Recentemente me deparei com o livro “Não Nascemos Prontos! Provocações Filosóficas”, do professor Mário Sérgio Cortella. Logo de início, o autor apresenta a sua convicção de como as coisas acontecem conosco, questionando o senso comum de que com o passar do tempo ficamos mais velhos, como se fôssemos uma coisa que se gasta. Para ele, acontece o contrário. “Gente não nasce pronta e vai se gastando. Gente nasce não-pronta e vai se fazendo”. Dando conseqüência a esta visão, o autor conclui que “eu (ele), no ano em que estamos, sou a minha mais nova edição (revista e, às vezes, um pouco ampliada)”.

Também recentemente tive o prazer de assistir em DVD à gravação (na verdade uma síntese) da obra “O Povo Brasileiro”, do saudoso Darci Ribeiro. Consta que para gravar este filme, Darci Ribeiro, já doente, teve que dar uma escapulida do hospital, e este esforço, por si só, mostra o engajamento do homem com sua obra.

Impressionou-me assistir à vitalidade do pensamento, à vibração e sobretudo à vontade de deixar uma mensagem para todos que o assistem, de que temos uma responsabilidade – que vem lá dos nossos antepassados e se transmite para o futuro – de construir um Brasil melhor.

Por que falar destas duas obras e destes dois momentos aqui neste espaço? Em geral, ao falar da PREVI, procuramos recorrer sempre a muitos números e fatos. É a maneira de, objetivamente, transmitir o máximo de informação para que o associado possa acompanhar a gestão.

Mas, às vezes, a objetividade não transmite da melhor maneira possível o espírito e a responsabilidade que um administrador precisa ter, ainda mais em uma Instituição como a PREVI. Sempre apoiados pelos números e pela boa técnica, a gestão precisa ter alma, precisa ter foco nas pessoas e acreditar que se pode contribuir para construir alguma coisa melhor.

Precisamos estar em busca do aprendizado, nos reconstruindo e revisando a cada momento.

Esta edição está repleta de números e fatos. E nós acreditamos que estes números e fatos também têm uma “alma”, ou melhor, revelam um pedaço da alma da PREVI. E vamos em frente, que sempre há muita coisa para fazer.

Sérgio Rosa