Mensagem da Diretoria Executiva

Não há dúvidas de que 2016 foi um ano complexo e desafiador, como têm sido os anos mais recentes e provavelmente serão os anos futuros, em maior ou menor escala. Nesse contexto, ter um modelo de governança equilibrado e uma gestão firme ancorada por equipe técnica bem preparada faz a diferença para melhor.

Ao apresentarmos os resultados de 2015, insistimos no fato de que o déficit era decorrência de fatores conjunturais momentâneos. O ano passado demonstrou de forma cabal que nossa avaliação era correta e que podíamos confiar na recuperação dos ativos de nossa carteira de investimentos. Pela primeira vez em quatro anos, o Plano 1 voltou a ter superávit no exercício sem fatores extraordinários. O valor não é o suficiente para reverter o déficit acumulado em anos anteriores, mas foi possível não acionar o plano de equacionamento. É um indicador positivo capaz de reforçar a confiança que os associados sempre depositaram na PREVI.

Tanto o Plano 1 quanto o PREVI Futuro obtiveram rentabilidades superiores às necessidades atuariais em 2016 e sinalizam o rumo certo. Um caminho pavimentado pela aplicação correta de políticas de investimentos criteriosamente planejadas, pelo acompanhamento atento dos principais ativos da carteira e pelo esforço coletivo na redução das despesas administrativas. Há muito a ser feito ainda – sempre há – na busca incansável da excelência e da defesa dos interesses dos associados.

O Plano 1 viverá muito em breve o ápice dos desembolsos com o pagamento de benefícios. Para fazer frente a esse desafio, seguirá sua trilha de desinvestimentos cautelosos e graduais, aproveitando as melhores oportunidades de mercado. Exemplo disso foi a venda da CPFL Energia, empresa considerada um ativo premium, negociada em condições bastante favoráveis. Já o PREVI Futuro seguirá sua trajetória crescente de acumulação de recursos e também poderá se valer do melhor que o mercado ofertar visando à rentabilização dos investimentos.

Em 2016, houve significativas entregas no campo da transparência: criamos o hotsite Resultados, atualizado mensalmente com os principais números da PREVI, visitamos 12 capitais, dialogando com os associados, e posicionamo-nos de forma tempestiva sobre questões relevantes no site, de forma acessível a todos. Acreditamos no relacionamento de mão dupla com os associados, que têm o direito de estar bem informados sobre os rumos da Entidade, cuja Missão é pagar seus benefícios de forma segura, eficiente e sustentável durante toda a vida.

Mensagem do Conselho Deliberativo G4-1

Acontecimentos políticos atingiram o mercado financeiro em 2016 e repercutiram em toda a atividade econômico-produtiva. Os ativos financeiros sentiram os reflexos da volatilidade causada por fatores como o impeachment e os desdobramentos da Operação Lava-Jato. Além disso, o alto nível de desemprego, o PIB brasileiro negativo, a inflação no teto da meta, a mudança da equipe econômica, a discussão das reformas previdenciária e fiscal e a PEC 31, que limita os gastos públicos, tiveram impactos relevantes. No ambiente externo, o Brexit, a eleição presidencial norte-americana e dúvidas sobre a eficácia da política econômica na Europa colaboraram para as incertezas.

Todas essas variáveis nos incentivaram a trabalhar com seriedade e afinco por bons resultados. Na prática, a estratégia desenvolvida a partir da Missão da PREVI foi fundamental para superarmos a meta atuarial em 2016, com o claro objetivo de evitar um possível plano de equacionamento de déficit em decorrência dos resultados de 2015. Para tanto, destacamos a rentabilidade aferida nas negociações que envolveram a venda da participação da PREVI na CPFL Energia, juntamente com valorizações de alguns ativos estratégicos que compõem a carteira dos planos de benefícios, como o Banco do Brasil e a Petrobras. Juntos, apenas esses três ativos responderam por mais de R$ 10 bilhões de valorização.

Em decorrência de estratégias como as citadas anteriormente, e considerando um ano em que obtivemos retornos acima da meta atuarial, é importante notar que, apesar dos momentos turbulentos que vivemos no passado, estamos no caminho certo, mantendo nossos investimentos em ativos sólidos que vêm recuperando seu real valor de mercado. Isso só demonstra nossa estratégia convergente, coerente e comprometida com os anseios de nossos associados.

Com relação à governança, em 2016 houve maior aproximação entre o Conselho Deliberativo e a Diretoria Executiva, alinhando objetivos em torno da Missão, do planejamento de longo prazo e do desempenho eficiente, visando à otimização na utilização dos recursos. Essa aproximação se materializou por meio do planejamento estratégico proposto para o ciclo 2017-2021, que contou com a participação de todos os conselheiros deliberativos e diretores. O processo de planejamento e os objetivos estratégicos resultantes foram objeto de diversas reportagens publicadas no site e na Revista PREVI.

Também cabe destacar a melhora na satisfação dos participantes com a Entidade. A pesquisa realizada no segundo semestre de 2016 apresentou um índice de satisfação geral dos associados com a PREVI de 92,62%, superior ao resultado de 83,79% da pesquisa realizada no primeiro semestre.

Com relação à eficiência, reforçamos a convicção de que estamos no caminho certo ao colocar uma lupa nas despesas administrativas da PREVI e promover reduções reais dos gastos de gestão dos planos de benefícios. Esse tema reforça nosso firme compromisso com o pagamento de benefícios de forma eficiente, segura e sustentável.

Um cenário futuro com maior previsibilidade e estabilidade se vislumbra no horizonte. Estamos confiantes de que temos uma estratégia robusta e eficiente, uma governança exemplar e um caminho claro a ser trilhado. Isso será fundamental para acompanhar e responder às expectativas de nossos associados.

Mensagem do Conselho Fiscal G4-1

O ano de 2016 foi especialmente turbulento para o país, em face da instabilidade dos ambientes político e econômico. No Brasil, a retomada da atividade econômica não ocorreu na velocidade esperada e, mais uma vez, houve redução do PIB nacional. O cenário internacional foi de crescimento baixo e de incertezas, o que também contribuiu para o fraco desempenho da economia brasileira.

Apesar do cenário complexo e desafiador, a PREVI teve um ano positivo, obtendo rentabilidades expressivas em seus planos de benefícios. Após quatro exercícios consecutivos com déficit, o Plano 1 registrou superávit no ano de 2016. A rentabilidade superou a meta atuarial, e o resultado líquido dos investimentos foi suficiente para evitar a necessidade de equacionamento da posição deficitária de 2015, via contribuições extraordinárias. No Plano PREVI Futuro, a rentabilidade obtida no ano foi quase o dobro da meta atuarial do período.

No exercício, ocorreu a venda da participação na CPFL Energia, gerando reforço da liquidez e oportunidade de novos investimentos, dado o perfil de médio e longo prazo dos compromissos. O Conselho Fiscal permanece criteriosa e permanentemente atento às diretrizes e atividades que envolvem a gestão da carteira de investimentos, em especial aos ativos mais complexos.

Houve avanços na prestação de contas aos associados, e a transparência tem sido objeto de discussões permanentes, visando à sua otimização e ao seu aprimoramento. O Conselho Fiscal tem estimulado a melhoria dessas práticas.

A PREVI tem demonstrado foco na gestão de seus ativos, considerando liquidez, rentabilidade e solvência, de modo a assegurar o cumprimento de sua Missão. Está amparada por uma equipe técnica qualificada e pelo robusto modelo de governança adotado pela Entidade, com segregação de funções entre a proposição, a gestão e o acompanhamento dos investimentos.

O Conselho Fiscal, como principal órgão da estrutura de controles internos da Entidade, vem exercendo papel fundamental nesse modelo, ao supervisionar, fiscalizar e controlar a gestão dos investimentos, com orientação para a gestão baseada em riscos.

Acreditamos que nossa atuação contribuiu de forma significativa para que decisões e encaminhamentos relevantes fossem adotados ao longo de 2016, tanto pela Diretoria Executiva quanto pelo Conselho Deliberativo. Nesse diapasão, dentre outros, manteremos acompanhamento das ações em curso que tratam de reclamatórias trabalhistas de associados, originadas no Banco do Brasil.

Por fim, reafirmamos o compromisso de nos desincumbirmos de nossas atribuições com responsabilidade e zelo, primando sempre pela lisura e ética da Entidade, com o objetivo de assegurar o cumprimento de sua Missão, de “garantir o pagamento de benefícios aos associados de forma eficiente, segura e sustentável”.

Mensagem do Conselho Consultivo do Plano 1

O Conselho Consultivo acompanha a evolução de assuntos relevantes para o Plano 1, com destaque para aspectos relacionados com solvência e liquidez, haja vista as características do conjunto de associados ao Plano 1, sendo pautado pela própria Missão da PREVI, que é garantir o pagamento de benefícios aos associados de forma eficiente, segura e sustentável.

Nesse aspecto, o Conselho Consultivo acompanha as diretrizes da Política de Investimentos do plano, com foco especial na migração das exposições para ativos de maior liquidez, de modo a garantir o fluxo crescente de pagamento de benefícios aos associados.

Dado o grau de maturidade do Plano de Benefícios 1, caracterizado pelo fato de a maioria dos associados do plano já receber os seus respectivos benefícios, a sua gestão de liquidez exerce papel de grande relevância na alocação de recursos, sendo essencial que os desinvestimentos sejam feitos com cautela para manutenção do equilíbrio atuarial.

O contexto do ano de 2016 foi desafiador, principalmente no que diz respeito à necessidade de adequação de seu passivo atuarial sob cenário de alta volatilidade nos ambientes econômico, financeiro e político, tanto no Brasil quanto no exterior, o que demandou maior grau de atenção às oscilações do mercado, em especial nos investimentos em renda variável, parcela importante dos investimentos do Plano 1.

Em 2016, houve um fato relevante que também foi acompanhado pelo Conselho Consultivo. Como é de conhecimento público, a PREVI e outros fundos de pensão foram alvos da CPI dos Fundos de Pensão, fato que gerou preocupação entre os associados. Ao contrário de outros fundos de pensão, a PREVI passou incólume por esse processo. O relatório da CPI ressaltou a boa governança e a eficiência da análise técnica elaborada pela PREVI. Abaixo, segue trecho do relatório da comissão: “(...) Para alívio de seus beneficiários, a área técnica da PREVI foi além e identificou, com facilidade, outros fatores que elevavam o risco do negócio e decidiu por não recomendar qualquer nova subscrição de quotas no FIP Sondas.”

Nada obstante o contexto de incertezas, observou-se valorização de ativos do Plano 1 da PREVI, proporcionando condições para o ajuste parcial do quadro observado no início do ano de 2016 e, consequentemente, para a reversão das expectativas de aumento de contribuição por parte dos associados para o plano.

Mensagem do Conselho Consultivo do PREVI Futuro

Em um momento em que se discute o modelo de previdência social no Brasil, os fundos de pensão reafirmam a importância da previdência complementar, destacando-se a PREVI como o maior fundo de pensão do país.

No que tange ao Plano PREVI Futuro, dentre os benefícios previstos, ressalta-se a possibilidade da concessão de renda mensal antecipada de aposentadoria, dispensando que o participante esteja em gozo de benefício pela previdência oficial, desde que satisfaça os demais requisitos para seu requerimento.

Sob essa ótica, a atenção do participante para suas reservas e as opções de contribuição extraordinária permitidas pelo plano (subparte 2b e 2c) assumem maior importância para se alcançar o benefício de aposentadoria desejado. Vale lembrar que as parcelas convertidas para a subparte 2b possuem contrapartida do Banco na mesma proporção.

Com o bom desempenho no ano de 2016, o plano superou a meta atuarial estabelecida para o período. Além disso, estamos presenciando um novo momento, em que o PREVI Futuro concedeu benefícios a um maior número de participantes.

Diante desse novo cenário, o Conselho Consultivo redobra sua atenção e sua atuação, inclusive sobre o grupo de participantes aposentados. A implementação de novos mecanismos de comunicação ganha importância, reafirmando a política de aproximação com o participante, que amplia o acesso a informações referentes ao plano.

É preciso que cada participante se aproprie da construção da sua reserva, conhecendo, planejando e acompanhando o nosso plano. Esse é o convite que fica para todos os participantes!