|nº 119| Nov 06

EDITORIAL
Ver para crer e acreditar quando se vê

Nos idos de 1969, o mundo assistiu a um evento extraordinário: a chegada do homem à Lua. Eu e meus familiares ficamos encantados e emocionados diante da TV em preto e branco, acompanhando a viagem que marcou o século. Em meio àquele momento mágico, ainda me lembro da minha avó, incrédula, convencida e tentando nos convencer de que aquilo tudo era irreal, que não passava de embromação da TV americana. Não houve argumento que a convencesse do contrário. E nem nós podíamos dar a ela nenhuma prova material, a não ser a confiança de que não poderia haver tamanha simulação e enganação em escala global como aquela.

A desconfiança é uma coisa natural. Diria até que saudável em certos assuntos. A desconfiança nos mantém vigilantes e nos faz perseguir as provas para sanar nossas grandes dúvidas, e nesse sentido contribui para que as coisas fiquem mais claras. No entanto, a desconfiança ilimitada, aquela que se repete de forma sempre igual, que não se contenta com nenhuma prova e até despreza a busca de esclarecimentos, não ajuda a clarear nada. Ao contrário, parece que o objetivo deste tipo de desconfiado é mesmo deixar sempre turva a realidade.

Por que veio à tona a lembrança da minha incrédula avó? No momento em que a PREVI alcança um novo recorde, com um patrimônio superior a R$ 100 bilhões, assistimos novamente a alguns renitentes incrédulos que tentam convencer as outras pessoas de que isto é irreal, que não passa de embromação baseada em “reavaliações ilegais do patrimônio da PREVI”. O que chama a atenção nesta situação é que as pessoas que fazem este tipo de afirmação (poucas, a bem da verdade) não estão em busca de esclarecimento, pois, por mais explicações que sejam dadas, os argumentos não mudam. As cartas são enviadas à PREVI (e a outros lugares também) apenas para formar um falso processo de “questionamento”, mas os remetentes estão na verdade imunes a qualquer debate razoável.
Não acreditamos que este tipo de opinião represente a maioria dos associados. No entanto, esta situação incomoda, porque algumas cartas, com afirmações completamente inverídicas, são remetidas a parlamentares, Ministério Público, órgãos de fiscalização. Quando caem nas mãos erradas, são usadas de forma desleal.

O patrimônio da PREVI é uma conquista de todos nós. Ele é fruto das contribuições dos associados e do Banco; é fruto da participação e da vigilância das entidades; é fruto do trabalho dos funcionários; é fruto do desempenho da economia e das empresas brasileiras; é fruto do modelo pioneiro e de sucesso que é a PREVI.

O patrimônio é antes de mais nada um fator de segurança. É a garantia de que os benefícios serão honrados. E, tal como já aconteceu com a mudança da Parcela PREVI, com a redução das contribuições e a reabertura da Carim, o patrimônio também é fonte de esperança de novas conquistas.

O patrimônio da PREVI é uma coisa bem mais fácil de provar do que a chegada do homem à Lua. Todos os ativos estão registrados e custodiados em instituições seguras; toda a contabilidade é auditada e fiscalizada; os participantes têm toda a garantia de acompanhar as demonstrações contábeis por meio dos conselheiros e diretores eleitos e até mesmo por intermédio de suas entidades representativas, pois estamos à disposição para demonstrar toda consistência dos números.

Por tudo isso, para todos aqueles que têm prazer em comemorar as conquistas coletivas, dedicamos nossos resultados e desejamos a todos Feliz Natal e um Ano Novo cada vez melhor.

Sérgio Rosa