|nº 143| Ago 09

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Prioridade é a defesa dos interesses dos participantes

Novo presidente do Conselho Deliberativo, Robson Rocha, destaca o compromisso de buscar, de forma constante, a solidez da PREVI

Mineiro de Belo Horizonte, Robson Rocha é vice-presidente de Gestão de Pessoas e Responsabilidade Socioambiental do Banco do Brasil desde 2008. Com formação em administração de empresas, o novo presidente do Conselho Deliberativo tem também pós-graduação em Gestão Estratégica – Recursos Humanos, MBA em Finanças e Mestrado em Marketing. No BB, exerceu diversos cargos de administração e gestão. Com a integração do Banco Popular à estrutura do BB, em maio de 2008, foi nomeado para a diretoria Menor Renda, responsável pelo Desenvolvimento Regional Sustentável, DRS, Correspondentes Bancários e atendimento ao público de menor renda. Nesta entrevista, fala sobre a importância da PREVI enquanto investidora institucional e reforça o compromisso de buscar, de forma constante, robustez, solidez e segurança da Entidade.

Revista PREVI – Quais as prioridades de sua gestão?

Robson Rocha – Primeiramente, gostaria de ressaltar o enorme orgulho em presidir este Conselho Deliberativo. Afinal, trata-se do maior fundo de pensão da América Latina e um dos maiores do mundo. As prioridades estarão concentradas, basicamente, na continuidade da eficiência verificada na gestão da PREVI e na defesa dos interesses dos participantes e da Entidade.

Revista – Como o senhor enxerga o mercado de previdência complementar hoje?

Rocha – A realidade atual, bem como o cenário que se vislumbra para o futuro, confere à previdência complementar papel preponderante na manutenção do padrão de vida dos trabalhadores no período pós-laboral. Outro ponto a ser destacado diz respeito à importância dos fundos de pensão no desenvolvimento do País, seja por meio de investimentos em Renda Fixa, constituindo lastro necessário aos investimentos de longo prazo, seja por intermédio dos investimentos em Renda Variável, que estimulam a produção e a geração de empregos, proporcionando um ciclo virtuoso na economia.

Revista – Como o senhor vê a PREVI enquanto investidora institucional?

Rocha – Temos a responsabilidade de administrar um patrimônio da ordem de R$ 130 bilhões, sendo boa parte desses ativos investida em grandes companhias. A PREVI é vista como um dos principais parceiros de diversos investidores, por isso qualquer movimento realizado por ela nessa condição impacta fortemente o mercado. Assim, devemos estar sempre atentos, buscando aprimorar os mecanismos de sensoriamento das oportunidades que se apresentam, tendo como foco a mitigação dos riscos inerentes a essas atividades e garantindo a manutenção de uma política de investimentos sólida e responsável.

Revista – Qual o papel da PREVI na governança corporativa das empresas participadas?

Rocha – A busca incessante por melhores práticas de governança é um traço muito forte na postura empresarial da PREVI. É fundamental que esse olhar se estenda a todas as empresas nas quais tenha participação societária e que o faça por meio de uma atuação qualificada dos indicados, buscando atingir índices de rentabilidade esperados e contribuindo para a solidez dessas instituições, sem perder de vista os princípios de responsabilidade socioambiental.

Revista – Quais os desafios no horizonte próximo para as políticas de investimento da PREVI, especialmente com a redução da taxa básica de juros?

Rocha – Os desafios, sem dúvida, são enormes. Ao mesmo tempo em que a redução dos spreads é uma realidade, a PREVI precisa se adequar aos percentuais estabelecidos pela Secretaria de Previdência Complementar no que tange ao enquadramento de seus investimentos em Renda Fixa e Variável. A diversificação dos investimentos, por exemplo em imóveis, é um caminho que pode ser trilhado.

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