|nº 141| Jun 09

Nesta Edição » Fusão » Perdigão + Sadia = BR Foods

No dia 19 de maio, foi anunciada a operação que promove a união entre as empresas Perdigão e Sadia, criando a Brasil Foods (BRF). O desfecho de uma das maiores negociações dos últimos tempos entre empresas nacionais confere à Brasil Foods um lugar entre as 10 maiores do mundo e a liderança, em faturamento, no segmento de alimentos industrializados no País.

A PREVI – que já detinha 14,16% do capital da Perdigão e 8,6% da Sadia – será um dos maiores acionistas da nova empresa, com 12,3% de participação no capital, levando-se em conta a pulverização do capital da empresa no Novo Mercado da Bovespa (somente ações ordinárias – ON).

Quinta maior exportadora brasileira

A companhia já nasce como a maior processadora de carne de frango do mundo e a quinta maior exportadora de produtos brasileira, menor apenas que Petrobras, Vale, Embraer e Bunge. Sadia e Perdigão atuavam, antes da fusão, em mais de cem países. Em termos de faturamento líquido anual, seus R$ 22 bilhões lhe asseguram a terceira posição entre as maiores empresas privadas nacionais, atrás da Vale e da Oi – que incorporou recentemente a Brasil Telecom – ambas com signifi cativa participação acionária da PREVI.

Bom negócio para a PREVI

A PREVI acredita na criação de uma empresa campeã e com forte capacidade de crescimento, sobretudo no mercado internacional. O nome, em inglês, foi adotado pela necessidade de posicionamento em uma economia global.

“A conclusão do negócio entre Sadia e Perdigão traz benefícios para ambas, com ganho de escala na produção e distribuição dos produtos, além de maior competitividade tanto no mercado interno como no exterior, onde as marcas já são fortes. Consequentemente, os investimentos que realizamos nas duas empresas serão valorizados também”, acredita Sérgio Rosa, presidente da PREVI.

A criação da Brasil Foods é mais uma história de sucesso em que a PREVI tem presença destacada. A trajetória da Perdigão representou um excelente exemplo de governança, superação e criação de valor. Fundada em 1934, a Perdigão chegou a viver uma grande crise antes de ser adquirida por um grupo de fundos de pensão, por volta de 1996. Sob o controle dos fundos, a empresa foi reformulada e gerida por uma equipe liderada por Nildemar Secches, ex-funcionário do BNDES. Desde então, a empresa expandiu produtos e fábricas pelo Brasil e teve crescimento contínuo, a uma taxa média de 13% ao ano nos últimos 10 anos. Em 2008, a Perdigão e a Sadia equiparavam-se em termos de participação no mercado.

Outro aspecto relevante foi a adesão da Perdigão ao Novo Mercado da Bovespa, em 2006, momento em que a empresa incorporou os mais elevados padrões de governança corporativa, fazendo-a diferenciar-se de seus concorrentes. Em função disso, a empresa vinha sendo melhor avaliada entre os investidores e, consequentemente, isso se refl etia no valor de suas ações.

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