|nº 137| Out/Nov 08

» Governança corporativa » Postura ativa em momento de crise

Variação cambial de maio a outubro

Apesar das intervenções do governo brasileiro para tentar conter o aumento do dólar, as perspectivas de que a retração econômica mundial será forte e que algumas economias poderão entrar em recessão – os dados do PIB reforçam a tese de que o Reino Unido já se encontra nesse processo – não seguraram o movimento de alta da moeda americana. Ao final do mês de outubro, a desvalorização do real com relação ao dólar acumulava 10,50% no mês e 19,42% ao ano. 

Aracruz – Uma das maiores exposições vendidas em dólar

A exposição financeira da maior companhia de celulose de eucalipto do país às oscilações do câmbio resultou em um prejuízo estimado em US$ 2,13 bilhões. Em fato relevante divulgado em 3/11, a companhia informou que chegou a um acordo com os bancos credores para negociação dos termos e condições de reestruturação dos valores devidos em razão das operações com derivativos. A Aracruz informou também que eliminou 97% da exposição da companhia a derivativos. Entre os credores da companhia estão os bancos Credit Suisse, Merrill Lynch, JP Morgan, Itaú BBA, o Citi e o ABN AMRO/ Santander.
O controle acionário da Aracruz é exercido pelos grupos Safra, Lorentzen e Votorantim (cada um possui 28% do capital votante) e pelo Banco Nacional de Desenvolvimento Econômico e Social (BNDES), com 12,5%. Como não possui participação mínima prevista em lei (5%) para convocar assembléia extraordinária, a PREVI buscou, junto a outros minoritários, formar quorum para o requerimento e chegou a reunir 4,3% do capital total necessário. Entretanto, como a Aracruz teve a iniciativa de convocar assembléia para o dia 24 de novembro, a PREVI decidiu esperar pelos esclarecimentos da empresa. 

Boas notícias: Invepar administrará Corredor Raposo Tavares

O consórcio Invepar/OAS arrematou a concessão do trecho mais longo do leilão de rodovias promovido pelo governo de São Paulo em 29/10. A PREVI detém 83% do capital social da Investimentos e Participações em Infra-estrutura S.A. (Invepar).
A oferta de tarifa pelo consórcio foi de R$ 0,090525/km – que correspondeu a um deságio de 16,11% sobre o preço teto estabelecido pelo Edital. O consórcio ganhou o direito de administrar os 444 quilômetros do Corredor Raposo Tavares, composto pelas rodovias SP-270, SP-225, SP-327 e acessos.
A concessão é oportunidade para preparar a companhia rumo a uma futura listagem de suas ações na BOVESPA, com a conseqüente geração de liquidez para a participação da PREVI, por meio do mercado de capitais.
Oito consórcios participaram da concorrência.  A Invepar apresentou lance para três dos cinco lotes leiloados.  Além do Corredor Raposo Tavares, a Invepar tem sob seu controle a Linha Amarela S.A, no Rio de Janeiro e a Concessionária Litoral Norte S.A, na Bahia.  
Com base na estratégia de atrair novos investidores com perfil e objetivos próximos aos da PREVI, foi selado acordo de investimento com os fundos de pensão Petros e Funcef. O objetivo do acordo é o provimento de parte dos recursos financeiros necessários para que a Invepar possa ampliar sua base de negócios e sua atuação no setor de infra-estrutura. 

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