Políticas e decisões de investimento [GRI 103 | 201]

Políticas e decisões de investimento [GRI 103 | 201]

A definição e a execução das Políticas de Investimentos da PREVI em 2017, válidas para o período de 2017 a 2023, estiveram alinhadas às diretrizes dos objetivos estratégicos fixados no Plano Estratégico 2017-2021. A premissa da segregação de funções foi mantida – a Diretoria de Planejamento se encarrega de traçar as Políticas, que são aprovadas pela Diretoria Executiva e pelo Conselho Deliberativo e executadas pela Diretoria de Investimentos. Na revisão anual das Políticas, debates envolvendo gerências de todas as diretorias foram travados, para antecipar possíveis cenários e avaliar potenciais mudanças no panorama macroeconômico.

A Política e as decisões de investimentos voltadas para o Plano 1 tiveram como objetivo o aumento da liquidez nos ativos, de modo a garantir o fluxo de caixa suficiente para o pagamento de benefícios. Já para o PREVI Futuro, sob o objetivo estratégico de “Maximização do benefício do participante do PREVI Futuro dado seu perfil de risco”, a Política se concentrou nas alterações nos Perfis de Investimento disponibilizados aos participantes.

As mudanças no cenário nacional tiveram influência nas decisões de investimento. O segmento de renda variável esteve mais atraente na comparação com 2016, assim como determinados ativos de renda fixa (títulos privados com boa relação entre risco e retorno). Ações de empresas como a Vale e o Banco do Brasil (e outros bancos) obtiveram boas valorizações, ainda que o Índice Brasil (IBrX100) tenha sofrido oscilações negativas relevantes em maio e em novembro de 2017.

As aplicações em títulos privados passaram a contar com análise de aspectos de “Integridade” (leia mais em Responsabilidade socioambiental em investimentos). Já o investimento em títulos públicos federais perdeu atratividade recente com a queda na taxa dos papéis, sobretudo aqueles de curto prazo (influenciados pela taxa Selic em um dígito, atualmente em 7% a.a.). Com isso, o foco foram os títulos de maior duração, que apresentam taxas ainda acima da meta atuarial, mas que demandam análises mais criteriosas sobre as posições no segmento.

O setor imobiliário ainda vive um momento de baixa; a situação foi enfrentada pela PREVI com desinvestimentos em imóveis mais antigos e com menor atratividade.

O próximo ciclo (2018-2024) das Políticas de Investimentos começou a ser discutido em junho de 2017, durante o 3º Seminário PREVI de Políticas de Investimentos. O evento reuniu diretores, técnicos e conselheiros da PREVI, representantes de outras EFPCs e de órgãos como a Previc, a Abrapp e o Sindapp. Entre os temas tratados, estiveram o panorama para a elaboração das próximas Políticas, a gestão de ativos em um ambiente de queda nas taxas de juros e os desafios e perspectivas apresentados às EFPCs nos próximos anos.

Política de Investimentos do Plano 1

Objetivo estratégico: balanceamento da gestão de investimentos com necessidades do passivo do Plano 1

Na condição de plano maduro, sem novos entrantes e no qual menos de 10% dos participantes ainda estão na ativa, o Plano 1 teve uma gestão de investimentos voltada à obtenção de liquidez e à minimização do risco. O volume de pagamentos está em ritmo de crescimento e deve chegar, em 2040, a seu ápice histórico em termos nominais. Para se adequar a esse cenário, buscam-se ativos com prazos de vencimento cada vez mais próximos do fluxo de pagamentos de benefícios e que possam proporcionar liquidez em curto prazo, caso necessário.

O mais importante movimento do ano em renda variável foi a renegociação do acordo de acionistas da Vale, maior ativo da carteira do Plano 1. Ao final de 2016, o plano detinha 15,50% de participação na Vale por meio da Litel (holding que concentra as participações externas na Vale). Esse percentual estava avaliado em R$ 24,2 bilhões. Após a reestruturação, que previa a operação de troca de ações preferenciais por ordinárias e a incorporação da Valepar, ocorreu incremento dessa participação em 1,70%, sem desembolso de caixa. Com isso, a participação indireta do Plano 1 na Vale passou a ser de 17,20%. Outro ponto a destacar da operação é que aproximadamente 50% dessa participação foi desvinculada do acordo de acionistas, o que oferece novas fontes de liquidez e atende às exigências do objetivo estratégico do Plano 1 (leia mais sobre a Vale e outras operações na carteira de renda variável em Desempenho dos investimentos do Plano 1).

Em renda fixa, manteve-se a tendência de aumento do percentual investido e de busca por papéis de baixo risco, em especial títulos públicos indexados pela inflação e com prazos que coincidam com o fluxo de caixa necessário aos pagamentos devidos. Quanto às alocações em private equity, a Política determinou a não realização de novos investimentos, com a manutenção de patamares de risco adequados.

Empresas e empreendimentos participados

A carteira de participações da PREVI comprovou sua resiliência em 2017, ano em que os ativos baseados na economia real e as empresas dotadas de boas estruturas de governança sentiram os primeiros efeitos positivos da recuperação do crescimento. Orientada pelo objetivo estratégico do Plano 1 (“Balanceamento da gestão de investimentos com necessidades do passivo”), a Diretoria de Participações focou em viabilizar a desconcentração dos investimentos em renda variável, conforme previsto na Política de Investimentos do Plano 1, e na preparação de ativos para alienação futura e consequente obtenção de liquidez. Tendo em vista um cenário em que as participações em blocos de controle serão reduzidas, a PREVI também se preparou para se posicionar prioritariamente como acionista minoritária, mantendo o mesmo cuidado no controle e no monitoramento das práticas de governança das companhias investidas.

Prosseguiram os refinamentos no processo de seleção dos conselheiros da Entidade nas empresas. Além das verificações de dados curriculares e do atendimento aos critérios eliminatórios, a adequação do perfil do candidato a conselheiro à empresa em questão foi analisada de modo ainda mais apurado. A atuação de cada conselheiro aprovado foi avaliada por meio de nova metodologia, mais minuciosa. Em seu Código de Melhores Práticas de Governança Corporativa, a PREVI recomenda que os conselhos das empresas tenham uma composição que privilegie a diversidade de conhecimentos, experiências e visões, além de incentivar a participação feminina cada vez maior nos órgãos de governança de suas empresas participadas.

Em junho foi realizado no Rio de Janeiro o Workshop PREVI de Conselheiros 2017. O evento, que em 2017 teve como tema “Desafios dos conselhos das companhias em tempos de mudanças”, reuniu os conselheiros de administração e fiscais, eleitos com apoio institucional da PREVI, que assistiram a palestras e debates sobre assuntos práticos do cotidiano das empresas de capital aberto. No encontro, foram enfatizadas as boas práticas de governança corporativa, com a finalidade de maximizar o valor econômico de longo prazo das companhias.

A PREVI não possui política de voto. Questões ambientais ou sociais são aprovadas pelo diretor de Participações, assim como demais questões que estejam sob sua alçada. A PREVI participa de todas as assembleias das empresas participadas, ou seja, aquelas na qual a Entidade possui assento no Conselho de Administração ou Fiscal ou aquelas nas quais possua recursos aplicados que ultrapassem 0,25% do seu patrimônio. No caso de empresas investidas que não estejam classificadas como “empresas participadas”, é feita análise da pauta da assembleia e há avaliação acerca da pertinência da participação da PREVI.

Os registros de votação da PREVI em cada assembleia das empresas participadas podem ser consultados trimestralmente no site da PREVI, na seção Resultados de Assembleias, no link http://www.previ.com.br/investimentos/governanca/resultados-de-assembleias/. [GRI FS 12]

Macroalocações em 2017 – Plano 1

Segmento% do total de investimentos do plano
MínimoMáximo
Renda fixa39,8547,85
Renda variável41,7549,75
Investimentos estruturados (private equity)01
Imóveis57,5
Operações com participantes1,55,5
Investimentos no exterior00,5

Evolução histórica da alocação de ativos – Plano 1 (%)

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Desempenho dos investimentos do Plano 1

Renda fixa

Foi privilegiada a compra de títulos públicos marcados até o vencimento, estratégia tomada diante da queda da taxa de juros. O cenário favoreceu os títulos com prazos mais longos. Houve também investimentos expressivos em títulos de empresas privadas. Apesar de a rentabilidade do segmento ter caído em relação a 2016, o resultado ficou acima da meta atuarial do ano.

Renda fixa

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Renda variável

A rentabilidade de 2017 superou com folga a meta atuarial, embora abaixo do índice IBRX. A estratégia passou pelo gradual desinvestimento na carteira de renda variável, que representava em 2017 cerca de 50% dos investimentos do plano. O valor total das alienações no ano chegou a R$ 11,49 bilhões. Entretanto, pela primeira vez em alguns anos, houve novos investimentos no segmento, de acordo com o conceito de desinvestimento líquido – a substituição das participações atuais, muitas das quais submetidas a acordos de acionistas, por outras menores, mais diluídas e que gerem mais liquidez e dividendos. A estratégia ajuda na diversificação da carteira e reduz a exposição a riscos decorrentes da concentração em um número menor de ativos. Assim como nos anos anteriores, o desfazimento de ações considerou a posição individual de cada ativo, o risco envolvido e o potencial de ganhos futuros, de modo a preservar valor e aproveitar os momentos mais propícios para a venda.

Renda variável

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Novo acordo de acionistas na Vale

A participação do Plano 1 na Vale representa 18,45% dos investimentos do plano e 37,93% de sua carteira de renda variável. Na década passada, foi responsável em grande parte pela geração de superávits que ajudaram a constituir reservas especiais que propiciaram aos participantes do Plano 1 a suspensão da cobrança das contribuições de 2007 a 2013 e ainda a distribuição do Benefício Especial Temporário (BET). Em 2017, um novo acordo de acionistas foi celebrado, que permitiu sua migração para o Novo Mercado da B3 (antiga BM&FBovespa), com padrões mais elevados de governança e transparência. O objetivo é futuramente tornar a Vale uma empresa de controle pulverizado.

Essa mudança traz mais liquidez e valor para a carteira de renda variável do Plano 1, o que está em consonância com os objetivos estratégicos e a Política de Investimentos do plano. Isso não quer dizer que a PREVI irá se desfazer imediatamente de seus ativos na companhia; de acordo com a visão de longo prazo inerente à previdência complementar, as perspectivas de ganhos futuros e as mudanças no cenário macroeconômico serão ponderadas antes de qualquer decisão nesse sentido. A venda dessas ações no mercado, quando ocorrer, será feita de maneira gradual e organizada, sempre aproveitando as melhores oportunidades para geração de valor. Além da perspectiva de ganhos de liquidez, o novo acordo promove melhores práticas de governança corporativa, uma vez que possibilita o alinhamento de interesses entre os acionistas e fortalece o Conselho de Administração.

Em agosto de 2017, foram concluídas com sucesso a reestruturação societária, com incorporação da Valepar por Vale com prêmio de 10% para os acionistas da Valepar, e a etapa de conversão de ações preferenciais em ordinárias com a adesão de 84,4% dos preferencialistas. A conversão das ações preferenciais remanescentes em ordinárias foi aprovada em assembleia em outubro de 2017, quando também ocorreu a eleição de dois membros independentes no Conselho de Administração. No período de três anos de duração do novo acordo de acionistas, os sócios manterão influência relevante sobre a Vale, com o objetivo de conferir estabilidade para a companhia no período de transição, o que contribui para o crescimento da mineradora.

Liquidação da venda da CPFL Energia

Divulgada ao mercado em setembro de 2016, a liquidação financeira da operação da venda de ações de emissão da CPFL Energia, vinculadas ao acordo de acionistas do qual a PREVI fazia parte, foi realizada em janeiro de 2017. A alienação da participação na empresa garantiu uma entrada de R$ 5,13 bilhões em janeiro no caixa da Entidade, contribuindo para o atingimento do objetivo estratégico “Balanceamento da gestão de investimentos com necessidades do passivo do Plano 1” e para a redução do déficit conjuntural registrado em 2015. A oportunidade de venda surgiu com a negociação entre o grupo Camargo Corrêa e a State Grid Brazil Power Participações Ltda., que assumiu o controle da CPFL Energia; a PREVI exerceu seu direito de tag along (venda conjunta), por considerar favoráveis as condições para a alienação.

Em continuidade à operação, a State Grid realizou uma Oferta Pública de Aquisição (OPA) das ações ordinárias de emissão da CPFL Energia para os minoritários da empresa. A oferta foi concluída em novembro de 2017, e a PREVI vendeu suas ações remanescentes, não pertencentes ao bloco de controle. Essas ações representavam 9,64% do capital social da companhia, o que representou o recebimento de mais R$ 2,72 bilhões pela PREVI.

Incorporação na Neoenergia

A PREVI, em conjunto com os demais acionistas controladores, liderou o processo de incorporação da Elektro Holding S.A. pela Neoenergia, que atua em distribuição, geração, transmissão e comercialização de energia elétrica. Com a incorporação, a Iberdrola passou a deter 52,45%, a PREVI 38,21% e o BB Banco de Investimento 9,35% da companhia. Apesar de ter seu percentual reduzido, a PREVI passou a deter participação em uma empresa maior, com melhores indicadores financeiros e com melhor potencial de valorização. A operação incluiu um novo compromisso de realização de uma Oferta Pública Inicial de Ações (IPO) assim que as condições de mercado se apresentarem mais favoráveis. Essa é mais uma oportunidade de gerar liquidez para o Plano 1, por meio de negociações em bolsa.

Reestruturação na Paranapanema

Em 2017 foi finalizado um plano de reestruturação da empresa. O plano contemplou capitalização por parte de alguns dos principais acionistas e de um dos maiores conglomerados do setor de mineração, o grupo Glencore, no valor de aproximadamente R$ 360 milhões; a conversão de dívida em ações por parte de credores no mesmo montante; o reperfilamento da dívida com maiores prazos e redução de taxas. Essa operação permitiu fortalecer a estrutura de capital e retomar a atividade operacional da companhia em melhores níveis. Com esse movimento, a PREVI busca promover a estabilidade operacional e a posterior busca de condições de gerar liquidez à sua participação na empresa.

Investimento na Petrobras Distribuidora

A PREVI investiu R$ 470 milhões em recursos do Plano 1 na oferta pública inicial (IPO) de ações da Petrobras Distribuidora S.A., o suficiente para garantir uma participação de 2,69% na subsidiária da Petrobras. A operação segue a lógica do desinvestimento líquido em renda variável, traçada para o Plano 1: alienação de ativos em blocos de controle substituídos por investimentos menores e mais diversificados, com grande potencial de liquidez.

Liquidação da participação na Celesc

Pelo valor de R$ 230 milhões, a PREVI vendeu toda a sua participação na Celesc para a EDP Energias do Brasil. O ativo não possui liquidez e sua alienação faz parte da estratégia de desenquadramento de renda variável prevista na Política de Investimentos do Plano 1. A concretização da operação ainda está sujeita ao atendimento de algumas condições precedentes.

Kepler Weber: venda cancelada

Anunciada em fevereiro de 2017, a venda da participação na empresa de agronegócio Kepler Weber foi cancelada em novembro. A concretização do negócio dependia do atendimento de diversas condições precedentes exigidas pela compradora, a AGCO do Brasil, e parte delas não foi cumprida no prazo estabelecido. A PREVI vem acompanhando a reestruturação financeira e operacional da Kepler Weber e mantém-se atenta a novas possibilidades de negociação.

Venda de Sauípe S.A.

Em novembro de 2017, foi divulgada a venda da Sauípe S.A., controladora do complexo hoteleiro Costa do Sauípe, na Bahia, da qual a PREVI detinha 100% do capital, à Companhia Termas do Rio Quente. O preço de aquisição foi de R$ 140,5 milhões, sujeito a ajustes usuais nesse tipo de operação, dentre eles endividamento líquido e variação do capital circulante líquido da Companhia. A alienação foi concretizada em janeiro de 2018 e encerra um longo período no qual a Entidade buscou diversas maneiras de reduzir perdas e revitalizar o negócio, incluindo novos investimentos e contratação de consultorias de gestão.

Petrobras e Sete Brasil

A PREVI, durante 2017, adotou as medidas jurídicas cabíveis em face da Petrobras, visando à defesa de seus direitos no âmbito dos investimentos na Sete Brasil e na própria Petrobras.

Imóveis

A rentabilidade do Plano 1 ficou acima da meta fixada para o ano. O segmento de shopping centers, tradicionalmente um dos mais rentáveis, prosseguiu com bons resultados. Três ativos da carteira imobiliária do Plano 1 foram vendidos em 2017: o Hospital São Luiz, o Condomínio São Luiz e o Condomínio Centenário Plaza, todos em São Paulo (SP). As alienações foram em razão de oferta financeira frente aos valores de avalições, necessidade de investimentos em modernizações e estratégia de giro da carteira. As vendas representaram importante desinvestimento em imóveis em 2017, que atingiu o valor de R$ 767 milhões.

Investimentos imobiliários

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Ocupação da Torre Matarazzo

Um dos maiores destaques entre os investimentos imobiliários da PREVI, a Torre Matarazzo foi ocupada em 2017 por escritórios do Banco do Brasil em São Paulo (SP). Situada na Avenida Paulista, é um dos mais modernos prédios comerciais da capital do estado. É classificada pelo Núcleo de Real Estate da Escola Politécnica da Universidade de São Paulo como “AAA”, por seus avançados sistemas de automação e supervisão predial, ar-condicionado, elevadores, instalações elétricas e hidráulicas, geração de energia, telecomunicações e conforto térmico e acústico.

Investimentos estruturados

O segmento apresentou rentabilidade positiva de 27,95% em 2017. Mesmo sem investimentos em novos fundos, o valor total da carteira vem aumentando desde 2015, por conta da valorização dos ativos, chegando ao montante de mais de R$ 1 bilhão no final de 2017.

O grande destaque do segmento em 2017 foi o IRB Brasil RE, companhia investida do fundo de investimento em participações (FIP) Caixa Barcelona, que retornou para o fundo cerca de R$ 208,3 milhões, referentes à Oferta Inicial de Ações (IPO) pela venda das ações da oferta-base e do lote suplementar, iniciado em julho de 2017. Desse montante, coube ao Plano 1 cerca de R$ 41,6 milhões. O FIP Caixa Barcelona teve um retorno de mais de 400% desde a sua criação, em 2013, considerando valorização do ativo, dividendos e venda de papéis em bolsa. Adicionalmente, em 2017, o investimento também retornou ao Plano 1 o valor de R$ 13,2 milhões a título de juros e dividendos.

Outro fundo que merece destaque é o FIP Kinea Private Equity II, com o desinvestimento total na empresa Alliar. O investimento na companhia se iniciou em janeiro de 2013, com um aporte do fundo de R$ 57,2 milhões nos laboratórios Delfin Imagem. Posteriormente, em março de 2016, foi realizada fusão com a Alliar. O investimento resultou em uma taxa interna de retorno (TIR) de 23,1% a.a. e um retorno de 2,23%. O Plano 1 aportou aproximadamente R$ 4,2 milhões e contou com o retorno de R$ 9,5 milhões.

Investimentos estruturados

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Investimentos no exterior

Após uma ligeira queda no total investido em 2016, os ativos do Plano 1 em investimentos no exterior retornaram a um patamar similar ao de 2015. A rentabilidade superou a meta definida para o segmento (índice MSCI + variação do dólar), com uma recuperação expressiva após o desempenho negativo registrado em 2016.

Investimentos no exterior

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Política de Investimentos do PREVI Futuro

Objetivo estratégico: maximização do benefício do participante do PREVI Futuro dado seu perfil de risco

A grande inovação de 2017 na gestão dos investimentos do PREVI Futuro foi a mudança no programa Perfis de Investimento, em consonância com a visão de dar mais ferramentas aos participantes para as decisões e o desempenho dos seus recursos – de acordo com o objetivo estratégico traçado para o plano. Foram alteradas as macroalocações em cada Perfil, incluindo a determinação de fixar em 0% o percentual de renda variável do Perfil Conservador. Com isso, foi necessário fazer um desinvestimento na carteira de renda variável para adequação às novas macroalocações, observando-se as condições mais propícias para venda e reinvestindo-se os valores obtidos em outros segmentos. O Perfil padrão (aquele em que são incluídos automaticamente todos os participantes que acabam de entrar no plano) passou a ser o Moderado. Durante o período de adaptações às mudanças, foi permitido aos participantes que já haviam alterado seu Perfil nos últimos 12 meses uma nova troca, se quisessem (leia mais sobre essas mudanças no capítulo Planos de benefícios).

De modo a permitir um potencial maior de retorno, a macroalocação do plano em renda variável foi mantida em até 60%. A liquidez necessária (para fazer frente a eventuais migrações de Perfil e aos pagamentos à pequena, mas crescente, parcela de participantes que já recebem benefícios) está garantida pelo fato de ser vedado ao PREVI Futuro entrar em blocos de controle acionário. Na renda fixa, foram privilegiados os títulos públicos marcados até o vencimento. Não houve novos investimentos em fundos de private equity e em imóveis; a determinação foi de privilegiar participações em empreendimentos já operantes, de rentabilidade comprovada.

Macroalocações em 2017 – PREVI Futuro

Segmento% do total de investimentos do plano
MínimoMáximo
Renda fixa2195
Renda variável060
Investimentos estruturados (private equity)05
Imóveis08
Operações com participantes515
Investimentos no exterior01

Perfis de Investimento: limites de alocação

Perfis em 2017% em renda variávelNome anterior% em renda variável anterior
Conservador0Conservador0 a 10
Moderado0 a 20Moderado20 a 30
Arrojado20 a 40PREVI30 a 50
Agressivo40 a 60Agressivo40 a 60

Total de participantes por Perfil de Investimento

Perfil201520162017
Agressivo1.0051.3502.211
Arrojado70.64266.85967.389
Moderado7069313.539
Conservador13.26716.95211.970
Total85.61886.09285.109

Rentabilidade Acumulada dos Perfis de Investimento (%)

Perfil20162017
Conservador18,5210,17
Moderado20,9213,11
Arrojado22,8615,87
Agressivo24,9617,89

Evolução histórica da alocação de ativos (%) – PREVI Futuro

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Desempenho dos investimentos do PREVI Futuro

Renda fixa

Assim como aconteceu com o Plano 1, houve a definição de investir em títulos públicos marcados até o vencimento e um maior interesse nos títulos privados, com taxas mais atraentes. A rentabilidade ficou acima tanto da meta atuarial quanto da meta estabelecida para o segmento no ano (INPC + 5%).

Renda fixa

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Renda variável

Para adequar os ativos do PREVI Futuro aos limites de alocação previstos pelos novos Perfis de Investimento, foi necessário realizar vendas de parte da carteira de renda variável do plano. O processo foi feito de forma gradual, sem destruir valor. Os recursos obtidos foram reinvestidos em outros segmentos. A rentabilidade ao fim do ano quase se equiparou ao IBRX e ficou bem acima da meta atuarial.

Renda variável

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Investimento na Petrobras Distribuidora

A PREVI investiu R$ 30 milhões em recursos do PREVI Futuro na oferta pública inicial (IPO) de ações de emissão da Petrobras Distribuidora S.A., equivalentes a 0,17% do capital total da subsidiária da Petrobras. Assim como aconteceu com o Plano 1, a compra das ações segue o plano de fazer investimentos menores e mais diversificados em renda variável, com maior potencial de liquidez.

Imóveis

O desempenho do segmento ficou abaixo da meta prevista para o ano, ainda como reflexo do momento de baixa do mercado e por ter empreendimentos ainda em construção. O destaque da carteira foi a compra, em janeiro de 2017, de uma participação pelo PREVI Futuro no Shopping Barra, um dos principais shopping centers de Salvador (BA). A Entidade adquiriu 25% da parte original e 19,25% da expansão do empreendimento, pelo valor de R$ 115 milhões. Somando-se a nova aquisição à participação do Plano 1 no Shopping Barra, a PREVI passou a deter 50% da parte original e 39,83% da expansão.

Investimentos imobiliários

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Investimentos estruturados

A rentabilidade de 53,56% dos investimentos do PREVI Futuro em investimentos estruturados em 2017 foi a maior entre todos os segmentos. O resultado foi alavancado pelo desempenho do fundo de investimento em participações (FIP) Caixa Barcelona, do qual a PREVI detém uma participação de 25%. Com a oferta inicial de ações do IRB Brasil Resseguros, ativo da carteira do FIP Caixa Barcelona, obteve-se uma rentabilidade acumulada de mais de 400%, considerando a valorização do ativo, dividendos e venda de papéis em bolsa, o que representou o recebimento de R$ 13,7 milhões para o PREVI Futuro em 2017.

Outro fundo que merece destaque é o FIP Kinea Private Equity II, com o desinvestimento total na empresa Alliar. O investimento na companhia se iniciou em janeiro de 2013, com um aporte do fundo de R$ 57,2 milhões nos laboratórios Delfin Imagem. Posteriormente, em março de 2016, foi realizada fusão com a Alliar. A venda da participação na companhia resultou em recebimento pelo fundo de R$ 127,8 milhões, o que significou retorno de R$ 3,17 milhões para o PREVI Futuro, representando uma taxa interna de retorno (TIR) de 23,1% e um retorno sobre o investimento de 2,23%.

Investimentos estruturados

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Investimentos no exterior

A performance foi semelhante à do Plano 1, com a recuperação do valor dos ativos para níveis similares aos de 2015. A rentabilidade esteve em alta e bateu a meta estabelecida (índice MSCI + variação do dólar).

Investimentos no exterior

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Relação de empresas participadas

Veja abaixo a relação de empresas, o percentual de participação da PREVI em cada uma e os índices nos quais se incluem.

Os índices são ferramentas que indicam e mensuram o desempenho de ativos que, segundo alguns critérios, apresentam diferenciação em termos de sustentabilidade e governança corporativa. Esses aspectos tendem a refletir empresas que apresentam uma gestão mais focada na perenidade da companhia. Estão relacionados os seguintes índices: Índice de Sustentabilidade Empresarial (ISE); Índice de Ações com Governança Corporativa Diferenciada (IGC-X); Índice BM&FBovespa de Governança Corporativa Trade (IGC-T); Índice de Ações com Governança Corporativa Diferenciada – Novo Mercado (IGC-NM); Índice Carbono Eficiente (ICO2); e Índice de Ações com Tag Along Diferenciado (ITAG).

EmpresaSegmentoParticipação da PREVI (%)Integra o ISE/IGC?
521 ParticipaçõesEnergia elétrica100,00-
Afluente TransmissãoEnergia elétrica2,29-
AmbevAlimentos e bebidas1,73ICO2
Banco BradescoBancos1,25IGC-X, ISE, IGC-T, ICO2 e ITAG
Banco do BrasilBancos8,53IGC-X, ISE, IGC-T, IGC-NM, ICO2 e ITAG
BRFAlimentos e bebidas10,66IGC-X, IGC-T, IGC-NM, ICO2 e ITAG
CoelbaEnergia elétrica2,29-
CosernEnergia elétrica1,54-
EmbraerIndústria aeronáutica4,79IGC-X, IGC-T, IGC-NM e ITAG
FrasleBens industriais12,41IGC-X
GerdauSiderurgia0,14IGCT, IGCX e ITAG
InveparInfraestrutura25,56-
Invitel LegacyTelecom e TI19,99-
Itaú UnibancoBancos1,48IGC-X, ISE, IGC-T, ICO2 e ITAG
ItaúsaBancos2,05IGC-X, ISE, IGC-T, ICO2 e ITAG
Jereissati ParticipaçõesTelecom e shoppings centers19,02-
Kepler WeberBens industriais17,48ITAG
Metalúrgica GerdauHolding0,14IGC-X e ITAG
NeoenergiaEnergia elétrica38,21-
Newtel ParticipaçõesTelecom e TI22,54-
ParanapanemaMineração21,77IGC-X, IGC-T, IGC-NM e ITAG
PetrobrasPetróleo, gás e petroquímica2,73ICO2
RandonBens industriais3,11IGC-X, IGC-T e ITAG
RumoInfraestrutura0,55IGC-X, IGC-T e ITAG
SauípeHotelaria100,00-
Sul 116 ParticipaçõesTelecom e TI11,17-
TupyBens industriais26,03IGC-X, IGC-T, IGC-NM e ITAG
Ultrapar ParticipaçõesPetroquímica4,23IGC-X, IGC-T, IGC-NM, ICO2 e ITAG
ValeMineração17,32*IGC-X, IGC-T, IGC-NM e ITAG
WEGBens industriais0,08IGC-X, ISE, IGC-T, IGC-NM e ITAG

Obs.: posição em 29 de dezembro de 2017.
*Reflete a participação direta (PREVI Futuro: 0,13%) e indireta (Plano 1: 17,19%).