|nº 119| Nov 06

ESPAÇO LIVRE
Belas palavras

Ivo no estúdio,
em sua casa.

No detalhe, o método
de caligrafia que editou

Ivo Nissola faz da caligrafia uma arte

Difícil imaginar alguém com letra horrível tornar-se professor de caligrafia. Mas  essa é a história de Ivo Nissola. Hoje com 57 anos, Ivo encantou-se pela caligrafia na adolescência, quando morava no interior do Paraná. “Tinha um amigo pintor, muito hábil para escrever, que dava aulas de caligrafia e desenho. Foi com ele que aprendi a escrever de forma legível, depois de muito praticar e consumir vários cadernos, pois minha letra era horrível”, lembra.
Durante os 24 anos que trabalhou na agência de Paranavaí (PR), era comum incumbir-se da comunicação visual da agência. Pastas suspensas e dossiês de clientes tinham a letra dele. Chegou a confeccionar placas em madeira com os nomes dos colegas que trabalhavam como caixa nos guichês. “Diziam que eu tinha o dom. Expliquei que não se tratava de dom, mas sim de técnicas desenvolvidas com exercícios e um pouco de paciência”, explica.

Técnicas especiais

O nome caligrafia vem do grego e quer dizer escrita bonita. Também define a arte de escrever a mão segundo determinadas regras e modelos. Por essa forma de arte, Ivo é requisitado desde rapaz. Na escola, escrevia cartas para as namoradas dos colegas. Hoje, é chamado por escolas e empresas para ministrar cursos. Numa época marcada por e-mail e texto digitado em computadores, é uma forma de arte que se destaca. Ivo desenvolveu técnicas especiais de ensino, reunidas no “Manuscrito Cursivo Itálico” e no site www.cursodecaligrafia.com.br. “É importante ter uma boa letra, legível e apresentável. Cabe em qualquer situação, desde um simples bilhete até uma redação do vestibular, em que, certamente, a caligrafia terá um peso decisivo, aliado ao conteúdo, é claro”, ensina o colega.