|nº 140| Mai 09

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Imóveis em alta

Rentabilidade em 2008 foi de 21,61%, a maior entre os ativos da PREVI, bem superior à meta atuarial de 12,60% ao ano

O ano de 2008 ficou marcado como o ano da crise, em que bolsas de valores de todo o mundo trouxeram perdas aos investidores. No entanto, em meio a essas águas turbulentas, um investimento navegou em mares mais favoráveis e obteve crescimento ao longo do ano passado. A carteira imobiliária da PREVI - formada por participações em shopping centers, edifícios comerciais, hotéis e outras unidades - atingiu, em dezembro de 2008, o patamar de R$ 3,2 bilhões. A rentabilidade acumulada no ano foi de 21,61%, a maior dentre os investimentos da Entidade.

Esse percentual superou bastante a meta atuarial acumulada de 12,60%, que é o rendimento mínimo que se espera das aplicações, conforme estabelecido pela Política de Investimentos.

O momento é positivo não apenas para a carteira da PREVI. O mercado imobiliário brasileiro passou por expressivo crescimento a partir de 2007 e ainda mantém uma tendência de expansão.

Para o Diretor de Investimentos, Fábio Moser, o resultado de 2008 na carteira de imóveis se deve, principalmente, à excelente performance dos shoppings e à demanda pelo aluguel de espaços comerciais para empresas em instalação ou ampliação.

A expansão dos shoppings

Dentre os destaques dos investimentos da PREVI está a participação em catorze shopping centers, num investimento total de cerca de R$ 1,06 bilhão, valor que representa 33% da carteira de Imóveis (números do balanço de dezembro 2008).

Esses empreendimentos foram beneficiados pelo aumento do poder de compra das famílias e alcançaram rentabilidade de 38% no ano passado. Um dos atrativos adicionais desses investimentos é que uma parcela dos aluguéis cobrados é variável, vinculada às vendas. A crise econômica mundial não afetou o consumo nos shoppings brasileiros, que continuam apresentando bom volume de vendas. Outro fator importante é que, sobretudo nas cidades médias, a relação shopping / habitante ainda é pequena e há margem para crescer.

No ano passado, a PREVI investiu na expansão do Barra Shopping, no Rio de Janeiro, do MorumbiShopping, em São Paulo, e do Park Shopping, em Brasília. Revitalizados, esses shoppings atraem mais público consumidor, têm incremento em suas vendas e consequente aumento no retorno. De acordo com Moser, “a PREVI está atenta a novas oportunidades de investimentos em shoppings. Estamos sempre estudando o mercado, porque esse é um dos nossos focos na carteira de imóveis, junto com os prédios comerciais. A intenção não é concentrar os investimentos, mas sim dar continuidade ao que temos feito com ótimos resultados”.

A legislação permite que os fundos de pensão apliquem até 8% dos recursos garantidores em imóveis. No Plano 1, a PREVI vem investindo cerca de 3% dos recursos nesse segmento. Ou seja, há boa margem para intensifi car os aportes.

No caso dos shoppings, a filosofi a de atuação também tem sido importante para acompanhar a rentabilidade: a PREVI se faz presente em todas as assembleias de proprietários/condôminos, buscando a adoção de boas práticas de gestão, transparência e valorização dos empreendimentos.

PREVI Futuro passa a investir em imóveis

O momento favorável pelo qual passa o segmento de imóveis, especialmente se comparado às incertezas maiores que pesam sobre o mercado de ações, motivou uma importante alteração na Política de Investimentos do plano PREVI Futuro aprovada para 2009: ela estabelece que poderão ser investidos em imóveis até 5% dos recursos garantidores (leia mais na matéria de capa).

A Diretora de Planejamento da PREVI, Cecília Garcez, responsável pela área que elabora as políticas de investimento, explica o porquê da novidade para este ano:

“Em um cenário de queda das taxas de juros, como o que estamos vivendo atualmente, o segmento imobiliário se torna uma boa oportunidade de investimento, proporcionando ao mesmo tempo uma entrada previsível de receitas (aluguéis) e estabilidade para a rentabilidade do plano, contrapondo-se aos ativos de maior risco (renda variável). Essa maior diversifi cação minimiza os efeitos da volatilidade da renda variável, casando com uma boa rentabilidade, fundamental para que os colegas do PREVI Futuro, quando se aposentarem, tenham um benefício melhor.”

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