Antes de iniciar a apresentação do Relatório Anual de Atividades de 2008 é obrigatório nos referirmos à crise econômica que explodiu com toda a força em nível global a partir de meados do ano citado. O impacto desta crise no mercado financeiro e na economia real dos mais diversos países foi tão intenso que é difícil encontrar algum lugar ou negócio que tenha passado incólume.

Hoje há razoável consenso entre os analistas acerca das principais razões desta crise, que teve como epicentro o mercado imobiliário dos EUA. No entanto, ainda causa surpresa a intensidade com que os efeitos se irradiaram por todas as regiões do mundo, atingindo praticamente todos os mercados: de crédito, de ações, de commodities, de consumo, de trabalho etc.

No Brasil, a crise demorou um pouco mais para chegar e existem boas razões para acreditar que seus impactos por aqui serão menores que na média do mundo. Relatórios recentes da OCDE (Organização para a Cooperação e Desenvolvimento Econômico), que monitora a economia dos países mais desenvolvidos, apontam o Brasil como a economia mais resistente e aquela que poderá sair desse processo com menores danos. De qualquer maneira, consequências existem e ainda serão sentidas.

Todo este cenário teve impactos nos Planos administrados pela PREVI. Os resultados de 2008 refletem a perda de valor das carteiras de ações tanto do Plano 1 quanto do PREVI Futuro. A apresentação e a análise destes resultados são a razão de ser deste Relatório e talvez neste ano as informações mereçam ainda mais atenção dos nossos associados. Não queremos diminuir os efeitos da crise, mas também não queremos assustar ninguém.

No caso do Plano 1, apesar das relevantes perdas, a situação superavitária e a saúde financeira se mantiveram. É claro que as expectativas sobre um novo superávit foram revertidas e até mesmo a discussão sobre a distribuição do superávit de 2007 foi suspensa. Mas do ponto de vista da segurança e da visão de longo prazo, os fundamentos continuam positivos.

No caso do PREVI Futuro, tivemos uma rentabilidade menor do que gostaríamos, fruto do aumento de aplicação no segmento de Renda Variável a partir do final de 2007 e da queda da rentabilidade da Renda Fixa em função da marcação dos títulos a mercado. No entanto, considerando que o Plano ainda tem um longo prazo de acumulação, estes efeitos serão diluídos e superados em pouco tempo.

E vale destacar que inserimos nesta publicação pequenos relatos de participantes, além de opiniões de alguns especialistas, sobre as muitas formas de lidar com as finanças pessoais. É mais um passo na abordagem de questões sobre Educação Financeira e Previdenciária. Este é um debate presente no cotidiano de todos os participantes.

Convidamos todos os associados a lerem atentamente este Relatório. Em que pesem os resultados não serem largamente positivos como nos acostumamos a ver nos últimos anos, continuamos convencidos de que os bons e os maus momentos exigem a mesma transparência, a mesma participação e o mesmo compromisso de superação de sempre.