Edição 176 Fevereiro/2014

recursos do plano

Estratégias para renda fixa

A carteira de renda fixa do PREVI Futuro rendeu 5,52%, abaixo do índice de referência. Isso ocorreu porque o Plano possui um percentual maior de títulos marcados a mercado e, por isso, mais sujeitos a oscilações

No segmento de renda fixa, o mercado foi afetado pela alta da inflação, que obrigou o Banco Central a elevar os juros num patamar acima do previsto pelo mercado. Ao mesmo tempo, no cenário externo, a recuperação da economia dos Estados Unidos aconteceu em ritmo mais rápido que o esperado. Isso levou os analistas a trabalharem com a possibilidade de que os estímulos monetários naquele país fossem retirados antecipadamente. Esse movimento fez subir as taxas de juros dos títulos de longo prazo do Tesouro Americano, pressionando para cima a curva de juros no Brasil.

“Em termos de juros, foi um pouco surpreendente a velocidade com que os juros subiram em relação ao ano anterior”, observa Renê. “Isso fez com que os fundos de pensão, pela primeira vez, tivessem uma carteira de renda fixa com taxa negativa por um período longo.”

Como a PREVI enfrentou esse cenário? Basicamente, a estratégia para a renda fixa combina títulos marcados ‘na curva’ e marcados ‘a mercado’. Esses últimos são atualizados ao preço do dia e sofrem o impacto das altas e baixas diárias do mercado. Já os títulos marcados ‘na curva’ são aqueles papéis mantidos na carteira até a data de vencimento. Esses títulos não sofrem oscilações diárias e sua rentabilidade é medida pela sua taxa de aquisição, que vem a ser a ‘curva’ de remuneração do papel.

“Com a marcação na curva, compramos um papel com taxa de inflação mais 7% e, não importa o que aconteça com a taxa de juros, vamos até o vencimento com ele”, explica Renê.

Como resultado dessa estratégia, a carteira de renda fixa do PREVI Futuro teve uma rentabilidade de 5,52% em 2013, abaixo do índice de referência para o Plano (INPC + 5,5%). Isso aconteceu porque, devido às características do plano de contribuição variável, com cotas individualizadas e a possibilidade de o participante escolher seu perfil de investimento, a carteira do PREVI Futuro possui um percentual maior de títulos marcados a mercado e, por isso, mais sujeitos a oscilações. Em função de o Plano ainda estar em fase de acumulação e ter poucos desembolsos, é possível adotar essa estratégia que, se por um lado é mais sensível a baixas, por outro proporciona ganhos maiores em momentos de alta. Vale lembrar que, ainda assim, parte dos títulos de renda fixa é marcada ‘na curva’, resguardando o patrimônio no longo prazo.

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