|nº 141| Jun 09

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Concluída a venda do Meridien

Windsor vence concorrência e adquire o tradicional hotel em copacabana

Endereço da famosa cascata de fogos nos réveillons do Rio de Janeiro, o prédio da esquina das avenidas Atlântica com Princesa Isabel, em Copacabana, tem novo dono, a rede de hotéis Windsor. Detentor de uma das redes com maior presença na cidade, o grupo venceu concorrência que contava com outras nove propostas. O hotel, que até 2007 operava com a bandeira francesa Le Meridien e, depois, com a espanhola Iberostar, será o seu décimo empreendimento na capital fl uminense e o sexto em Copacabana. O portifólio da rede completa-se com estabelecimentos no Centro, Catete e Barra da Tijuca.

O acerto entre PREVI e Windsor encerrou um complexo processo de negociação do imóvel. Erguido pela Construtora Sisal na década de 1970, o prédio foi adquirido pela PREVI em 1996, que manteve a bandeira Le Meridien até janeiro de 2007. Foi realizada, então, licitação e a Iberostar venceu a tomada de preços, passando a operar a partir de fevereiro de 2007. À época, ficou acordado que o prédio deveria sofrer reformas logo após o Pan-Americano do Rio, em agosto do mesmo ano. Assim, quando os Jogos acabaram, o hotel fechou suas portas e as obras começaram.

Contudo, o entendimento entre as partes sobre as reformas divergia e, com isso, as obras foram interrompidas ainda em 2007. Com o impasse, optou-se pelo distrato amigável em outubro de 2008, quando a consultoria Newmark Knight Frank foi contratada para conduzir novas negociações do imóvel. Nesse processo de licitação privada, do qual participaram dez empresas – a maioria do segmento hoteleiro – foram avaliadas propostas de arrendamento e de compra do imóvel. A que melhor atendia aos interesses da PREVI foi a da rede Windsor: aquisição permanente do edifício sem condicioná-la a quaisquer novas benfeitorias. Em 30 de março deste ano, a Diretoria Executiva aprovou a venda do ativo e o contrato foi assinado em 27 de maio.

“Com a rentabilidade gerada pelo segmento imobiliário nos últimos anos, especialmente em 2008, pela valorização dos imóveis, a venda foi um bom negócio para a PREVI e bom para o comprador, que terá à disposição um hotel num dos melhores pontos turísticos do Rio de Janeiro”, afi rma Fábio Moser, diretor de Investimentos da PREVI. A rentabilidade acumulada com o imóvel entre 1997 e 2009 ficou acima da meta atuarial do período, superando, portanto, o objetivo do investimento.

Concessão para gabarito superior

Uma das principais características do edifício, a altura elevada, foi possível graças a uma concessão do governo do então Estado da Guanabara, já que o gabarito da orla do Rio permitia construções de até 20 pavimentos. Com o intuito de estimular empreendimentos voltados para o turismo, o governo concedeu à construtora o direito de aumentar os andares, vinculando ao benefício o dever de manter o prédio funcionando como hotel.

Assim, ficou com 38 andares mais dois subsolos, área construída de cerca de 38 mil m2 e 496 apartamentos, quase todos com vista para o mar de Copacabana e do Leme. Tornou-se referência em uma das cidades mais visitadas por turistas de todo o mundo e continuará sendo, agora sob a bandeira Windsor.