|nº 137| Out/Nov 08

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Retrato dos planos

Mundo afora, os dias se sucedem com altas e baixas violentas no mercado acionário. A PREVI, como todos os investidores, tem sentido os impactos da crise e isso pode ser constatado nas próximas páginas. Mas é importante saber que, mesmo com números negativos no segmento de renda variável, as reservas acumuladas nos últimos anos permitem uma posição relativamente confortável diante dos fatos recentes

A PREVI publicará a cada trimestre, na Revista e no site, resultados acumulados para que os participantes possam acompanhar a evolução dos recursos que asseguram o pagamento dos benefícios.  É uma ação que atende ao compromisso de transparência na gestão dos recursos de milhares de pessoas.
A crise econômica global que buscamos retratar na edição de setembro da Revista PREVI segue firme e não dá sinais de esgotamento. Nesses tempos de turbulência, as certezas podem oscilar tanto quanto as cotações das Bolsas de Valores. Mundo afora, os dias se sucedem com altas e baixas violentas, que surpreendem pela intensidade. Em comum, tanto as altas como as baixas parecem estar calcadas mais em aspectos emocionais do que na racionalidade.
A PREVI, como todos os investidores, tem sentido os impactos da crise e isso pode ser constatado pelos números até o terceiro trimestre. A rentabilidade das aplicações do Plano 1 em Renda Variável, por exemplo, foi negativa em 9,21% de julho a setembro. Ainda assim, graças à composição da nossa carteira, teve desempenho bem melhor do que o IBrX-50, índice que mede a rentabilidade da Bolsa, que caiu 23,97% no período.
O Plano PREVI Futuro é, por suas características, mais sensível às oscilações do mercado, uma vez que as reservas variam mensalmente pelo índice de rentabilidade do Plano. No 3o trimestre, a queda em Renda Variável foi de 24,70%. Por outro lado, os investimentos em Renda Fixa tiveram rentabilidade positiva de 1,35% no trimestre e as Operações com Participantes, rentabilidade de 4,04%. 

PREVI trabalha com o longo prazo 

É importante ressaltar que as perdas são contábeis, ou seja, não realizadas, uma vez que não houve a venda das ações. Com a crise, a PREVI decidiu não vender ativos a preços muito baixos e, como trabalha sempre na perspectiva do longo prazo, aguarda a crise tornar-se gradualmente mais branda para que as ações retornem a patamares mais realistas.  
Se observarmos a rentabilidade acumulada, olhando para um horizonte mais amplo de tempo, fica nítida a importância de ter o longo prazo como balizador da gestão de um fundo de pensão. Nos últimos 12 meses, o Plano 1 acumulou rentabilidade positiva de 12,67% e, nos últimos 60 meses, rentabilidade de 221,37%.  O PREVI Futuro, por sua vez, teve rentabilidade de 2,20% no período de 12 meses em que o índice IBrX-50 teve queda de 16,07%. Nos últimos 60 meses, o PREVI Futuro acumulou 106,62% de rentabilidade (outubro 2003 a setembro 2008).

Continuidade da crise

Os números apresentados nas próximas páginas vão até setembro, encerrando o terceiro trimestre de 2008. Não contemplam ainda os dados de outubro, mês em que as Bolsas continuaram apresentando resultados negativos, ainda que em alguns dias tenham ocorrido picos de valorização.
Façamos aqui uma explicação bastante simplificada, mas que ajuda a dimensionar a crise. A Bolsa de Valores de São Paulo possui um índice que é o termômetro do mercado. Este índice, chamado Ibovespa, reflete uma carteira teórica composta pelas 100 ações mais negociadas em Bolsa, tanto pelo volume financeiro, quanto pela quantidade de operações e pela quantidade de pregões nos quais foram negociadas. As 100 ações que compõem esta carteira hipotética são revistas a cada quatro meses.  Em maio deste ano, o Ibovespa girava na casa dos 70 mil pontos. Quando o número mais recente da Revista (setembro) foi publicado, o Ibovespa estava próximo dos 50 mil pontos. Na última semana de outubro, estava em cerca de 34 mil pontos, mas chegou a cair a 29 mil.   
O PIB americano encolheu 0,3% neste trimestre, a maior redução desde 2001. É consenso que em 2009 ainda se sentirão efeitos da crise e que a recessão nos EUA e Europa atingirá em alguma medida os países emergentes como o Brasil. Embora o impacto esperado seja menor do que o ocorrido naquelas nações.
É importante que os participantes saibam que a PREVI está atenta aos desdobramentos da crise e atuando no sentido de preservar o patrimônio e assegurar a continuidade dos benefícios. Ainda que os resultados apresentem números negativos na rentabilidade de alguns dos nossos investimentos, as reservas acumuladas nos últimos anos nos permitem uma posição relativamente confortável diante dos fatos mais recentes. 

Pagamento de benefícios está garantido

A PREVI tem reservas para pagar, por um período extenso, os benefícios dos seus associados e pensionistas, utilizando recursos provenientes de dividendos, aluguéis e aplicações em Renda Fixa. Portanto, os participantes podem ficar tranqüilos.  
Em entrevista concedida à Agência Estado em 17 de outubro, e publicada no site, o presidente Sérgio Rosa declarou que “desde o início da crise, a PREVI nunca deixou de estar em condição superavitária e tem fôlego suficiente para suportar um longo perío­do em condições de mercado desfavoráveis”.  Entretanto, a crise econômica, somada às novas regras estabelecidas pela Resolução CGPC no 26, implicou  o adiamento das discussões sobre a utilização do superávit de 2007 do Plano 1. Neste momento, não é prudente debater sobre a utilização de reservas que podem vir a ser necessárias no futuro.  

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