|nº 116| Julho 06

Nesta Edição » Infraestrutura - Fundo Infrabrasil
Regras claras para investir em Infra-estrutura

No lançamento do InfraBrasil, na Fiesp, da esquerda para a direita: Saturnino Silva, da Fiesp; Wagner Pinheiro, da Petros; Guilherme Lacerda, da Funcef; Dilma Roussef, ministra-chefe da Casa Civil; Fábio Barbosa, do ABN Amro Bank; Sérgio Rosa, da PREVI; Rogério Studart, do BID e Paulo Godoy, da Associação Brasileira das Indústrias de Base (Abdib)
Fundo vai buscar projetos que ofereçam segurança e rentabilidade. PREVI participa da iniciativa, que conta com o Banco Interamericano de Desenvolvimento

A PREVI participou do lançamento do InfraBrasil, fundo de investimento voltado para o financiamento da infra-estrutura no País. O objetivo é investir em companhias sediadas no Brasil que visam ao desenvolvimento, investimento e financiamento de projetos de infra-estrutura nos setores de energia, transportes, telecomunicações, abastecimento de água e saneamento.

Para tomar a decisão de investir no InfraBrasil, a PREVI participou de sua estruturação, coordenada pelo BID. “Estivemos envolvidos em todo o processo. Fomos rigorosos na seleção do gestor, na definição de regras claras”, frisou o presidente Sérgio Rosa. O fundo tem capital inicial de R$ 620 milhões; por meio de cotas, a PREVI subscreveu R$ 78 milhões. Os demais investidores são os fundos de pensão Funcef, Petros, Valia e Banesprev, da Caixa Econômica Federal, Petrobras, Vale do Rio Doce e Banespa, respectivamente. Participam também o Banco do Brasil e o Banco ABN AMRO Real, escolhido em processo de seleção para administrar o InfraBrasil. O BID participa do fundo por meio de um empréstimo no valor equivalente a R$ 98 milhões.

Mais recursos deverão ser captados com outros investidores institucionais, nacionais e estrangeiros. A proposta é investir em dez a vinte projetos, que devem estar alinhados com as regras estabelecidas pelo BID, que compreendem inclusive responsabilidade socioambiental. Os projetos serão selecionados pelo gestor e aprovados pelos representantes dos cotistas. A duração máxima dos financiamentos é de quinze anos, com expectativa de retorno estabelecida em 11% ou 12% mais IGP-M, acima, portanto, da meta atuarial da PREVI que é INPC mais 6% ao ano, e acima da rentabilidade de outro segmento como Renda Fixa.

O InfraBrasil segue o modelo internacional de private equity, que são fundos que operam fora das bolsas de valores. Foi constituído na forma de Fundo de Investimentos em Participações, (FIP), de acordo com as Instruções Normativas 391 e 406 da Comissão de Valores Mobiliários (CVM). Cerca de 80% dos recursos serão investidos pelos cotistas em títulos de dívida (debêntures ou outros valores mobiliários conversíveis ou permutáveis em ações). Os 20% restantes serão ações.

A criação do InfraBrasil abre portas para que projetos importantes saiam do papel. A inclusão do BID é importante por ampliar o montante de recursos e, ao mesmo tempo, dar mais credibilidade e atratividade para novos parceiros. Para José Reinaldo, diretor de Investimentos da PREVI, “essa modalidade de investimento é uma boa alternativa e tem ganho importância em nosso País”.