|nº 143| Ago 09

Nesta Edição » Gestão » Destaque internacional em governança corporativa

Destaque para a PREVI no PRI

O relacionamento entre as instituições signatárias do PRI, que estão no mundo todo, é basicamente virtual. No Portal do Programa, uma série de recursos propicia o compartilhamento de informações, o diálogo permanente entre os grupos de trabalho e a atuação dos signatários em ações de engajamento que visam, por exemplo, o combate ao trabalho escravo em setores nos quais as instituições podem investir. O nome da Conferência – PRI in person –, realizada em julho, decorre da possibilidade de os signatários se encontrarem “frente a frente”, sem a intermediação virtual.

É nas conferências do PRI que são divulgados os Relatórios Anuais do Programa. O de 2009 deu grande visibilidade para iniciativas da PREVI nas ações que contemplam países em desenvolvimento (Emerging Markets and Developing Countries).

O Relatório destacou a liderança da PREVI na constituição de uma área, em português, no Portal do PRI, em que os signatários locais compartilham informações e se organizam para atuar. Parte desse esforço se concentra, por exemplo, no estímulo para que empresas participadas divulguem informações criteriosas sobre a promoção da responsabilidade social. O empenho também se volta para a ampliação da base de signatários. O Relatório Anual traz a informação de que o número de signatários nos países emergentes cresceu 24% nos últimos 12 meses. Como exemplo, o Brasil tem mais signatários (28) que o Japão (13), o Canadá (23) e a Alemanha (7).

Outro relatório divulgado na Conferência, o Report on Progress 2009, traz o balanço da consulta anual que o PRI faz junto aos seus signatários, os quais precisam responder a mais de 100 questões listadas em um amplo questionário. O Report on Progress deste ano destacou a atuação da PREVI no estímulo para que empresas participadas publiquem relatórios de sustentabilidade baseados na metodologia GRI – Global Reporting Initiative. Trata-se de necessidade colocada por investidores institucionais estrangeiros, que demandam transparência de informações sobre a atuação de empresas brasileiras no âmbito da RSA.

“O importante é que a PREVI vem se tornando referência internacional, o que gera esse tipo de visibilidade”, destaca Rafael Soares, gerente de núcleo da Gerência de Planejamento Estratégico da PREVI. Ele apresentou trabalhos sobre a atuação da PREVI no painel da Conferência PRI in person dedicado aos “países emergentes”. “É fácil atestar o que essa visibilidade representa”, diz. “Hoje, a PREVI recebe inúmeros convites para participar de simpósios internacionais sobre esses temas. É impossível atender a todos eles, e acabamos recusando muita coisa.”

Como um dos 40 maiores fundos de pensão do mundo e, no caso do PRI, como representante do Programa na América Latina, a PREVI levou na bagagem realizações e exemplos de ativismo em prol de ações de RSA e Governança Corporativa, tanto no âmbito interno quanto no das empresas participadas. São fatos que, inclusive, ajudaram a reforçar a percepção de investidores de todo o mundo sobre o bom desempenho da economia brasileira diante da crise mundial. A situação de razoável estabilidade do País ganhou destaque num contexto de crise que lançou na recessão algumas das mais importantes economias do mundo.

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