|nº 138| Dez 08

Nesta Edição » Capa » Opções que podem resultar e melhores benefícios

O que é preciso saber, neste momento?

Sobre os contextos

Oferecer opções de perfis de investimento é possível porque o PREVI Futuro assume as características de Contribuição Definida (CD), na parte destinada à acumulação de reservas para a aposentadoria. Ou seja, cada participante tem uma conta individual, para onde vão suas contribuições. É diferente do Plano 1, de Benefício Definido (BD), no qual as contribuições de todos constituem fundo único. No PREVI Futuro, o benefício é calculado atuarialmente a partir do saldo de reservas acumulado durante toda a vida contributiva do participante. No Plano 1, o cálculo é vinculado à média dos últimos salários recebidos na ativa.

Os planos do tipo CD trouxeram possibilidades como a de contribuições adicionais e esporádicas, que engrossam a reserva pessoal, e a maior interatividade do participante com a gestão dos recursos. As opções de investimentos refletem a diversidade de participantes de um mesmo plano, como é o caso do PREVI Futuro, que tem hoje mais de 50 mil associados, com diferentes idades, expectativas e predisposições ao risco.

Conforme a Associação Brasileira de Entidades de Previdência Complementar (Abrapp), o modelo “multiportifólio” – o nome mais técnico dos Perfis – é oferecido em 100% dos fundos de pensão de Contribuição Definida americanos, canadenses e europeus. No Brasil, essa também já é a realidade de algumas instituições, como a Fundação Embratel de Seguridade Social (Telos), a Fundação Coelba de Previdência Complementar (Faelba) e o Fundo de Pensão da IBM. Mas o assunto está em discussão, em fases de estudos ou ainda de implementação nos principais fundos de pensão do País.

No contexto mais amplo, há uma série de transformações do mundo moderno que, relacionadas entre si, catalisaram a gestação de produtos como os perfis, que permitem diferentes distribuições de aplicação dos recursos entre segmentos.

A situação das economias de países importantes como o Brasil se estabilizou, e a busca de rentabilidades mais generosas passou a ser um exercício de razoável complexidade. Ou seja, trata-se de
se obter ganhos suficientes, associados a graus diferentes de risco, para garantir o pagamento dos benefícios no longo prazo – o que, obviamente, é a razão de ser dos fundos de pensão.

A estratégia de diversificação dos investimentos é utilizada pelos fundos de pensão, que administram os planos de concessão de aposentadoria. As contribuições mensais dos participantes e da patrocinadora são aplicadas em diferentes segmentos.

No caso do PREVI Futuro, hoje, 63% estão alocados em Renda Fixa, 24% em Renda Variável e 13% em operações com participantes: Empréstimo Simples e Financiamento Imobiliário. O percentual de distribuição dos ativos pelos segmentos é definido na Política de Investimentos do Plano, aprovada e divulgada anualmente.

Mas já no primeiro semestre de 2009, o participante poderá interagir com a gestão dos recursos de suas reservas. Assim, vai indicar à PREVI, se quiser, um grau maior de risco de busca de maiores retornos.

Opção pelo perfil e sua influência na formação do benefício

O valor do benefício da aposentadoria será influenciado pelo perfil escolhido nos investimentos dos recursos da reserva. Considerados isoladamente, perfis escolhidos e retornos obtidos, dois participantes com o mesmo tempo de filiação e iguais valores de contribuição poderão ter benefícios diferentes.
Transitar entre perfis requer o amadurecimento das perspectivas. É necessário o acompanhamento do mercado, das rentabilidades das carteiras, do seu saldo de reserva, e sempre tendo em mente que se trata de investimento de longo prazo. “Simulações comprovam que a decisão de alocação em renda variável deve ser feita em função do horizonte de tempo. Demonstram que, quanto maior o prazo, menor é o risco de mercado e menor é a diferença entre a taxa esperada e a taxa mínima de retorno da cota”, afirmam Tatiana Stallone, analista de Comunicação Social, e o economista Jair Ribeiro, gerente de risco da Fundação Eletrobrás de Seguridade Social, em artigo premiado no 29º Congresso Brasileiro dos Fundos de Pensão realizado em novembro, no Rio de Janeiro.
A informação, portanto, é a melhor ferramenta na hora de decidir por um perfil. Os conteúdos disponibilizados pela PREVI serão de grande valor, e contribuirão para que a opção seja realizada de forma consistente e consciente. Há muita informação disponível: no Relatório Anual, no site, nas publicações periódicas, na divulgação dos balanços. Os termos se tornam mais amigáveis, à medida que o acompanhamento das informações se torna um contínuo processo de formação de conhecimento.

A participação do associado contribui para a avaliação da gestão e guia o sistema para uma fiscalização cada vez mais eficiente. A Revista PREVI relacionou algumas questões que buscam esclarecer pontos importantes para o entendimento das mudanças próximas.

<< Primeira | < Anterior | 1 | 2 | 3 | Próxima > | Última >>