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A dinâmica da pirâmide geográfica

Fernando de Albuquerque, do IBGE, ressalta que a diminuição em ritmo acelerado da mortalidade, no Brasil, a partir da Segunda Guerra Mundial (1939-1945), foi fundamental para o envelhecimento da população. Como causas desse envelhecimento, cita o controle de doenças infecciosas e parasitárias, assim como a introdução da penicilina, da medicina preventiva, dos programas e medicamentos importados das regiões desenvolvidas.

“O Brasil praticamente reduziu pela metade sua taxa bruta de mortalidade em apenas 20 anos, entre 1940 e 1960. Enquanto os países hoje chamados desenvolvidos levaram cerca de 100 anos para alcançar o mesmo feito. A taxa bruta de mortalidade do Brasil, entre 1921 e 1940, que era de 24,8 óbitos para cada mil habitantes, passou para 9,8, um decréscimo de aproximadamente 61%”, afirma.

Em 1910, um brasileiro esperaria viver, em média, 33 anos. Nos dias atuais, em torno de 73,1 anos, sendo 69,4 anos para homens e 77 para as mulheres. Em 2050, a expectativa de vida de um recém-nascido do sexo masculino será de 78,2 anos e, do sexo feminino, 84,5 anos.

Ele explica que a diminuição brusca dos níveis de mortalidade com a manutenção dos altos níveis de fecundidade entre as décadas de 50 e 60 foram responsáveis pelo crescimento médio da população de 3% ao ano, no Brasil. Porém, houve redução na fecundidade a partir dos anos 60, acentuando-se entre as décadas de 70 e 80. Em 1940, uma mulher no Brasil esperaria ter em média 6,2 filhos ao fim do seu período fértil. Em 1970, o Censo Demográfico contabilizou uma taxa de 5,8 fi lhos por mulher, começando o declínio dos níveis de fecundidade. Em 1980, a tendência de declínio dos níveis de fecundidade continuou com 4,4 filhos por mulher. No Censo de 2000, registra-se 2,4 filhos. Já segundo a Pesquisa Nacional por Amostra de Domicílios de 2007, são dois filhos por mulher.

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