V - PLANEJAMENTO E GESTÃO DE RISCOS

 

Após o ano de 2008, quando a crise financeira internacional trouxe à tona a importância dos processos de gestão de riscos e da transparência necessária ao mercado financeiro e de crédito, o ano de 2009 pode ser considerado como o ano da recuperação. O Brasil, um dos países menos afetados com a crise financeira mundial, conseguiu minimizar os impactos com medidas de estímulo fiscal e monetário, proporcionando liquidez ao mercado financeiro e permitindo que as empresas retomassem seu processo de crescimento e de valorização.


No tocante ao ambiente regulatório dos fundos de pensão, a Resolução CMN nº 3.792/09 trouxe avanços no aspecto da gestão de riscos. Embora tenham sido mantidos os limites de exposição quantitativos, foi prevista a possibilidade de monitoramento interno das entidades, a partir da construção de modelos próprios. Com a criação da Previc, autarquia com a finalidade de fiscalizar os fundos de pensão, esse processo de flexibilização dos limites deverá ser intensificado, caminhando para um modelo de supervisão baseada em risco.


A PREVI, antecipando-se a esse movimento, vem aperfeiçoando seu modelo interno de ALM (Gestão de Ativos e Passivos, em português). Nesse sentido, a Política de Investimentos 2010-2016 passou a considerar, além do enquadramento legal, uma perspectiva de retorno (superávit esperado) versus risco (liquidez e concentração de ativos).

 

Adicionalmente, a PREVI vem aprimorando o controle do risco de crédito, tendo em vista o aumento das oportunidades de investimento em títulos privados. Este controle já é parte integrante das Políticas de Investimentos dos planos geridos pela PREVI, que utiliza uma metodologia própria de classificação de risco e atribuição de limites, certificada e revisada em 2009 de modo a adequar as análises e os resultados às novas realidades do mercado.


O constante aperfeiçoamento das ferramentas de planejamento e gestão de riscos, aliado à permanente capacitação do quadro técnico, tornaram a PREVI uma referência para os demais fundos de pensão e para os órgãos reguladores. Esse ferramental tecnológico e humano foi importante durante a crise financeira internacional, pois permitiu minimizar seus efeitos, contribuindo para que os planos administrados pela PREVI mantivessem seu equilíbrio mesmo no auge da crise.


Todas essas iniciativas têm por objetivo final conceder maior segurança à gestão dos recursos dos planos administrados pela PREVI, de forma a proporcionar os melhores benefícios aos seus participantes.