|nº 128| Nov/Dez 07

Nesta Edição » GESTÃO

Responsabilidade ambiental na prática

Em imóveis que administra ou tem participação, a PREVI incentiva programas de economia de água e energia, o que gera resultados financeiros e preservação do meio ambiente

Para pôr em prática princípios de responsabilidade socioambiental, uma das medidas adotadas pela PREVI é incentivar o uso racional de água e energia elétrica nos empreendimentos imobiliários em que é proprietária ou tem participação acionária. Além da economia gerada para os locatários e dos lucros para os investidores, as medidas vão ao encontro do Sistema de Gestão Ambiental da Norma ISO 14000, que fomenta investimentos economicamente viáveis, ambientalmente corretos e socialmente justos.

Dentre as medidas adotadas nos empreendimentos da carteira da PREVI, estão captação e aproveitamento da água da chuva para utilização em sistemas de refrigeração, troca de matriz energética com aproveitamento do gás natural, substituição de equipamentos por outros mais econômicos e ecologicamente corretos, consumo de energia fora dos horários críticos e mais caros e a conscientização dos usuários.

Resultados financeiros

Dependendo do empreendimento, a economia pode chegar a até R$ 3 milhões por ano, como no caso dos shopping centers, uma vez que quanto maior o consumo, maior é o potencial de economia. Foi o que ocorreu, por exemplo, no NorteShopping, no Rio de Janeiro, em que a PREVI é um dos principais acionistas. Para Marcelo Assaf, gerente de operações e manutenção do shopping, com algumas medidas, houve economia de despesas e evitou-se o desperdício. Mas o aspecto ambiental foi muito importante. "Optamos pelo uso de gás natural em lugar do diesel para evitar poluição. Na reutilização de água, também havia outras opções, mas decidimos poupar água potável, que é um bem cada vez mais escasso. Mais importante que a economia é saber que você está ajudando a preservar a natureza", afirma.

Outro exemplo bem-sucedido é o edifício Birmann 21, localizado em São Paulo, de propriedade da PREVI e locado integralmente para a Editora Abril. José Estrella, administrador do condomínio, diz que desde sua concepção e construção houve a preocupação de utilizar de maneira inteligente os recursos naturais, mas que foram necessários investimentos e ajustes para que tudo funcionasse adequadamente. "O impacto econômico, em termos de economia de energia, não é em quilowatts, mas na economia gerada pelo consumo fora dos horários críticos, em que as tarifas são mais altas. Mas temos também campanhas de conscientização, para que usuários apaguem a luz ao sair do banheiro e economizem água.

E elas surtem efeito. Esse é um trabalho para preservar o meio ambiente", conclui.

Uma prova de que nem sempre são necessários grandes investimentos em máquinas ou equipamentos pode ser encontrada no edifício Plaza Centenário, também em São Paulo.

Ações simples como aproveitamento de lençol freático, troca de pias e vasos sanitários ou mesmo a conscientização dos usuários fizeram diferença.

"O projeto de economia energética implantado norteouse por duas premissas básicas. No curto prazo, a meta estabelecida foi a redução das despesas totais de água e energia elétrica. Essa economia foi obtida com o projeto de reutilização de água (redução de 50%) e com inibidores de consumo de energia elétrica (redução de 25 %). No médio prazo, a meta estabelecida previa a conscientização dos funcionários das empresas condôminas (4.700 pessoas) para a prática de medidas efetivas de redução de consumo de água e energia elétrica e para a assimilação dos conceitos de responsabilidade socioambiental. Em todos os sentidos, podemos avaliar os resultados do projeto como uma experiência bem-sucedida, de pleno êxito e um modelo de excelência para outros empreendimentos", afirma Paulina Terra, presidente do Conselho Fiscal da PREVI e administradora do Plaza Centenário.

Mesmo com os resultados já alcançados, a PREVI continua a incentivar a redução dos custos com práticas socialmente responsáveis. A adoção dessas medidas tem sido incentivada por Renato Chaves, diretor de Participações.

Hoje a prioridade é atuar nos imóveis que têm consumo mais elevado, mas o próximo passo será criar índices de comparação on-line de maneira a fazer intervenções periódicas e automáticas com o objetivo de reduzir o consumo.