Empresas e empreendimentos participados
Políticas e práticas corporativas em sustentabilidade
Compromissos em relação a aspectos de sustentabilidade
Grande parte das empresas participadas consideradas no escopo deste relatório já tem posicionamentos e políticas formais que orientam as práticas de gestão em relação a diferentes aspectos de sustentabilidade.
Mais de 60% das empresas declaram ter políticas formalizadas e implementadas na organização que abordem aspectos ambientais, de combate à corrupção, apoio à erradicação do trabalho infantil, forçado ou compulsório e relacionamento com as comunidades do entorno das áreas de operação da empresa.
Relacionamento com partes interessadas
Mais de 90% das empresas participadas da PREVI que disponibilizaram informações para este relatório afirmam considerar interesses legítimos de seus stakeholders na definição de suas estratégias e ações. Os principais públicos consultados periodicamente são os colaboradores, clientes, fornecedores, acionistas, poder público, entidades do terceiro setor e comunidade.
Em menor número, mas considerados como públicos estratégicos por algumas empresas, estão imprensa, comunidade científica e acadêmica, comunidades tradicionais (no caso específico de empresas que atuam diretamente em áreas adjacentes a tribos indígenas, quilombolas e outras) e concorrentes.
A identificação desses públicos ocorre de diversas formas nas empresas. De modo geral, são determinados pela alta direção, identificados conforme a relação que cada público assume com a organização, e/ou de acordo com o contexto do planejamento estratégico dela em determinado momento.
Com o intuito de estreitar o relacionamento com esses públicos, as participadas desenvolvem encontros, reuniões e fóruns específicos para cada público.
Estes encontros, organizados pela própria empresa ou facilitado por outras instituições, buscam entender de que forma os anseios e demandas de cada um desses públicos devem ser considerados nas decisões da companhia.
Ética e conduta empresarial
O Código de Ética ou conduta empresarial norteia a organização e seus colaboradores na relação com os diferentes públicos. Suas diretrizes são uma forma de expressão dos valores e afirmação da identidade da organização.
Empresas Participadas
Mais de 80% das empresas consultadas declara já ter seu Código de Ética ou Conduta Empresarial publicado e amplamente divulgado. Deste total, 63% mobilizaram e engajaram pessoas de diversas áreas da empresa e envolveram entidades de classe ou consultorias externas na elaboração e implementação do Código.
Outra prática que vem sendo implementada pelas empresas junto aos diferentes públicos é a legitimação de seus Códigos, que passam por avaliações do público interno antes de sua divulgação.
Empreendimentos Imobiliários
A adesão dos empreendimentos imobiliários a essa prática é relativamente menor do que a das empresas participadas. Atualmente, 10 empreendimentos possuem instrumentos desse tipo publicados, amplamente divulgados e legitimados junto a empregados, coproprietários, inquilinos, fornecedores e demais públicos de interesse.
Nos empreendimentos imobiliários, as práticas com o objetivo de assegurar o respeito aos direitos humanos e coibir práticas discriminatórias e de assédio entre colaboradores e na relação com seus frequentadores ainda são pouco usuais. Menos da metade dos estabelecimentos (35%) possui alguma política ou programa a respeito.
Entre os programas existentes, destacam-se o encaminhamento e divulgação do assunto por meio dos códigos de ética e conduta e as iniciativas de gestão de pessoas.
Nesses empreendimentos, o assunto é abordado com mais frequência em treinamentos específicos voltados para o pessoal responsável pela segurança patrimonial. Cerca de 65% dos empreendimentos incluem nos programas de treinamento dessas equipes conhecimentos jurídicos relacionados à ética, conduta e respeito no atendimento aos frequentadores.
Publicação de iniciativas e desempenho socioambiental
A publicação de relatórios de sustentabilidade ou balanços sociais é realizada atualmente por 26 empresas, ou 87% do total. As diretrizes do Global Reporting Initiative (GRI) já orientam as publicações da maior parte (62%) dessas empresas, enquanto os indicadores formulados pelo Instituto Ethos de Empresas e Responsabilidade Social servem de referência para o relatório de 38% das empresas consultadas.
O balanço social, demonstrativo criado pelo Ibase - Instituto Brasileiro de Análises Sociais e Econômicas que reúne informações sobre projetos, benefícios e ações sociais corporativas, é realizado atualmente por 69% delas.
Em alguns casos, há a utilização de modelos e indicadores desenvolvidos internamente, ou ainda por órgãos de representação setorial, o que pode proporcionar maior precisão em assuntos ou temas específicos a uma indústria em particular.
Mais da metade dos reportes de sustentabilidade publicados pelas participadas atualmente contou com algum processo de engajamento de outros públicos para a definição de seu conteúdo (62% do total). Na maioria das vezes, esses processos estão relacionados ao teste de materialidade recomendado pela Global Reporting Initiative, que tem por objetivo garantir que o relatório de sustentabilidade cubra os temas e indicadores que reflitam os impactos significativos da organização ou que possam influenciar de forma substancial as avaliações e decisões dos diferentes públicos.
Entre essas empresas, o processo mais comum de engajamento de públicos para a definição dos temas para reporte foram programas estruturados de diálogo presencial, entrevistas (presenciais ou não), aplicação de questionários e reuniões com grupos focais. De forma geral, consideram-se tanto as avaliações do próprio público interno quanto de fornecedores, clientes, consumidores, acionistas, comunidade, academia, organizações do terceiro setor e poder público.