PREVI - Relatório Anual 2007



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Gestão de Riscos

A Política de Investimentos é um instrumento que tem por objetivo buscar o melhor resultado da gestão dos recursos nos aspectos de rentabilidade, risco e liquidez, com vistas ao atendimento das expectativas dos participantes dos Planos. No que se refere à Política de Investimentos para o período 2008-2014, a definição das metas de alocação dos ativos da carteira da PREVI considerou os riscos de cada segmento de investimento, de acordo com a maturidade de cada Plano de Previdência – Plano 1 e PREVI Futuro. Nesse sentido, o ALM – Gestão de Ativos e Passivos – foi a principal ferramenta utilizada para a construção da Política, visando a uma alocação ótima dos ativos.

No caso do Plano PREVI Futuro, a Política de Investimentos 2008-2014 propôs a ampliação do limite de aplicação em ativos de Renda Variável em até 30% dos recursos garantidores do Plano. Tal decisão foi baseada em pesquisa realizada junto aos participantes, bem como em estudos de cenários macroeconômicos que sinalizaram redução da rentabilidade dos ativos de Renda Fixa. A PREVI considera que o retorno é um dos principais fatores para a definição do benefício futuro do participante.

Foi também contemplada na Política de Investimentos 2008-2014 a possibilidade de alocar a concessão de financiamentos imobiliários, até o limite de 10% do total dos investimentos, com o objetivo de atender as expectativas dos participantes. Os riscos de mercado, corporativo, liquidez e crédito são geridos de forma consolidada na PREVI , que alinha as melhores práticas adotadas nos mercados financeiros globais, garantindo adequada segregação de funções e eficiência na administração dos riscos envolvidos nos investimentos. O gerenciamento ocorre através dos Comitês de Risco de Mercado, ALM e Corporativo, que definem as estratégias de gestão nessa matéria e envolvem diversas áreas da PREVI.

Risco Corporativo – O risco corporativo tem como principal finalidade descrever a incerteza a respeito do valor econômico de um ativo em função de variáveis que podem afetar o valor da empresa e que são denominadas “fatores de risco”. A adoção do risco corporativo permite lidar eficientemente com a incerteza, buscando balanceamento ótimo entre crescimento, retorno e riscos associados. É um instrumento de apoio à tomada de decisões da alta administração e demais gestores.

Risco de Crédito – A PREVI utiliza-se de metodologia própria para definição de limites de exposição a riscos de instituições financeiras, a qual considera rígidos critérios técnicos de seleção, alinhados às práticas utilizadas pelas principais agências classificadoras de risco atuantes no mercado, reduzindo a probabilidade de perdas patrimoniais. Esses processos de avaliação e seleção estão certificados pelo Instituto de Pesquisa da Universidade de São Paulo - USP.

Risco de Mercado – A PREVI consolidou seus mecanismos de monitoramento de risco de mercado para uma grande parcela dos seus ativos. Foram institucionalizados diversos relatórios e informações aos gestores sobre o risco de mercado, principalmente de Renda Fixa e Renda Variável (segmentos que representam mais de 80% do volume de ativos), fornecendo, por exemplo:

  • medidas que indicam perda potencial (Value at Risk);
  • impactos resultantes de momentos de crise no mercado (Stress Test); e
  • simulações para medir o impacto de operações de compra ou venda no risco total.

 

ALM – Gestão de Ativos e Passivos – A PREVI conta com metodologia que permite simular situações do balanço futuro com base em cenários possíveis – otimistas, pessimistas e de estresse. Essa metodologia conta com o mapeamento de todos os ativos da Instituição, bem como as obrigações atuariais sob cenários estimados pela área responsável. Com essa ferramenta, é possível estimar posições futuras e buscar proteção contra movimentos adversos do mercado. Constitui-se como principal ferramenta para elaboração da Política de Investimentos – 2008 - 2014.

A PREVI foi convidada a apresentar a ferramenta ALM no Encontro Mundial de Gestores de Risco realizado em setembro na cidade de Cannes, França, onde foram discutidos os últimos avanços nessa área. O evento contou com a participação de grandes empresas internacionais gestoras de fundos, assim como de pesquisadores. Na ocasião, foram apresentadas práticas da PREVI no gerenciamento de ativos e passivos, bem como no monitoramento dos riscos de liquidez.

Risco de Liquidez – A PREVI mensura seu risco de solvabilidade através de indicadores de liquidez, ao mesmo tempo em que monitora desembolsos futuros através do ALM. Os principais indicadores de liquidez são:

  1. Caixa Mínimo e Colchão de Liquidez - representam a necessidade de caixa para os próximos meses, tanto para os Programas Previdencial quanto Administrativo. Com esse valor, a área de investimentos busca ativos de alta liquidez, em geral títulos de Renda Fixa com vencimento e/ou recebimento de cupons para os próximos meses, de forma a garantir fluxo de caixa entrante e fazer frente às obrigações da PREVI , independentemente da condição do mercado financeiro.
  2. Indicador de Liquidez Plena – representa a relação entre o total dos fluxos de pagamento e o total dos fluxos de entrada simulada no futuro levando em consideração os diversos cenários. O objetivo desse indicador é dotar a Política de Investimentos de estratégias negociais, a fim de manter o risco de liquidez nos próximos anos em níveis aceitáveis. Além disso, esse indicador monitora a liquidez do Plano de Previdência e aponta, com antecedência, possíveis necessidades de redirecionamento dos investimentos, em caso de deterioração nos níveis de liquidez.

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