O que é preciso saber, neste
momento?
Sobre os contextos
Oferecer opções de perfis de investimento é
possível porque o PREVI Futuro assume as características
de Contribuição Definida (CD), na
parte destinada à acumulação de reservas para
a aposentadoria. Ou seja, cada participante tem
uma conta individual, para onde vão suas contribuições. É diferente do Plano 1, de Benefício
Definido (BD), no qual as contribuições de todos
constituem fundo único. No PREVI Futuro,
o benefício é calculado atuarialmente a partir
do saldo de reservas acumulado durante toda a
vida contributiva do participante. No Plano 1, o
cálculo é vinculado à média dos últimos salários
recebidos na ativa.
Os planos do tipo CD trouxeram possibilidades
como a de contribuições adicionais e esporádicas,
que engrossam a reserva pessoal, e a maior
interatividade do participante com a gestão dos
recursos. As opções de investimentos refletem a
diversidade de participantes de um mesmo plano,
como é o caso do PREVI Futuro, que tem hoje
mais de 50 mil associados, com diferentes idades,
expectativas e predisposições ao risco.
Conforme a Associação Brasileira de Entidades
de Previdência Complementar (Abrapp), o
modelo “multiportifólio” – o nome mais técnico
dos Perfis – é oferecido em 100% dos fundos de
pensão de Contribuição Definida americanos,
canadenses e europeus. No Brasil, essa também
já é a realidade de algumas instituições, como a
Fundação Embratel de Seguridade Social (Telos),
a Fundação Coelba de Previdência Complementar
(Faelba) e o Fundo de Pensão da IBM. Mas o
assunto está em discussão, em fases de estudos ou ainda de implementação nos principais fundos
de pensão do País.
No contexto mais amplo, há uma série de transformações
do mundo moderno que, relacionadas
entre si, catalisaram a gestação de produtos como
os perfis, que permitem diferentes distribuições
de aplicação dos recursos entre segmentos.
A situação das economias de países importantes
como o Brasil se estabilizou, e a busca de rentabilidades
mais generosas passou a ser um exercício
de razoável complexidade. Ou seja, trata-se de
se obter ganhos suficientes, associados a graus
diferentes de risco, para garantir o pagamento dos
benefícios no longo prazo – o que, obviamente, é
a razão de ser dos fundos de pensão.
A estratégia de diversificação dos investimentos é
utilizada pelos fundos de pensão, que administram
os planos de concessão de aposentadoria. As contribuições
mensais dos participantes e da patrocinadora
são aplicadas em diferentes segmentos.
No caso do PREVI Futuro, hoje, 63% estão
alocados em Renda Fixa, 24% em Renda Variável
e 13% em operações com participantes: Empréstimo
Simples e Financiamento Imobiliário. O
percentual de distribuição dos ativos pelos segmentos é definido na Política de Investimentos
do Plano, aprovada e divulgada anualmente.
Mas já no primeiro semestre de 2009, o
participante poderá interagir com a gestão dos
recursos de suas reservas. Assim, vai indicar à
PREVI, se quiser, um grau maior de risco de
busca de maiores retornos.
Opção pelo perfil e sua influência na
formação do benefício
O valor do benefício da aposentadoria será
influenciado pelo perfil escolhido nos investimentos
dos recursos da reserva. Considerados
isoladamente, perfis escolhidos e retornos obtidos,
dois participantes com o mesmo tempo de
filiação e iguais valores de contribuição poderão
ter benefícios diferentes.
Transitar entre perfis requer o amadurecimento
das perspectivas. É necessário o acompanhamento
do mercado, das rentabilidades das carteiras,
do seu saldo de reserva, e sempre tendo em mente
que se trata de investimento de longo prazo. “Simulações
comprovam que a decisão de alocação
em renda variável deve ser feita em função do
horizonte de tempo. Demonstram que, quanto
maior o prazo, menor é o risco de mercado e
menor é a diferença entre a taxa esperada e a
taxa mínima de retorno da cota”, afirmam Tatiana
Stallone, analista de Comunicação Social,
e o economista Jair Ribeiro, gerente de risco da
Fundação Eletrobrás de Seguridade Social, em
artigo premiado no 29º Congresso Brasileiro
dos Fundos de Pensão realizado em novembro,
no Rio de Janeiro.
A informação, portanto, é a melhor ferramenta
na hora de decidir por um perfil. Os conteúdos
disponibilizados pela PREVI serão de grande
valor, e contribuirão para que a opção seja realizada
de forma consistente e consciente. Há muita
informação disponível: no Relatório Anual, no
site, nas publicações periódicas, na divulgação
dos balanços. Os termos se tornam mais amigáveis, à medida que o acompanhamento das
informações se torna um contínuo processo de
formação de conhecimento.
A participação do associado contribui para a
avaliação da gestão e guia o sistema para uma
fiscalização cada vez mais eficiente. A Revista
PREVI relacionou algumas questões que buscam
esclarecer pontos importantes para o entendimento
das mudanças próximas. |