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Das empresas que responderam à questão específica sobre relações com a comunidade,
quase a metade informou que possui uma política formal que trata desta relação
e 60% informaram que, por meio de suas unidades de negócio, participam ativamente
da discussão de problemas comunitários e do encaminhamento de soluções. Esses
dados demonstram que este tema tende a ganhar cada vez mais atenção das empresas
no seu planejamento estratégico.
O volume de recursos dispendido com ações comunitárias foi informado por 31 empresas, das 83 que participam deste relatório, e chega a aproximadamente R$ 270 milhões, o que equivale a 1,51% do total do valor adicionado a distribuir. Destacando o investimento na área cultural, o valor em 2003 foi de mais de R$ 30 milhões. Na maioria dos casos, as ações estão dispersas por diferentes áreas das empresas. Apenas uma minoria realiza suas ações sociais por meio de institutos ou fundações. Contudo, a tendência no meio empresarial no país é a inserção da ação social no planejamento estratégico, ou seja, tratado como investimento social privado, monitorado e avaliado, utilizando-se de área específica ou da criação de instituto ou fundação. Além da destinação de recursos financeiros, as empresas também doam recursos materiais, liberam funcionários em horário de trabalho para ações sociais, oferecem serviços gratuitamente ou com preços especiais, oferecem produtos da empresa ou colocam à disposição da comunidade e de causas sociais tecnologias desenvolvidas pela empresa conforme demostrado a seguir: ![]() ![]() ![]() Quando perguntadas sobre os temas ou causas sociais beneficiadas pelo investimento social das empresas, o número de empresas por tema demonstra que há uma preferência pela causa da educação (31 empresas), saúde (24), cultura e preservação do patrimônio cultural (22) e pelo meio ambiente (20). Quanto ao volume de investimento, 17,98% são destinados à causa da educação, 8,22% à terceira idade, 6,92% ao combate à fome e segurança alimentar, 6,45% ao desenvolvimento comunitário, 6,37% ao meio ambiente, 5,76% à saúde e 3,29% à cultura e preservação do patrimônio cultural. Os demais 45,01% são destinados de forma pulverizada, em relação ao total de empresas que responderam a este item, a diversas outras questões.
Seguindo tendência nacional, a educação e as atividades complementares à escola aparecem como tema destacado na ação social das empresas, e há a introdução do tema do combate à fome, demonstrando que as empresas responderam com certa rapidez à mobilização proposta pelo governo e por algumas organizações da sociedade civil. Observa-se também uma tendência neste grupo para o apoio à terceira idade, segmento que vem merecendo cada vez mais atenção da sociedade em geral. Entre os outros temas, há o microcrédito, que, apesar de discutido com mais freqüência na sociedade e incentivado pelo atual governo, não recebe nenhum investimento por parte das empresas que responderam ao questionário. Apenas uma empresa informou que atua no combate à violência sexual contra crianças e adolescentes apesar da relevância do tema no país. VOLUNTARIADO O levantamento contemplou informações sobre a prática do voluntariado empresarial, conforme demonstra o quadro abaixo. Das empresas pesquisadas, 16 informaram possuir programas ou ações de voluntariado. A participação de funcionários nesses programas é de 1,17%. O questionário conduz, contudo, à necessidade das empresas estabelecerem processos internos para uma boa gestão do voluntariado, como a existência de cadastro de colaboradores interessados em ações voluntárias, informações sobre o número de colaboradores que efetivamente participam de atividades e quantidade média de horas destinadas às ações. ![]() ![]() PROJETOS COMUNITÁRIOS Procurando diversificar os destaques a cada ano, apresentamos a seguir algumas das ações sociais realizadas pelas empresas participantes deste relatório nas áreas de Valorização da Diversidade, Iniciativas de Erradicação do Trabalho Infantil e Meio Ambiente. » Valorização da Diversidade O Banco do Brasil desenvolve o Projeto Diversidade, que visa a contribuir para a inclusão social dos segmentos estigmatizados. As ações do programa estão orientadas pelo conceito de sociedade inclusiva em dois eixos básicos: produção e disseminação do conhecimento e articulação de forças sociais que digam respeito à pessoa com deficiência. São cinco as linhas de atuação do Diversidade, que criam um efeito sinérgico na redução do preconceito e no estímulo à consciência de uma sociedade para todos, inclusiva, mais justa e humana. I - Projeto "Retratos da Deficiência no Brasil" (pesquisa), que objetiva traçar o perfil do universo dos portadores de deficiência; II - Projeto Capacitação, dirigido a dois segmentos: apoio aos conselhos de direito de pessoas com deficiência, inclusão transversal do tema nos diversos conselhos de direito e a capacitação de organizações que atuam em prol das pessoas com deficiência; III - Projeto Mídia e Deficiência (campanha), que estabelece análise e diagnóstico de atuação da mídia com relação ao tema deficiência; IV - Agenda da Deficiência, que visa a consolidar e disponibilizar facilitadores que auxiliem a implementação de ações que promovam o acesso das pessoas com deficiência à busca e gozo da cidadania; V - Projeto Laboratórios, cujo objetivo é prospectar, avaliar, validar e disseminar tecnologias sociais que contribuam para a sensibilização e a conscientização da sociedade quanto à questão da pessoa com deficiência. » Erradicação do Trabalho Infantil A Petrobras, em parceria com a Secretaria Especial dos Direitos Humanos e o Conselho Nacional dos Direitos da Criança e do Adolescente (CONANDA), destinou, em 2003, cerca de R$ 32 milhões para os Conselhos Municipais, Estaduais e Nacional dos Direitos da Criança e do Adolescente. Os recursos são destinados a projetos de combate à exploração e abuso sexual de crianças e adolescentes e erradicação do trabalho infantil. O Banco do Brasil realizou em 2003 o Programa Adolescente Trabalhador, que existe desde maio de 2001 e tem como objetivo fundamental a inclusão social de jovens carentes no mercado de trabalho por meio de capacitação profissional. O programa é destinado a adolescentes de 15 e 16 anos e 4 meses de idade pertencentes a famílias com renda per capita de até 1/2 salário mínimo regional e que cursem a 7ª série do Ensino Fundamental ou equivalente, com matrícula regular e freqüência escolar assídua, inscritos e selecionados em programa(s) de apoio comunitário ou regime de abrigo desenvolvido(s) por entidades filantrópicas conveniadas junto ao Banco do Brasil. A FRAS-LE desenvolve o Programa FLORESCER, com atividades complementares à escola e educação para a vida, dirigidas a crianças e adolescentes de 7 a 14 anos. O programa envolve a família, a escola e a comunidade, com parcerias com a Secretaria de Educação e o Conselho Tutelar nas ações de combate ao trabalho infantil e prevenção da violência contra a criança e o adolescente. » Gerenciamento de Impactos Socioambientais O Banco do Brasil realiza o Projeto Bioconsciência em parceria com a EMBRAPA e a CEMPRE visando a difusão de conceitos sobre consumo consciente e ações de racionalização do uso de recursos naturais, além da disseminação do uso de tecnologias sociais voltadas para a questão do meio ambiente e recursos hídricos. Visa, ainda, a propiciar sustentabilidade econômica para os municípios onde ocorrem as cadeias econômicas beneficiadas pelos recursos da Fundação Banco do Brasil, construir uma base de conhecimentos relevantes para a questão da gestão dos resíduos sólidos do Brasil e permitir a difusão de tecnologias sociais que possam atender às necessidades de diversas comunidades que precisam das soluções sociais existentes no Banco de Tecnologias Sociais da Fundação Banco do Brasil. A Seara realiza o Programa de Parceria Florestal, com um investimento de R$ 225 mil. O projeto tem entre outros objetivos: usar o solo segundo sua capacidade; preservar as florestas nativas através do uso de espécies exóticas; proteger e recuperar o solo diminuindo a capacidade erosiva; contribuir para fixar o agricultor no campo, reduzindo assim a concentração urbana; proporcionar ao agricultor uma nova fonte de renda na propriedade; contribuir para preservação da fauna. A Paranapanema – PMA desenvolve o projeto Biomonitoramento na região da Caraíba e que tem como objetivo a recomposição vegetal ao redor da fábrica, o estudo da contaminação do lençol freático e, na fase III, a remediação e controle. O Projeto tem como parceiros a CRA, CPGG e Instituto Geociências da UFBA. A Cia Vale do Rio Doce realiza o Projeto Diagnóstico Preliminar da Gestão de Recursos Hídricos. A Vale do Rio Doce é uma grande consumidora de água no Brasil, suas unidades operacionais consomem cerca de 137 milhões m3/ano, como pode ser constatado através do balanço hídrico preliminar. A água na CVRD é, em sua maior parte, de origem subterrânea, e é utilizada com diversas finalidades. Como a Vale possui atuação em 14 estados brasileiros, com regimes hídricos que vão da alta disponibilidade de água da Amazônia à escassez do semi-árido nordestino, há necessidade de um gerenciamento específico deste recurso com soluções apropriadas para cada unidade operacional. A TIM Sul – Tele Celular Sul Participações possui o programa Recarregue o Planeta, que coleta e recicla baterias usadas de celular. Em todos os pontos de venda TIM Sul, há urnas coletoras de baterias velhas. O material é coletado, separado por marca e enviado aos fabricantes que fazem a destinação correta das baterias e as reciclam. O programa está em vigor desde 1999 e foi desenvolvido em parceria com a ONG Sociedade de Proteção em Vida Selvagem e Educação Ambiental (SPVS). O programa envolve a educação da população por meio de campanhas de estímulo à correta separação do lixo tóxico. O programa já recebeu os prêmios Superecologia da Revista Superinteressante, Prêmio Ashoka – Concurso Nacional de Idéias Mobilizadoras e Prêmio Expressão de Ecologia da Revista Expressão. A Perdigão participa em comitês/conselhos locais ou regionais para a discussão da questão ambiental junto ao governo e à comunidade. A empresa faz parte do Comitê Interinstitucional, composto por representantes de diversas agroindústrias de Santa Catarina, que elaborou uma proposta para adequação de propriedades suinícolas, juntamente com diversas secretarias e órgãos do Governo do Estado de Santa Catarina. O Consórcio Intermunicipal de Gerenciamento Ambiental do Alto Vale do Rio do Peixe tem como uma de suas instituições de apoio a Perdigão. Este consórcio vai integrar ações e esforços da área pública e privada e da sociedade em geral, para possibilitar o desenvolvimento econômico e social, com qualidade de vida e conservação da natureza. ![]() A Sauípe desenvolve o Programa Berimbau – Programa Social Sustentável da Costa do Sauípe, criado em julho de 2003, fruto da preocupação social com as comunidades vizinhas de Costa do Sauípe: Areal, Canoas, Curralinho, Diogo, Estiva, Porto Sauípe, Vila Santo Antônio e Vila Sauípe. O programa pretende beneficiar cerca de 10 mil pessoas que habitam essas comunidades e tem como pilares o investimento em iniciativas sustentáveis que tenham sinergia com o turismo, respeito ao meio ambiente e o fortalecimento de potencialidades locais por meio da geração de oportunidades de trabalho, sustentabilidade, fortalecimento do associativismo, respeito ao meio ambiente e preservação da cultura local. O programa é realizado em parceria com a Fundação Banco do Brasil, Fome Zero, Ministério do Trabalho e Ministério da Energia, associações comunitárias e de artesãos das comunidades, Instituto da Hospitalidade – IH e SEBRAE ITC. |