
Política de Investimentos prevê redução
da Renda Variável
A Política de Investimentos define a direção
que deve seguir a gestão dos recursos da PREVI. Elaborada
a partir de análises de variáveis que influenciam
o desempenho dos investimentos (câmbio, taxa de juros, dívida
pública), e também da análise do passivo, a
Política de Investimentos reflete as exigências que
a PREVI tem mês-a-mês em termos de recursos para pagamentos
de benefícios.
A Política vigente prevê a redução gradual
do volume de recursos alocados em renda variável. Com base
nessa orientação, a diretoria tem buscado aproveitar
as boas oportunidades para realizar venda de papéis.
Entre os fatores que pesam para a escolha do papel a ser vendido
estão: os níveis de concentração de
aplicações na empresa e no setor da economia; o grau
de governança praticada pela empresa e o pagamento de dividendos.
Ao todo, no primeiro semestre, a PREVI firmou compromissos de venda
no valor aproximado de R$ 450 milhões. Veja ao lado as principais
operações.
OFERTAS SECUNDÁRIAS
Nessas operações, controladores e acionistas minoritários
pactuam a venda de parte de suas ações da empresa. Essas
operações acabam resultando em duplo benefício:
como vende parte das ações, a PREVI reduz a exposição
em renda variável; paralelamente, a Oferta amplia o número
de acionistas da empresa, o que aumenta a liquidez do papel. Como
conseqüência, há a valorização das
ações remanescentes que ficam nas mãos dos acionistas.
WEG
Em
julho, a fabricante de motores elétricos Weg publicou fato
relevante com a intenção de realizar em conjunto com
a PREVI, Bradesco Templeton e BNDES uma Oferta Pública de Distribuição
Secundária de 40,8 milhões de ações preferenciais
de sua emissão, pertencentes à empresa e aos referidos
acionistas. No total, a PREVI pretende vender até 13 milhões
das cerca de 38 milhões de ações preferenciais
que possui da empresa. A oferta pública de distribuição
secundária está sujeita ao registro da CVM (Comissão
de Valores Mobiliários) e do Conselho de Administração
da Companhia.
FECHAMENTOS DE CAPITAL
São situações em que os controladores das empresas,
principalmente estrangeiros, não têm mais interesse no
mercado de capitais brasileiro pois têm acesso a capital a custos
menores em seus países de origem. Geralmente, são ações
que têm pouca liquidez no mercado, devido à pequena base
de acionistas, e cuja política de distribuição
de dividendos não está em conformidade com as necessidades
da PREVI, já que os pagamentos são irregulares e estão
abaixo da média do setor.
ELECTROLUX
A AB Electrolux, na qualidade de acionista controladora
da Electrolux, adquiriu ações da empresa em circulação
no mercado, visando ao fechamento de capital. A PREVI, detentora de
10,7 bilhões de ações preferenciais da companhia
(1,76% do capital total ou 2,64% das ações preferenciais),
vendeu a totalidade dos papéis de que dispunha.
O preço de venda (R$ 1,19 por lote de mil ações)
representou o ingresso de R$ 12,81 milhões no caixa da PREVI.
BUNGE
A PREVI decidiu vender a totalidade das ações
que detém na Bunge Brasil S.A, equivalente a cerca de R$ 380
milhões. São 7,10% do capital total (6,64% de ações
ordinárias e 8,80% de preferenciais). A compra será
realizada pela controladora americana Bunge Limited e será
efetivada por meio de oferta pública de aquisição
de ações para fechamento de capital, cuja realização
depende da aprovação da Comissão de Valores Mobiliários
(CVM). O preço de venda é de R$ 6,22 por lote de mil
ações mais correção por TR + 6% a.a. pro
rata até a data do leilão. A Bunge também comprometeu-se
a pagar R$ 0,25 por ação em dividendos e a distribuir
todo o lucro do segundo trimestre na forma de dividendos ou juros
sobre capital até a data de liquidação da oferta.
OPERAÇÕES A MERCADO
A PREVI realiza operações de venda via mercado de ações
quando são ofertados preços compatíveis com aqueles
apontados pelas áreas técnicas. O foco são as
ações de baixa liquidez, que estão na Carteira
Gestão Especial. As principais vendas realizadas até
julho de 2004 somaram cerca de 110 milhões de reais.
PLANO DE ENQUADRAMENTO ESTÁ SENDO CUMPRIDO
A PREVI apresentou ao Conselho Monetário Nacional plano
para enquadramento das aplicações em renda variável.
Isso porque atualmente 55,54% do patrimônio está
investido em ações, quando a legislação
estabelece o limite máximo de 50%. É em função
também dessa exigência legal que a Política
de Investimentos prevê a venda de ações.
A execução da Política de Investimentos
é objeto de acompanhamento pelo Conselho Deliberativo
e pelo Conselho Fiscal. Recentemente, o Conselho Fiscal encaminhou
à Secretaria de Previdência Complementar parecer
que aprova o andamento da execução do plano de
enquadramento. A medida atende à Resolução
3121, do Conselho Monetário Nacional, que prevê
o envio de relatórios semestrais. |
Continua
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PREVI reafirma motivos que levaram à destituição
do Opportunity
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