Edição 184 Setembro/2015

recursos do plano

O PAI e o Caixa

Desembolso de mais R$ 30 milhões mensais na folha de pagamento devido ao programa não afeta o Caixa do Plano 1

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Se o cenário de longo prazo da PREVI não mudou por causa do PAI, o Programa tampouco mexeu no panorama de curto prazo da Entidade. O caixa do Plano 1 para pagamento imediato de benefícios não foi afetado com a aposentadoria simultânea dos cerca de 4,5 mil participantes que aderiram ao Programa entre julho e agosto.

Os novos aposentados representam cerca de R$ 30 milhões a mais por mês na folha de pagamento, e esses valores já estavam nos cálculos da PREVI. Além disso, uma rápida realocação de ativos manteve o equilíbrio do caixa para o pagamento do Sibet – Saldo Individual do BET (dinheiro que corresponde ao BET depositado para os participantes ativos do Plano 1 durante o período de concessão desse benefício, pago em parcela única no momento da aposentadoria).

A travessia sem turbulências no caixa acontece porque, a partir do momento em que um participante atinge condições de aposentadoria (50 anos de idade ou estar aposentado pelo INSS), a Entidade começa a fazer provisão de caixa para pagar o benefício como se ele fosse pendurar as chuteiras amanhã.

Essa provisão vai para o chamado Caixa Mínimo da PREVI, formado por recursos destinados ao pagamento de benefícios no curto prazo. Como funciona esse Caixa? O valor dos benefícios a serem pagos mais a provisão dos que podem se aposentar imediatamente são calculados em uma gerência da Diretoria de Planejamento, que passa essa informação para a área de Investimentos. O dinheiro, então, é apartado e mantido em caixa sempre de forma a garantir que haja fluxo para o pagamento das aposentadorias e pensões.

Liquidez e baixo risco

Como não dá para deixar um grande volume de dinheiro simplesmente parado na conta, esses recursos também ficam investidos. Afinal, só no ano passado a PREVI pagou R$ 9 bilhões em benefícios. A diferença é que o dinheiro do Caixa Mínimo fica aplicado exclusivamente em investimentos de curtíssimo prazo e baixo risco.

Isso acontece porque se trata de recursos que precisam de liquidez imediata e que não podem ficar expostos a flutuações do mercado financeiro. Assim, a maior parte dos recursos do Caixa Mínimo está em títulos públicos do governo federal e outros ativos com liquidações diárias.

Dessa forma, é possível casar o vencimento dos papéis com o fluxo de pagamento das aposentadorias. Na verdade, a PREVI vem realocando seus ativos por meio da aquisição de títulos protegidos contra a inflação, que vão garantir o pagamento dos benefícios nos próximos anos e nas próximas décadas. É uma estratégia que contempla a administração dos fluxos de pagamento no curtíssimo prazo com a visão de um horizonte de 70 anos à frente, quando os últimos beneficiários remanescentes do Plano 1 devem ser atendidos. 

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