Edição 175 Dezembro/2013

gente do futuro

Leandro Machado no triátlon

A ideia de Leandro é treinar cada vez mais com o objetivo de melhorar as marcas na tentativa de se classificar para as Paralimpíadas do Rio

gente do futuro - leandro pereira 2.jpg“Quando entrei no BB passei a treinar em uma academia particular, cujos professores me incentivaram a nadar e depois a praticar o paratriátlon”, explica Leandro Pereira Machado. O incentivo veio também do amigo Mábio, para-atleta que mora nos Estados Unidos e conseguiu convencer Leandro a se aventurar pelo esporte. “Ele falava muito sobre o paratriátlon, dizia que eu me daria bem, mas eu não acreditava. Mábio tinha razão, e hoje estou aqui.”

O primeiro contato oficial de Leandro com o esporte foi num campeonato regional em Brasília, o Sesc Triátlon, onde resolveu ‘experimentar’ a modalidade. “Me preparei e participei da competição. Correr e andar de bicicleta eu já fazia antes do acidente, e na natação estava evoluindo bem. Fiz sem pretensão alguma e acabei ficando em terceiro lugar. Isso aconteceu no início de 2012, e ali descobri que praticar o triátlon era ainda melhor que só a natação. E olha que eu corri com a prótese que tinha conseguido por meio da Cassi, que não era a ideal para praticantes desse esporte. Desde então resolvi me dedicar ao esporte, voltado, claro, para o paratriátlon, que é a categoria na qual me encaixo. Comecei a investir em equipamentos que pudessem melhorar minha agilidade. O primeiro pé de fibra de carbono que ganhei foi do Mábio, meu maior incentivador”, conta.

O escriturário-atleta explica que o paratriátlon é um esporte muito caro, já que exige equipamentos de competição e de proteção de três modalidades, mas que, mesmo assim, está conseguindo, com ajuda dos amigos e suas economias, participar das competições do calendário nacional. Em 2013 competiu em João Pessoa, na Paraíba; no Pan Americano de Vila Velha, no Espírito Santo; e em Manaus, no Amazonas. Ficou em 3º lugar, em todas elas. No campeonato de Caraguatatuba, em São Paulo, ficou com o 2º lugar.

“Mesmo estando há tão pouco tempo no paratriátlon, consegui participar do Mundial da categoria que aconteceu em Londres, no final de setembro, com a ajuda dos amigos. Minha classificação não foi tão boa assim, fiquei em 29º lugar, mas me valeu muito como experiência.”

Ele treina todos os dias da semana por cerca de três horas, intercalando atividades como musculação e natação: três mil metros por dia, em média; corrida de aproximadamente 10km; e bicicleta, entre 40 e 60km diários.

Em 2016, nas Paralimpíadas do Rio de Janeiro, o paratriátlon vai ser disputado pela primeira vez como esporte olímpico. “Minha ideia é treinar cada vez mais e melhorar minhas marcas para tentar me classificar para as Paralimpíadas do Rio. Tenho certeza de que, conseguindo investir nos meus treinos, eu vou chegar lá.”

Leandro Machado, para-atleta do triátlon e escriturário na agência Setor Sul, em Goiânia

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