Pelo sétimo ano consecutivo, a PREVI publica seu Balanço Social. Essa iniciativa, em si, oferece várias possibilidades de leitura. Ser o maior fundo de pensão da América Latina implica em um conjunto de responsabilidades diante de inúmeros públicos e, inclusive, diante das necessidades de desenvolvimento do país. São muitos os aspectos a serem considerados para mantermos a coerência, estendendo aos demais públicos com quem nos relacionamos direta e indiretamente os mesmos cuidados e os mesmos conceitos éticos que dedicamos aos nossos associados. É preciso uma atenção permanente nesse sentido; e uma enorme disposição para estar sempre aprendendo e evoluindo.

Quando produzimos um relatório desta natureza, sinalizamos com uma postura de transparência que queremos que faça parte da nossa identidade, do nosso jeito de ser e de atuar. Naturalmente, gostaríamos de estender esse atributo de identidade às empresas em que participamos, preservando, contudo, seus valores e sua cultura. Ao interagir com elas para produzir um relatório desta natureza, estamos implicitamente solicitando que elas, de forma gradual, mas objetiva, adotem práticas de gestão que maximizem valor para seus públicos e, ao mesmo tempo, contribuam para uma agenda nacional de desenvolvimento. Nesse sentido, temos consciência de estar contribuindo e influenciando de forma relevante a melhoria de desempenho econômico, social e ambiental de diversas empresas e empreendimentos com os quais nos relacionamos.

Todo esse esforço, entretanto, está contido dentro do que consideramos ser o nosso papel social. Ele complementa esforços que são feitos por instituições financeiras que já compreendem que precisam aprimorar mecanismos para valorizar empreendimentos que gerenciam preventivamente seus impactos econômicos, sociais e ambientais; assim como complementa a atitude de cidadãos que, apesar das inúmeras restrições do mercado brasileiro, procuram praticar um consumo consciente e escolher empresas que se conduzam com ética e responsabilidade diante de seus públicos e da sociedade em geral. Ele também complementa a coragem das empresas que, apostando nos ganhos de longo prazo que esta atitude traz, investem na inserção de práticas de sustentabilidade e responsabilidade social em seus processos de gestão e em sua cultura.

Ainda há muito a realizar, este relatório mostra isso. Mas gostaríamos de assumir com o leitor o compromisso de aprofundar o nosso envolvimento com a sustentabilidade e responsabilidade das organizações. Entendemos que esse papel tem uma relevância especial em se tratando de um fundo de pensão e queremos exercê-lo em sua plenitude.

Sérgio Rosa
Presidente da Diretoria
Executiva
Henrique Pizzolato
Presidente do Conselho
Deliberativo