Edição 200 Novembro/2018

gestão

Planejamento Estratégico: um processo contínuo

Novo ciclo atualiza diretrizes para os próximos cinco anos e aponta caminhos para o Plano Tático, Políticas de Investimentos e Orçamento da Entidade.

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O ciclo do Planejamento Estratégico da Previ é um processo contínuo e resulta na atualização dos objetivos e diretrizes da Entidade para os próximos cinco anos. Apesar desse horizonte quinquenal, anualmente o plano é revisitado para eventuais ajustes de rota. Um dos principais insumos para essa atualização vem dos fóruns que acompanham a evolução dos objetivos estabelecidos no ano anterior.

Este ano, o Planejamento vem examinando os Valores Corporativos da Previ, buscando torná-los mais claros para todos os associados. Ao mesmo tempo, para reflexão sobre os atuais objetivos estratégicos, são levadas em conta variáveis relativas ao contexto econômico, ao cenário previdenciário, aos participantes, ao patrocinador, à regulação e à inovação.

Esses eixos avaliam efeitos que vão desde mudanças no sistema de previdência social brasileiro à adoção de tecnologias disruptivas, como a Inteligência Artificial e seu impacto no mercado de trabalho e nas empresas. Trata-se de uma prática essencial para a Previ no cumprimento da sua missão, de pagar benefícios a todos nós, associados, de forma segura, eficiente e sustentável, tendo em vista a perspectiva de longo prazo do contrato previdenciário.

O pontapé inicial para os trabalhos de atualização do Plano Estratégico é dado com as entrevistas realizadas com todos os diretores por consultoria contratada especialmente para orientar o processo. Mas as entrevistas com os diretores são apenas o começo de uma caminhada extremamente rica e detalhada sobre os rumos da Previ, em um processo que a cada ano se torna cada vez mais participativo. Além da Diretoria, outras instâncias de decisão e fiscalização também são ouvidas: titulares e suplentes dos Conselhos Deliberativo e Fiscal, e titulares dos Conselhos Consultivos dos Planos.

Debates

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Também são realizadas entrevistas com representantes de associações de funcionários e aposentados do Banco do Brasil e outros públicos de relacionamento, como a Associação Brasileira de Entidades de Previdência Complementar Fechada (Abrapp), para enriquecer ainda mais os subsídios para a elaboração do Planejamento. Além disso, a experiência, os insumos e a visão externa trazidos pela consultoria contribuem para garantir que a estratégia considere o maior número possível de variáveis.

Outro diferencial importante no Planejamento Estratégico da Previ é o alto grau de engajamento dos funcionários da Entidade com o processo. E, em 2018, esse envolvimento cresceu ainda mais. Pela primeira vez, os Workshops de Planejamento Estratégico incluíram colaboradores fora do nível gerencial nas discussões. Isso é importante não só porque aumenta o envolvimento da força de trabalho com o processo, mas por permitir que cada um saiba com mais clareza qual sua parte no resultado da Estratégia e as ações que dela resultam.

A participação da força de trabalho se estendeu ainda por meio de uma pesquisa eletrônica realizada com os funcionários da Entidade sobre o processo. O levantamento abordou o Planejamento Estratégico, as contribuições dos colaboradores para o processo, a execução do Planejamento e em que medida os objetivos do processo foram atendidos. Ao todo, 70% dos funcionários responderam à pesquisa.

Os números impressionam: 99% percebem que seu trabalho ajuda a Previ a atingir seus objetivos e 95% acreditam que os objetivos traçados atendem aos desafios enfrentados. O resultado desse modelo de Planejamento, portanto, representa um salto de qualidade exemplar. A participação direta e indireta de praticamente toda a força de trabalho potencializa a inteligência envolvida no processo, de forma ordenada.

Na prática, o Planejamento Estratégico da Previ deixou de depender exclusivamente da Diretoria. Hoje, ele é uma prática muito mais técnica e institucional, o que faz com que a troca de dirigentes durante o processo não tenha maior impacto. Tanto que, este ano, o ex-presidente Gueitiro Matsuo Genso e o novo presidente, José Maurício Coelho, foram ouvidos na fase de entrevista.

Desdobramentos

Vale lembrar que o Planejamento Estratégico é muito mais do que um documento a ser guardado na gaveta dos gestores. Ele tem consequências práticas para o dia a dia da organização e desdobramentos que impactam todos os participantes dos planos da Entidade.

À medida que o processo avança, ele gera informações e direcionamento para a elaboração do Planejamento Tático-Operacional – que transforma a Estratégia em ações com metas específicas. O Planejamento Tático-Operacional começa pouco depois do Estratégico, e a aprovação dos dois Planos é conjunta, permitindo maior alinhamento entre os dois níveis. O Planejamento Estratégico também serve de base para direcionar as Políticas de Investimentos e a elaboração do Orçamento da Entidade.

Nesse contexto, é possível observar ainda avanços, como a criação de espaço de inovação para o desenvolvimento de novos projetos e ferramentas tecnológicas. O primeiro fruto dessa iniciativa foi justamente a criação de uma ferramenta para acompanhamento da Estratégia e dos Planos Táticos e Operacionais por toda a força de trabalho da Entidade, o que aumenta ainda mais o engajamento na execução. Afinal, a cultura do Planejamento se dá no dia a dia da Previ.

Cenário complexo

Conheça os seis fatores que mudam direta ou indiretamente o contexto de atuação da Previ.

1 - Contexto econômico: a redução estrutural da taxa de juros é acompanhada por um período de alta instabilidade política. Isso amplia a incerteza quanto às expectativas para o cenário econômico, com impacto na elaboração das Políticas de Investimentos e no equilíbrio de rentabilidade e liquidez dos ativos.
2 - Cenário previdenciário: o debate sobre a reforma da previdência social e as demandas regulatórias criam condições mais restritas para a atuação das entidades de previdência complementar fechada. Em um cenário de queda de taxas de juros, isso representa um desafio para o setor e sua sustentabilidade.
3 - Participantes: o aprimoramento da comunicação com os associados é uma preocupação constante. É preciso atender a uma demanda crescente por melhores experiências dos usuários, ao mesmo tempo em que é preciso aumentar o nível de educação previdenciária e o interesse sobre o tema, sempre tendo em vista a diferenciação entre os segmentos de participantes.
4 - Patrocinador: a digitalização de serviços bancários exige pensar em medidas que garantam a sustentabilidade de longo prazo da Previ em um cenário em que haja menos associados ativos nas próximas décadas.
5 - Regulação: o cenário é de regras mais restritas, com atuação mais intensa dos reguladores. Isso pode ter impacto sobre o setor de previdência complementar fechada e o modelo de governança das entidades.
6 - Inovação: a tecnologia transforma profundamente a sociedade. Esse impacto cria modelos de negócio que podem ser explorados em novas classes de investimentos. Ao mesmo tempo, o uso dessas ferramentas é fundamental para impulsionar a eficiência da Previ e expandir o relacionamento com os participantes.


Planejamento ao alcance de todos

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A Previ desenvolveu a versão beta de uma aplicação bastante intuitiva, acessada por todos os funcionários em sua intranet. A aplicação permite que se visualize um gráfico com todas as atividades relacionadas com o Plano Estratégico e Tático em que a gerência de cada funcionário seja responsável ou interveniente.

Nas demais telas, em diferentes visões proporcionadas pela aplicação (por diretoria, por gerência, por objetivo estratégico, por status etc.), o funcionário pode conhecer tudo o que está sendo feito pelas áreas da Previ no Plano Estratégico e Tático. As informações são atualizadas semanalmente.

Esta maneira integrada e fácil de acompanhar o andamento das atividades mostra que, para o cumprimento da estratégia, é imprescindível a participação de todos. O trabalho de cada área é importante para o atingimento das diretrizes e, consequentemente, dos objetivos estratégicos. A ideia é que a facilidade de acesso ao Plano Estratégico e Tático possa contribuir para que todos conheçam o direcionamento estratégico e, assim, possamos caminhar na mesma direção.
 

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