais favoráveis. A desaceleração da inflação acompanhada do corte da taxa de juros pelo Banco Central possibilita a renegociação de dívidas expandindo a margem de crédito para empresas e pessoas físicas. Da mesma forma, o pagamento de contas inativas do FGTS injetará 34 bilhões na economia este ano, incentivando o consumo. Além disso, a possibilidade de aprovação de reformas pelo Congresso tem contribuído para a redução do risco país no mercado internacional.
Inflação
Inflação desacelera em fevereiro favorecida pela diminuição dos preços dos alimentos. Com queda de 0,45%, os alimentos foram os principais responsáveis pela queda do IPCA (Índice de Preços do Consumidor Amplo) do mês de fevereiro, que desacelerou de 0,38% em janeiro para 0,33%, a menor taxa para o mês de fevereiro desde 2000. A inflação acumulada nos últimos 12 meses atingiu 4,76%, valor próximo à meta de inflação do Banco Central para o fim do ano (4,5%).
Além da contribuição da maior safra de alimentos, outros fatores vêm auxiliando nesse movimento de queda de inflação: o fraco crescimento econômico, cujo PIB (Produto Interno Bruto) em 2016 teve variação de -3,6%, valor abaixo do esperado pelos analistas; e o Real mais forte em relação ao Dólar, o que tem mantido os preços dos produtos importados mais baratos, impedindo uma alta generalizada de preços.
O controle da Inflação tem sido um dos principais avanços da economia no período recente. A inflação é a principal responsável pela perda do poder de compra da população, especialmente das faixas mais pobres. Seu controle é essencial para diminuir os riscos e aumentar o horizonte de planejamento, tanto das famílias quanto dos empresários e, consequentemente, impulsionar os investimentos.
Política Monetária
Copom acelera movimento de queda da taxa básica de juros (SELIC). No dia 22 de fevereiro, o comitê de política monetária (COPOM) reduziu a taxa de juros em 0,75p.p, que passou de 13% para 12,25%. Em ata, o COPOM justificou a queda em virtude de um ambiente com expectativas de desaceleração da inflação e a atividade econômica abaixo do esperado. Nos últimos dias, a probabilidade de intensificação da queda da taxa SELIC de 0,75p.p. para 1p.p. aumentou entre os analistas após a divulgação dos números do PIB e da inflação de fevereiro abaixo do esperado.
Resultado Fiscal
Resultado fiscal de 2016. O resultado do governo central (Tesouro Nacional, Previdência Social e Banco Central) foi de déficit primário de R$ 154 bilhões, segundo dados do Banco Central. O resultado ficou dentro da meta estipulada pelo governo, que previa déficit de até R$ 170,5 bilhões.
Já o resultado nominal, que além do resultado primário, considera o pagamento de juros da dívida pública, foi de déficit de R$ 562 bilhões em 2016, o equivalente a 8,93% do PIB. Esse resultado é impactado pelas alterações na taxa básica de juros (SELIC). Portanto, a tendência é de que a redução da taxa SELIC estimada pelo mercado contribua para a diminuição do déficit nominal do governo.
Como estão as expectativas de mercado?
Dados Coletados até 10/03/2017.
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