Mensagem do Conselho
Consultivo do Plano 1

Desde a sua criação, em 2006, o conselho tem como principal preocupação o acompanhamento da gestão, dos investimentos e da situação do Plano 1.

Como é sabido, o Plano de Benefícios 1, fechado há quase duas décadas, detém grande quantidade de recursos em renda variável. Esses investimentos, em passado recente, contribuíram decisivamente para sucessivos superavits, que foram destinados aos participantes por meio da suspensão do pagamento das contribuições e do pagamento do Benefício Especial Temporário (BET).

Em 2014, diante de um cenário econômico de oscilações e incertezas e apesar dos esforços institucionais, a PREVI, e principalmente o Plano 1, encerrou o ano com um desempenho abaixo do esperado, o que nos remeteu a velhos questionamentos sobre a concentração de ativos em renda variável. É preciso ponderar que, em função do volume, os movimentos da PREVI para reduzir essa concentração não podem ser bruscos nem feitos a qualquer preço, para não trazer prejuízos ao patrimônio.

Partindo para uma análise do resultado, veremos que, apesar dos percalços, o Plano 1 fechou com superavit de R$ 12,54 bilhões, fruto dos bons resultados acumulados nos anos anteriores. Este Conselho Consultivo está atento aos desafios que o Plano 1 terá de enfrentar nos próximos anos, em decorrência de uma crescente necessidade de desinvestimentos para pagar cada vez mais benefícios.

A história tem nos mostrado que os períodos de crise nos dão a oportunidade de fazer os ajustes nas posições fragilizadas com o objetivo de corrigir seus cursos. Antevendo um ano difícil, o Conselho Consultivo do Plano 1 se fez mais presente, acompanhando os ativos mais vulneráveis sujeitos a constantes intervenções.

Constatamos que, apesar do pessimismo que tomou conta do mercado financeiro, principalmente no segundo semestre, a PREVI, detentora de um corpo funcional competente, não se deixou contaminar pelo desespero especulativo reinante e manteve a lucidez e firmeza nos propósitos que motivaram a sua criação.

Apesar de não haver sobras extraordinárias a serem repartidas, como foi o caso do BET, que nos brindou durante quatro períodos com aportes de 20% de benefícios adicionais, o Plano 1 mantém, além de sua Reserva Matemática integralmente coberta, um colchão confortável para fazer frente aos seus compromissos projetados até o fim.

O Conselho Consultivo do Plano 1, que se renovou em parte no ano que se passou, continuará acompanhando as decisões pertinentes ao plano e sugerindo as mudanças que se fizerem necessárias para garantir a sua segurança.