Edição 180 Setembro/2014

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Cultura e governança

Encontro reforçou que governança corporativa é mais do que uma estrutura para tomada de decisões; está intimamente ligada ao desempenho e à cultura interna

O pensamento comum durante todo o evento é de que a governança corporativa é mais do que uma estrutura para tomada de decisões. Ela também é um instrumento para a implementação de medidas em todos os níveis da corporação. Ou seja, está intimamente ligada ao desempenho das companhias e à sua cultura interna. Segundo Kedma Nascimento, professora associada da Fundação Dom Cabral, em uma cultura desalinhada a organização começa a ficar lenta e não há preocupação com a definição clara de papéis. “Quando há essa consciência, a liderança se instala e, a partir daí, o líder é eleito de fato. A cultura é tão forte, tão importante, que é algo capaz de se perceber, pensar e sentir na organização. Se não olharmos para a cultura, não adianta. A estratégia não vai acontecer”, afirmou.

180- capa- kedma nascimento.jpgPara Kedma, essa cultura dependerá em grande parte do que for determinado pela estrutura de governança. Ao mesmo tempo, as competências dentro da organização fazem a diferença, pois vão ditar o papel de cada ator nesse processo. “Isso exige um alinhamento cultural contínuo”, ressaltou. Para isso, a área de RH deve ocupar uma posição estratégica na empresa.

“Alcançar esse estágio é, muitas vezes, deixar de lado o poder pessoal, desapegar, saber para onde ir e indicar o caminho às pessoas”, explicou Kedma. “Isso exige uma arquitetura de aprendizagem que se refere à educação corporativa”, disse. Esse papel, segundo ela, cabe ao RH estratégico. “É ele que vai trabalhar a educação corporativa incluindo a equipe dirigente, atuando no domínio das pessoas, na excelência do processo organizacional e na própria excelência da estratégia. Dessa forma, a aprendizagem deixa de ser apenas o desenvolvimento de profissionais e ganha um papel organizacional e estratégico.”

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