|nº 143| Ago 09

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Na trilha da Renda Variável

O lançamento dos Perfis de investimento colocou o termo Renda Variável no dia a dia dos participantes do PREVI Futuro. Nesta edição, a ideia é entender um pouco mais sobre algumas das características desse tipo de investimento, como a importância do longo prazo, a relação entre risco e retorno e as oscilações nos valores dos ativos desse segmento.

Mercados de ações

Os negócios no segmento de ações podem sinteticamente ser divididos em dois mercados: o primário, em que ocorrem ofertas públicas de ações, pelas quais as empresas se capitalizam, e o secundário, que apresenta transações entre compradores e vendedores de papéis, sem alterações financeiras de curto prazo nas empresas.

No primário, os investidores subscrevem ações, e o produto dessa subscrição é revertido para as companhias. Essa é uma forma pela qual as empresas buscam recursos para executar projetos de investimento. Mas não é só: hoje as empresas não podem depender apenas de recursos próprios para financiar sua expansão e há uma série de instrumentos financeiros pelos quais elas podem captar. Uma parte delas “abre o capital” e busca recursos por meio do lançamento de novas ações no mercado, que podem ser subscritas por novos acionistas.

Os gestores investem em ações com estratégias de curto e de longo prazos, aproveitando bons momentos de compra e venda ou carregando os papéis por bom período de tempo, na expectativa de que eles se valorizem com o crescimento das empresas.

Os fundos de pensão conciliam essas estratégias de maneira a fazer render o patrimônio dos planos que administram e conforme as características de cada plano. Mas, pela natureza dessas instituições, seus compromissos são de longo prazo. Como investidores institucionais, os fundos de pensão estão sempre no mercado de ações. Pela lei, os limites de suas aplicações nos segmentos, inclusive Renda Variável, são compulsórios, e obedecem a normas de composição e diversifi cação de suas carteiras.

Longo prazo

Em tese, uma boa empresa tende a crescer e proporcionar a valorização de suas ações com base nos fundamentos econômicos que constrói em sua existência. A forma mais segura de obter bons retornos é ter papéis de empresas bem geridas, sem que no horizonte esteja a necessidade premente de negociar no curto prazo. Daí a importância de um bom gestor, que irá selecionar ações como forma de tentar garantir resultados.

Os gráficos a seguir, demonstram melhor a importância de se avaliar o desempenho de ativos da Renda Variável no longo prazo:

Essa “fotografia” mostra, em uma “janela” bem ampla, de 15 anos, a trajetória de valorização de ações da vale (vale5), conforme valores de fechamento do último dia útil de cada ano.observe os ganhos do investidor no prazo mais longo, apesar das perdas em 2008 (no destaque, reproduzido abaixo).

No trecho em destaque, com escala mensal, temos o extremo da valorização, em meados de 2008, e a forte queda do preço da ação no período mais agudo da crise econômica mundial. são fotografias do desempenho da ação de uma empresa que demonstram o ambiente de volatilidade da bolsa, com seus altos e baixos, e o equívoco de se tentar tirar conclusões sobre o desempenho do papel com base na leitura de um período mais curto.

O objetivo é demonstrar ao participante do PREVI Futuro, o qual ainda tem um longo período de acumulação pela frente, que podem ocorrer distorções maiores nas análises de curto prazo.

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