Mais de R$ 1 bilhão de patrimônio em 10 anos de Plano

O Plano mais jovem da PREVI completou 10 anos em 2008. Com índice acumulado de adesão de 87,90%, encerrou o ano com mais de 52 mil participantes e patrimônio acima de R$ 1 bilhão.

A continuidade da parceria com as Gerências de Gestão de Pessoas do Banco do Brasil, Gepes, foi essencial para o aumento do índice de adesões no último exercício. A parceria decorre de convênio assinado entre a PREVI e o BB, por meio do qual o PREVI Futuro e a Carteira de Pecúlios – Capec – são apresentados a todos os funcionários que tomam posse no Banco do Brasil. No ato da posse no BB, o índice de adesão no ano foi de 89,34%.

Evolução do número de participantes desde a criação do Plano

Evolução do índice acumulado de adesões em relação ao total de funcionários
pós-1997

O Plano encerrou o ano com um patrimônio de R$ 1,104 bilhão, o que seria suficiente para classificá-lo, pelo critério de patrimônio, entre os 60 maiores fundos de pensão brasileiros.

Evolução do Patrimônio PREVI Futuro (R$ mil)

A rentabilidade do Programa de Investimento do Plano fechou em patamar negativo em 2008, alcançando -2,6%. O resultado foi diretamente influenciado pelo desempenho da carteira de ações, que teve forte variação negativa.

Ao final de 2008, os investimentos do PREVI Futuro estavam distribuídos da seguinte forma: 69,24% em Renda Fixa; 18,84% em Renda Variável; e 11,92% em Empréstimos e Financiamentos aos participantes.

Distribuição de Ativos do PREVI Futuro

Em termos de rentabilidade acumulada desde o seu início, o Plano acumula 453,57%, superando a meta atuarial para o mesmo período, que foi de 380,08%. Até 2007, a rentabilidade acumulada, de 468,35%, superava a Taxa Média Selic (TMS), de 412,78%. Em 2008, o desempenho foi afetado pelas aplicações em Renda Variável, com significativa queda na Bolsa de Valores.

Alocação de recursos

Até 2006 o Plano tinha seus recursos aplicados apenas nos segmentos de Renda Fixa e Empréstimos e Financiamentos aos Participantes. Considerando o aumento de patrimônio do Plano, a necessidade de diversificar a alocação de investimentos e a busca de rentabilidades maiores, decidiu-se alocar parcela dos recursos em Renda Variável. Os primeiros investimentos neste segmento foram realizados em outubro de 2006. Levou-se em consideração também que o Plano é jovem e que seus participantes terão bastante tempo de acumulação, o que permite que se corra um pouco mais de risco em busca de maiores retornos, contando com o longo prazo como elemento mitigador das variações que possam acontecer de ano em ano.

Em 2007, por exemplo, o Plano tinha 9,71% do total de investimentos aplicado em Renda Variável, cujo rendimento foi de 53%, o que permitiu acrescentar 3,65 pontos percentuais à rentabilidade geral do Plano. Em virtude de expectativas positivas, no final de 2007 foi aprovado aumentar a exposição em ações para 30% do total de investimentos.

Entre janeiro e maio de 2008 o Plano elevou os investimentos em Renda Variável, chegando ao ponto máximo de 27,62% de alocação no segmento. A partir de maio, as perdas de valor fizeram este percentual reduzir-se para 18,84% em dezembro.

A política de investimentos para o PREVI Futuro mantém a meta de alocação de 30% em Renda Variável. Esta meta poderá ser reavaliada a partir da opção dos participantes pelos perfis de investimento, a ser implantada em 2009.

1. Rentabilidade dos segmentos/2008

1.1 Renda Variável

A rentabilidade do segmento de Renda Variável fechou 2008 com desempenho negativo, de -41,68%, um desempenho que é melhor se comparado ao da própria Bolsa de Valores, cujo índice IBrX-50 acumulou perdas de -43,14%. Esse desempenho um pouco superior à média do mercado deveu-se em parte à estratégia de compras e vendas desenvolvida sobretudo no período de maior volatilidade da Bolsa.

Esse desempenho um pouco superior à média do mercado deveu-se em parte à estratégia de compras e vendas desenvolvida sobretudo no período de maior volatilidade da Bolsa.

Composição do segmento (dez./08)

O Plano PREVI Futuro começou a aplicar em Renda Variável em outubro de 2006. Na ocasião, optou-se por investir no PIBB, fundo que persegue o desempenho do IBrX-50, mesma meta da Política de Investimentos. A partir de fevereiro de 2008, os investimentos foram diversificados, com a aquisição de outros ativos.

A maioria dos participantes do PREVI Futuro ainda está distante da aposentadoria. O número de aposentados só vai começar a aumentar bastante daqui a 15 anos. Portanto, o Plano encontra-se em plena fase de capitalização. Os resultados ruins da Renda Variável em 2008 devem, assim, ser analisados na perspectiva do longo prazo. Haverá tempo para que os papéis, que estão sendo agora diversificados, recuperem seu valor de mercado. Tal fato, entretanto, não impediu que a PREVI fizesse movimentos estratégicos de compra e venda de ativos, aproveitando momentos favoráveis.

Renda Variável - Principais Participações

Total de dividendos: R$ 2.279.325

Este foi o primeiro ano em que o Plano recebeu dividendos dos investimentos acionários. A entrada desses recursos foi outro fator que contribuiu para amenizar a variação negativa do valor de mercado das aplicações. Caso não houvesse o ingresso dos dividendos, a rentabilidade negativa teria sido de -44,48%, em vez de -41,68%.

Os recursos provenientes dos dividendos são incorporados diretamente ao resultado do Plano e às cotas dos participantes, impactando-os positivamente.

1.2 Renda Fixa

A rentabilidade acumulada do segmento foi de 11,64%. O desempenho da carteira ficou abaixo da meta atuarial, de 12,60%, e foi influenciado pelo cenário econômico, que impactou a precificação dos títulos de Renda Fixa, especialmente aqueles com prazo de vencimento mais longo e taxas prefixadas.

Relembrando o que aconteceu em 2008, até setembro a maior preocupação das autoridades monetárias foi com o aumento da inflação, o que gerou a elevação da Taxa Básica de Juros. Nesse cenário, os títulos com taxas prefixadas sofreram desvalorização. Como todos os títulos do Plano PREVI Futuro estavam registrados na categoria “marcação a mercado”, o valor registrado em nossos livros foi ajustado aos preços praticados para títulos semelhantes no mercado. O valor desses títulos começou a subir a partir do fim do ano, quando ficou claro que o Banco Central iria interromper o aumento da taxa de juros.

Para evitar a transferência da volatilidade do mercado para nossa carteira de títulos de Renda Fixa, foi decidido passar uma parte destes títulos para a categoria “mantidos até o vencimento”, o que começou a ser feito a partir de dezembro de 2008. Dessa forma, os títulos que a PREVI pretende manter até seu prazo final de vencimento serão contabilizados pelo seu valor de aquisição mais a variação de acordo com taxa de correção contratada.

A NTN-B (papel indexado ao IPCA + taxa de juros) é o principal ativo da carteira de títulos públicos do Plano PREVI Futuro, como ilustra o gráfico a seguir. Esses títulos possuem prazos mais longos de vencimento e taxa de juros prefixada.

Perfil carteira Renda Fixa

PPFuturo – Alocação dos Ativos – dez./08

1.3 Empréstimos e Financiamentos

O segmento registrou rentabilidade de 14,14%, acima da meta atuarial de 12,60%. O mínimo exigido por lei é INPC + 5,75%. A diferença entre a rentabilidade e a meta atuarial ocorre porque a PREVI atualiza os saldos devedores com base no INPC de dois meses anteriores.

As concessões de Empréstimos Simples foram iniciadas em 2001. Hoje, a carteira possui 16.168 contratos, equivalentes a R$ 132,250 milhões.

Em 2008, os participantes passaram a ter acesso aos financiamentos imobiliários (Carim). Em dezembro, foi assinada a primeira contratação, no valor de R$ 80 mil.

Volume de recursos contratados em Empréstimos e Financiamentos