Edição 192 Janeiro/2017

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Plano 1: menos Renda Variável no horizonte

Política de Investimentos prevê redução gradual da carteira de ações e participações

A Política de Investimentos do Plano 1 para o período de 2017 a 2023 continua seguindo a trilha da liquidez e do baixo risco. Por isso, ela prevê a continuidade na redução da carteira de Renda Variável do Plano. Os limites de investimento para essa modalidade, que inclui ações e participações em empresas, passam a ser de 27,90% para o ano de 2023. As vendas serão feitas com cautela para que não haja perda de patrimônio.

Atualmente, a Renda Variável responde por cerca de 50% dos ativos do Plano 1. O grande desafio é dar liquidez às participações ainda existentes em blocos de controle de empresas. “Não vamos queimar ativos”, diz Zeca, diretor de Planejamento da Entidade. “A saída será feita no momento certo, de forma vantajosa, como fizemos na venda da nossa participação na CPFL.” Mesmo a venda das ações negociadas livremente em bolsa será gradual. “Não vamos vender ações com pressa para não fazermos maus negócios.”

Na Renda Fixa, a Política do Plano 1 recomenda uma alocação de 61,95% para o ano de 2023. A estratégia é concentrar a carteira em papéis de baixo risco, especialmente títulos públicos indexados à inflação e com prazos que coincidam com o fluxo de caixa para pagamento de benefícios. “O indexador atuarial da PREVI é a inflação medida pelo INPC, enquanto os títulos disponíveis são indexados pelo IPCA”, observa Zeca. “Às vezes, esses índices não coincidem, como no ano passado, mas no longo prazo a tendência é de convergência.”

Private Equity

Nos chamados Investimentos Estruturados, a recomendação é de muita cautela por se tratar de ativos de maior risco e de estarmos num cenário econômico ainda instável. “Não é o momento de fazer novos investimentos em private equity”, justifica o diretor.

Já no segmento de Imóveis, o Plano 1 entra em uma fase de manutenção da carteira. “Vamos manter esses investimentos em níveis adequados de risco, nos desfazendo de alguns imóveis menos rentáveis para investir em outros”, diz.

Segundo o diretor de Planejamento, a vacância (nível de desocupação) dos imóveis da PREVI é menor do que a média do mercado, em função de uma gestão mais ativa. Os aluguéis e rendas da carteira são fontes importantes de recursos para o Plano 1 (saiba mais na reportagem ‘O segredo dos imóveis’). Em 2015, por exemplo, eles representaram quase 10% do volume total de benefícios pagos no ano. 

Alocação dos recursos do Plano 1 por segmento

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