|nº 140| Mai 09

Nesta Edição » Capa » Como andam os investimentos

Como andam os investimentos

O maior interessado pelos investimentos da PREVI é, sem dúvida, o participante. Num momento em que o mundo – e o Brasil, em menor proporção – ainda sofre os impactos da crise que estourou no ano passado, é legítimo que os participantes queiram saber como a PREVI vai conduzir as aplicações dos recursos do PREVI Futuro e do Plano 1 neste ano. Para dar essa explicação, nada melhor do que falar da Política de Investimentos, documento obrigatório, divulgado no site e no Relatório Anual

Todo o processo de gestão dos recursos se inicia na Política de Investimentos, uma espécie de mapa com a direção para os próximos anos. É nesse documento que a PREVI define qual é a estratégia de investimentos mais indicada diante das diferentes características de cada plano de benefícios, de modo que os investimentos garantam o pagamento dos benefícios de aposentadoria e de pensão. São definidos critérios, parâmetros e limites que devem ser observados na hora de fazer cada aplicação. Os profissionais que lidam com compra e venda de ativos no dia-a-dia seguem as diretrizes determinadas nesse documento. Plano 1 e PREVI Futuro têm políticas distintas, assim como a Capec (Carteira de Pecúlios).

Pelo menos uma vez ao ano, as Políticas são revistas de acordo com o comportamento da economia e do mercado de capitais, do fluxo de entrada e saída de recursos do Plano e da legislação, pilares que podem mudar de tempos em tempos. É um trabalho bem dinâmico, no qual é preciso estar atento aos movimentos da Bolsa e dos indicadores econômicos, sem deixar de acompanhar o mercado previdenciário e as mudanças sociais. Em suma, mapeando fatos atuais, são simulados cenários e medidos riscos, tudo isso em busca do seguinte propósito: diminuir perigos e otimizar resultados. O trabalho lembra o dito popular “seguro morreu de velho”. A Política de Investimentos procura evitar surpresas desagradáveis no futuro e indica como aproveitar as boas oportunidades de investimento do presente. Tudo o que se quer é a melhor rentabilidade e o menor risco.

O Plano 1 é um bom exemplo da importância de simular cenários. Todos sabem que, por ter grande aplicação em renda variável, o Plano se expõe às oscilações da Bolsa. Na elaboração da Política de Investimentos de 2008, foi considerado o chamado “cenário de estresse”: foram efetuadas simulações tendo como base a maior queda do índice no mercado de ações do Brasil ocorrida no período de 12 meses entre os anos 1980 e 2007. O objetivo desse tipo de projeção é avaliar as condições de solvência (estoque de ativos versus compromissos assumidos) e de liquidez (capacidade de honrar as obrigações mensais) em condições adversas do mercado. Os resultados mostraram que, mesmo naquele contexto, o Plano teria recursos suficientes para honrar o pagamento dos benefícios, sem ter de se desfazer de nenhuma ação cuja venda já não estivesse planejada. A realidade comprovou essa simulação: o Plano enfrentou a crise mundial do ano passado e ainda acumula superávit.

clique na imagem para ampliar
clique para ampliar

<< Primeira | < Anterior | 1 | 2 | 3 | 4 | 5 | Próxima > | Última >>