Edição 198 Julho/2018

Educação Previdenciária

Previ Futuro: sua aposentadoria você constrói

Segunda Semana Previ de Educação Financeira e Previdenciária teve apresentações sobre saldo de conta e impacto nos benefícios

Marcello Azeredo é associado do Previ Futuro há 18 anos, mas até recentemente conhecia pouco sobre o funcionamento do Plano. Funcionário do Banco na Ditec do Rio de Janeiro, ele teve a oportunidade de saber mais sobre regras de aposentadoria, concessão de benefícios e estratégias previdenciárias durante a 2a Semana Previ de Educação Financeira e Previdenciária, realizada, em maio, no Rio.

Dirigidas especialmente aos associados do Plano, a série de palestras serviu para explicar como se dá a formação do saldo de conta individual, os fatores que influenciam o valor dos benefícios e a importância de se ter uma postura mais ativa na fase de acumulação para garantir melhores condições na aposentadoria. A participação no evento contou como hora de treinamento para os funcionários do Banco.

“No mesmo dia do evento, busquei a consultoria da Previ, baixei o aplicativo e fiz os ajustes necessários”, conta Marcelo. Para engordar o saldo da sua conta, também solicitou a portabilidade dos recursos que tinha em outro plano de previdência complementar. Desde então, vem acompanhando mensalmente a evolução do saldo e a rentabilidade dos investimentos para fazer ajustes sempre que julgar necessário.

Allessandra de Jesus, funcionária da Ajure Rio de Janeiro, também participou do evento, e elogiou a clareza das explicações. “Foi muito produtivo. Eles saíram da linguagem técnica do regulamento para mostrar como funciona o Plano em linguagem fácil”, diz. Isso estimulou Allessandra a contratar o pecúlio da Capec, na modalidade Morte Júnior. “Nunca tinha feito, mas, depois da palestra, achei que devia”, explica.

Ter uma postura ativa na estratégia previdenciária é fundamental para a construção de seu benefício. Deve-se levar em conta que, no Previ Futuro, a Renda Mensal de Aposentadoria depende de quanto o participante consegue acumular no saldo de conta individual. Esse saldo é formado inicialmente pela contribuição mínima (2a) todos os meses. Essa contribuição é acompanhada pelo Banco do Brasil na mesma proporção.

No entanto, o associado tem outras oportunidades para aumentar sua contribuição e, consequentemente, engordar o saldo acumulado. Uma delas é a contribuição adicional (2b). Ela considera três fatores:  crescimento salarial do participante, tempo de filiação ao Plano e crescimento salarial médio anual dos funcionários do Banco do Brasil vinculados ao PREVI Futuro. Essa modalidade foi criada para que a Renda de Aposentadoria seja condizente com as últimas remunerações da ativa.

Como funciona a Contribuição Adicional (2b)?

A contribuição adicional pode variar de 1% a 10% do Salário de Participação. Esse percentual é calculado mensalmente por meio da Pontuação Individual do Participante (PIP). Essa contribuição é acompanhada na mesma proporção pelo Banco. Ou seja, de cara ela proporciona um retorno de 100%.  

Como a PIP varia todo mês, o ideal é que o participante opte sempre pelo percentual máximo de 10% para que as contribuições acompanhem a evolução da carreira. Lembre-se: quem fizer isso, não vai contribuir necessariamente com 10% a mais. Assim, quando o sistema calcular um percentual maior que o atual, de 3% para 4%, por exemplo, o novo valor será assumido automaticamente. No Simulador de Renda, disponível no site, é possível verificar o impacto dessas contribuições na Renda Mensal de Aposentadoria

Se você evolui na carreira no Banco é fundamental fazer a contribuição adicional (2b). Só assim, o valor do seu benefício na aposentadoria estará compatível com seu salário na ativa.

E a contribuição complementar?

A contribuição complementar (2c), por sua vez, é exclusiva do participante. Ou seja, não têm a contrapartida do Banco do Brasil. Ela pode ser mensal, em percentual não inferior a 2% do Salário de Participação, ou esporádica, desde que não seja inferior a 20% do Salário de Participação. Ambas são debitadas em conta corrente.

Todas as contribuições vertidas para o plano podem ser deduzidas da base de cálculo do Imposto de Renda, até 12% da renda bruta anual.

Tempo e rentabilidade

No entanto, o saldo de conta não depende exclusivamente das contribuições. Ele também é resultado da rentabilidade acumulada dos investimentos. Ou seja, quanto maior o tempo de acumulação e quanto maior o retorno sobre os investimentos, maior será o saldo.

Por isso, é muito importante que o associado acompanhe a evolução do seu saldo de conta e o benefício que deseja alcançar. Ele pode fazer isso por meio da função Meu Benefício do App Previ, disponível para plataformas Android e IOS.

Esse acompanhamento é essencial para ajudar o participante a trilhar o caminho certo e alcançar seus objetivos no futuro. Além disso, o Meu Benefício também ajuda a decidir se vale a pena assumir, ou não, uma postura mais agressiva nos Perfis de Investimento, enfrentando mais riscos em busca de maior rentabilidade. Cada um dos perfis (Conservador, Moderado, Arrojado e Agressivo) tem percentual diferente de investimentos alocados em renda variável, indo de 0% a 60%.

Para escolher o mais adequado, é importante observar o próprio perfil do associado como investidor e seu momento de vida profissional. Quando está no começo da carreira, o associado tem tempo para se recuperar de eventuais momentos de queda no mercado, o que não acontece com quem já está mais perto da aposentadoria.

Tudo isso mostra que o associado do Previ Futuro não deve deixar o planejamento da aposentadoria para amanhã. Afinal, o valor do seu benefício começa a se formar no dia da filiação ao Plano. “Às vezes, somos engolidos pelo dia a dia e não lembramos do nosso futuro. Só que ele precisa ser construído mês a mês”, conclui Marcelo. 

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