Edição 162 Dezembro/2011

administração

Diversificara para somar

Políticas de Investimentos 2012 ¿ 2018 têm foco no maior retorno

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“Que benefício nós queremos pagar?”, questiona o diretor de Planejamento da PREVI, Vitor Paulo Camargo Gonçalves. A pergunta emblemática é o ponto de partida para a elaboração das Políticas de Investimentos da Entidade, revisadas anualmente. “Queremos pagar o melhor benefício no plano de contribuição variável, que é o PREVI Futuro”, diz. “Para o Plano 1, de benefício definido, isso também vale como meta, pois queremos geração de superávits que proporcionem vantagens adicionais aos participantes, como benefícios temporários e suspensões do pagamento de contribuição”, completa.

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Na elaboração das Políticas de Investimentos para o período de 2012 a 2018, uma das estratégias traçadas com base nesse objetivo é a diversificação dos ativos. Isso, no entanto, não significa atirar aleatoriamente para todos os lados. “Buscamos os setores da economia que tradicionalmente nos dão os melhores retornos, mas também fazemos uma correlação entre os ativos, de maneira que a eventual redução de desempenho em um deles seja compensada pela aceleração em outro setor ou classe de ativo”, explica Vitor Paulo.

A estimativa é de redução dos juros no longo prazo, o que determina também uma mudança de estratégia para os investimentos de renda fixa. “A tendência dos juros é de queda”, diz Vitor Paulo. “Apesar de não sabermos em que velocidade eles cairão, acreditamos que vão cair.” Segundo ele, isso vai exigir um papel mais ativo dos gestores na área de renda fixa e a procura por mais opções em títulos privados.

O cenário de crise externa que vem afetando o resultado das bolsas também foi analisado cuidadosamente pela equipe da PREVI na elaboração das Políticas de Investimentos. “Para chegar a essa carteira de investimentos ideal, levamos em conta todos os riscos possíveis”, afirma Vitor Paulo.

Vitor Paulo faz outra observação importante: as metas de rentabilidade dos Planos da PREVI foram mantidas nas novas Políticas de Investimentos. “Temos metas de desempenho ambiciosas para a valorização dos ativos”, afirma. Afinal, como argumenta o diretor, grande parte dos benefícios concedidos aos participantes é resultado dos investimentos. “Desde 1980, quando o Plano começou no regime de capitalização, os participantes e o Banco acumularam bilhões de reais em contribuições, que geraram uma valorização cerca de quatro vezes maior em nossos ativos. É a rentabilidade dos nossos investimentos que possibilita isso”, conclui.

Políticas de Investimentos: modo de fazer

As Políticas de Investimentos são elaboradas anualmente, sempre com um horizonte de seis anos. “Dentro desse limite é possível fazer previsões de melhor qualidade com os instrumentos de análise hoje disponíveis”, explica Vitor Paulo Gonçalves, diretor de Planejamento da PREVI.

A partir daí, o cumprimento das Políticas e os resultados são monitorados a cada três meses, levando em conta dados como a macroalocação dos recursos e o fluxo de caixa. Desse modo, as Políticas de Investimentos podem ser revistas a qualquer momento em caso de eventos extraordinários. Isso, no entanto, nunca foi necessário, mesmo em 2008, na quebra do banco de investimentos norte-americano Lehmann Brothers, momento da pior crise financeira mundial das últimas décadas.

A elaboração da estratégia é coordenada pela Diretoria de Planejamento, a partir de cenários traçados em cooperação com as diretorias de Investimentos e Participações. “Também contamos com o apoio de uma consultoria externa, com excelente reputação e histórico no mercado, para garantir mais segurança às informações”, diz Vitor Paulo. “Além disso, estamos trocando informações constantemente com o Banco do Brasil e suas subsidiárias, como a BB DTVM e a Brasilprev, para melhorar ao máximo a qualidade da análise.”

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