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Opções para seu futuro

Programa de Perfis de Investimento completa 1 ano. Associados do PREVI Futuro que migraram logo no início podem reavaliar opção. Quem ainda não optou pode fazer sua escolha a qualquer momento

Criado em julho de 2009, o Programa Perfis de Investimento da PREVI chega a seu primeiro ano de existência com o cadastramento de mais de 3,7 mil Termos de Autorização para Opção, sendo que, destes, 2.549 adotaram Perfil Agressivo, Moderado ou Conservador. A principal diferença entre eles é o volume de recursos alocado em Renda Variável (principalmente ações), que varia de 0% a 10% no Perfil Conservador, 20% a 30% no Perfil Moderado, e de 40% a 50% no Perfil Agressivo.
O cadastramento do Termo de Autorização para Opção é o primeiro passo para que seja possível alterar o seu perfil. Quem deixa de registrar uma escolha, automaticamente está incluído no Perfil PREVI, no qual estão cerca de 95% dos associados, que tem percentual aplicado em Renda Variável de 30% a 40%, de acordo com a Política de Investimentos do Plano, aprovada anualmente pela direção da PREVI.
Não definir um dos perfis também é uma escolha. “Eu preferi deixar a aplicação dos meus recursos de acordo com a Política de Investimentos da PREVI. Acho que já é uma proporção bem equilibrada, sem maiores riscos e com uma rentabilidade legal”, disse André Giancotti, participante desde 2004, atualmente trabalhando no CCBB-Rio. A preferência dele e da grande maioria por permanecer no Perfil PREVI pode sinalizar uma aprovação tácita à Política de Investimentos do Plano. O Perfil PREVI é aquele que está alinhado com essa política, elaborada de forma a obter rentabilidade suficiente para o pagamento dos compromissos previdenciários da Entidade. Por meio do Perfil PREVI, procura-se encontrar a relação mais eficiente entre risco e retorno dos investimentos. Os outros três perfis são alternativas que funcionam como um ajuste fino no que diz respeito a mais ou menos arrojo nos investimentos.
“A escolha por qualquer dos quatro perfis não é definitiva. É possível mudar de perfil a cada intervalo de 12 meses. Por exemplo, alguém que hoje opta por migrar recursos para o Agressivo, pode daqui a alguns anos ir para o Perfil PREVI e depois para o Conservador. Ou vice-versa. Cada participante pode traçar o seu caminho, interagindo com a PREVI”, destaca José Ricardo Sasseron, diretor de Seguridade.

Paula e Mauro

Tabela 01De 2009 para cá, a rentabilidade de cada um dos perfis foi similar: de 11,34% para o Perfil Conservador; 12,21% no Moderado; 12,68% no Agressivo e 11,95% para o Perfil PREVI. Mas os últimos meses têm sido de certa forma atípicos, em que as ações na Bolsa tiveram ganhos modestos. Normalmente, quando se considera um período mais longo, as aplicações em Renda Variável têm um retorno maior, devido ao risco maior que apresentam. Claro que essa rentabilidade é uma fotografia de momento, que muda de um dia para outro. Por isso, para definir o tipo de investimento mais adequado, o participante deve estar atento às informações e especificidades de cada segmento e projetar no longo prazo o que está mais de acordo com suas perspectivas de carreira e de vida, considerando também o apetite individual por risco.
Uma variável importante a ser considerada é o tempo que falta para se aposentar. Teoricamente, a pessoa pode correr mais riscos quando falta mais tempo para a aposentadoria e tende a ser mais conservadora no período final de acumulação de suas reservas. E isso é importante, porque num Plano de Contribuição Variável como o PREVI Futuro, é o saldo da reserva pessoal e a expectativa de vida que vão definir o valor da complementação de aposentadoria que será recebida no futuro.

Cada um com seu perfil
“No meu caso, ainda falta muito tempo para que eu me aposente, então resolvi investir no Perfil Agressivo. Estou satisfeito e não pretendo mudar por enquanto, só quando estiver mais próximo da aposentadoria, daqui a uns 20 anos”, explica Mauro Petrarca, 29 anos, há seis no Banco do Brasil, onde atua como assessor júnior no Distrito Federal. Desde que entrou no Banco, Mauro aderiu à PREVI, optando pelos Perfis de Investimento também logo no início do programa.

Citação 01

Na outra ponta, tendo escolhido o Perfil Conservador, Vilmar Denílson Bertram, escriturário do BB em Joinville, também se diz satisfeito com os resultados. “Eu normalmente uso o Perfil Conservador para investimentos particulares, então resolvi escolher esse também na PREVI”, relata Bertram, que esperou alguns meses até mudar o seu Perfil de Investimento. “Por algum tempo acompanhei a rentabilidade. Nunca fui de arriscar muito, mas estou bem satisfeito até agora. Se for mudar não será nesse momento, talvez daqui a alguns meses”, afirma o escriturário, que começou a trabalhar no Banco do Brasil em novembro de 2003.
Características pessoais e uma boa dose de autoconhecimento parecem ser tão importantes quanto os índices de retorno dos investimentos. Para a decisão da escriturária do CSO em São Paulo, Paula Christina Juren, 46 anos, na escolha do Perfil Moderado pesou a experiência. “Como já mexo com ações há algum tempo, penso mais no longo prazo, sem muito risco. E o resultado vem sendo bom, com a Bolsa (de Valores) melhorando em relação a outros indicadores”, explica Paula, que tem pouco mais de um ano de trabalho no Banco (entrou em maio de 2009) e, por enquanto, quer dar continuidade ao perfil adotado. “No momento não tenho intenção de mudar”, destaca.

Mais do que Renda Variável
Investimentos não se limitam à Renda Variável. Nos quatro Perfis, os recursos que não são aplicados em Renda Variável são investidos no Segmento Composto, formado por Renda Fixa, Operações com Participantes e Imóveis. A rentabilidade desse Segmento Composto pode até mesmo superar a rentabilidade da Renda Variável em determinado período.
A possibilidade de investir em imóveis não existia em 2009, quando foi lançado o Programa Perfis. Essa é uma novidade da Política de Investimentos deste ano.
Em agosto, foi realizada a primeira incursão no segmento com recursos do plano PREVI Futuro: R$ 30 milhões (7,31% do capital total) no Shopping ABC, na Grande São Paulo. Nos últimos anos, as aplicações no segmento imobiliário, já existentes no Plano 1, têm apresentado rentabilidade muito interessante, superior à de Renda Fixa.

Primeiro ano
Nesse primeiro ano, 95,89% dos associados permaneceram no Perfil PREVI; 3,68% optaram pelo Perfil Agressivo; 0,38%, pelo Moderado; e 0,05%, pelo Conservador. Até o final de julho, quase um ano após o lançamento, 2.549 participantes do PREVI Futuro haviam optado por trocar de perfil. Do total de R$ 1,9 bilhão de recursos do Plano, cerca de R$ 112 milhões foram migrados para outros perfis.
Completado o prazo de carência de 12 meses da primeira migração, quem mudou seu perfil pode rever sua posição ou se manter onde está. Quem vem se mantendo no Perfil PREVI também pode, a qualquer momento, fazer outra escolha. A opção pode ser feita até o dia 19 de cada mês e vale para o próximo dia 20. Ou seja, pode valer já a partir do dia seguinte em que é feita ou em até 30 dias.
A implantação do multiportifólio (nome usado no mercado financeiro para os perfis de investimento) permitiu contemplar a diversidade dos participantes, já que cada um tem saldo de conta individual. Com isso, expectativas, avaliações, predisposições ao risco e outros diferenciais são respeitados, sem interferir no conjunto do plano. Recentemente, em entrevista à revista Investidor Institucional, dirigida às áreas de previdência privada e finanças, o diretor-superintendente da Superintendência Nacional de Previdência Complementar (Previc), Ricardo Pena, destacou a importância de o participante ser bem informado sobre essas possibilidades. “Caso ele não se sinta capaz de optar por um perfil, pode existir um perfil padrão, que normalmente é o da própria entidade”. Em seguida, acrescentou que “isso já acontece na PREVI e na Forluz, que têm um bom modelo”.

Citação 02O programa Perfis de Investimento é oferecido aos participantes do PREVI Futuro, destinado aos funcionários que ingressaram no Banco do Brasil após 24 de dezembro de 1997. No PREVI Futuro, o valor da renda mensal da aposentadoria vai depender: do montante acumulado das contribuições; do tempo de contribuição; da expectativa de vida e da rentabilidade dos investimentos. E quanto maior o saldo de conta, maior será o valor do benefício, pois este é calculado na data de aposentadoria levando em conta a reserva acumulada pelo associado. A oferta de Perfis se insere neste contexto em que o componente da rentabilidade é cada vez mais relevante: em média, 60% do saldo de conta na data da aposentadoria vem da rentabilidade dos investimentos. Para entender melhor como é formado o seu saldo de conta, leia a matéria publicada na edição 145, de outubro/2009, da Revista. Ela também está disponível na versão digital no site.
Por meio do Extrato de Contribuições, disponível no Autoatendimento do site, você pode acompanhar a evolução de seus recursos. No extrato, você visualiza o total de contribuições, o resultado das aplicações e a rentabilidade acumulada. O retorno dos investimentos e a rentabilidade também são discriminados por período de permanência em cada perfil de investimento. Assim, você compara o desempenho das aplicações de cada perfil e avalia sua escolha.

Quadro 01

Para saber tudo sobre os Perfis de Investimento, você pode acessar o site da PREVI. Página Inicial > Planos e Produtos > PREVI Futuro > Investimentos