Edição 190 Setembro/2016

Educação Previdenciária

Administração x Carregamento

Entenda a diferença entre as duas taxas e por que elas são tão importantes para a gestão da PREVI

Para que servem, afinal, as taxas de Administração e Carregamento em um plano de previdência? E por que elas são tão importantes para a Entidade? Essas taxas são cobradas para suprir as despesas administrativas da PREVI. Ou seja, são elas que garantem o bom funcionamento da máquina que administra o patrimônio de 200 mil associados.

Atualmente, as despesas administrativas da PREVI estão orçadas em R$ 344 milhões. Elas são discriminadas em gastos administrativos previdenciários e gastos administrativos de investimento. Cada uma dessas categorias tem sua própria fonte de custeio.

A Taxa de Administração é usada para o pagamento de despesas de investimentos. Estamos falando de gastos com recursos humanos da área de investimentos, remuneração das administradoras de fundos, corretagens, custódia de ativos, consultorias e outras despesas da Entidade na administração total dos recursos. O valor cobrado como Taxa de Administração é somente o suficiente para cobrir as despesas administrativas de investimento e as despesas com gestão terceirizada.

Já a Taxa de Carregamento é cobrada sobre cada contribuição, incluindo aportes patronais e do participante. A alíquota é de 4%, tanto no Plano 1 quanto no PREVI Futuro. A taxa cobre os gastos da PREVI com a administração previdencial do Plano. São despesas como custos de arrecadação, atendimento aos participantes, comunicação e marketing, recursos humanos e informática, entre outros.

Ela pode ser alterada se houver necessidade, em virtude dos custos administrativos previdenciais se apresentarem maiores que as receitas apuradas pela cobrança da taxa.

Depois da aposentadoria

Vale observar que a Taxa de Carregamento continua a ser cobrada dos participantes do Plano 1 depois da aposentadoria, porque eles continuam a contribuir depois do período laboral. Já os participantes do PREVI Futuro deixam de pagar a taxa, porque não há contribuições após a aposentadoria. Na Capec, por sua vez, a alíquota de Carregamento é de apenas 2,5%, já que a Carteira de Pecúlio tem uma despesa mais baixa e uma operação mais simples.

Reduzindo as despesas

A PREVI vem analisando e implementando formas de aumentar sua eficiência operacional e reduzir suas despesas administrativas. Uma consultoria externa efetuou um diagnóstico do modelo operacional e organizacional da PREVI com o objetivo de identificar possibilidades de ganhos de eficiência, economia de recursos e aumento da agilidade na gestão e no atendimento. Ao final do trabalho, foram apresentadas propostas de revisão de processos, modernização tecnológica e alternativas na estrutura organizacional e na governança.

A primeira iniciativa implementada foi a revisão do modelo operacional e de governança da tecnologia da informação (TI) e a modernização da arquitetura corporativa de TI. Esse trabalho se iniciou em maio de 2015 e busca transformar e aumentar a eficiência operacional de TI com a otimização de processos, adequação de estrutura e operações às melhores práticas de mercado para conferir maior qualidade nas entregas e agilizar o atendimento aos participantes.

Em 2016, foi iniciada a revisão da estrutura organizacional. Na Diretoria de Participações, duas gerências foram unificadas. Houve ainda mudanças pontuais em outras áreas, o que levou à redução de alguns cargos gerenciais e técnicos. Tem-se buscado minimizar o impacto para os funcionários da Entidade por meio da extinção de vagas abertas por aposentadoria, nos casos em que há revisão da dotação de pessoal da área.

O esforço de redução das despesas administrativas também vem sendo efetuado diretamente no orçamento. Do orçamento de R$ 343 milhões previsto para 2015, foram economizados R$ 23 milhões, ou seja, realizamos nossas atividades sem utilizar todo o orçamento aprovado. Esses esforços também impactam diretamente as taxas de administração e carregamento: reduzir os gastos com despesas administrativas é um dos fatores mais relevantes para que não haja aumento no percentual cobrado atualmente. 

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