II Seminário Internacional destaca papel dos fundos de pensão

Participaram do Seminário os presidentes Guilherme Lacerda (Funcef) e Sérgio Rosa (PREVI), o ministro Guido Mantega (Planejamento), o presidente Enrique Iglesias (BID) e o presidente Wagner Pinheiro de Oliveira (Petros) / Foto: Américo Vermelho

A discussão sobre o papel dos fundos de pensão no País está definitivamente incorporada à agenda nacional. Foi o que se pode constatar com a realização do II Seminário Internacional de Fundos de Pensão, promovido pela PREVI, Petros e Funcef. O evento contou com a participação dos ministros Guido Mantega, Amir Lando e José Dirceu, além de convidados estrangeiros como Henrique Iglesias, presidente do Banco Interamericano de Desenvolvimento (BID) e Sean Harrigan, presidente do Conselho de Administração da Calpers, maior fundo de pensão dos EUA. Houve amplas discussões sobre desenvolvimento econômico, governança corporativa, e a experiência internacional na realização de parcerias entre o Estado e a iniciativa privada para a realização de investimentos.

“Além do papel social, os fundos têm potencial para ajudar a promover o desenvolvimento econômico.”
Ministro Amir Lando

“Perde uma boa oportunidade aquele investidor que não vê o País a médio e longo prazo.”
Ministro José Dirceu

“No final de 2002 a dívida brasileira parecia impagável. Como resultado do forte esforço fiscal e ajuste das finanças, as contas tornaram-se sustentáveis.”
Ministro Guido Mantega
O Seminário demonstrou os primeiros resultados da estratégia de aproximação com fundos de pensão estrangeiros que vem sendo empreendida por PREVI, Petros e Funcef. Além de ter conseguido trazer importantes palestrantes estrangeiros, como o presidente do BID, o presidente do Conselho da Calpers e o economista-chefe da Goldman Sachs, o Seminário teve também um bom número de estrangeiros na platéia. O presidente da PREVI, Sérgio Rosa, disse que o Seminário é oportunidade para aprender e lembrou que o encontro do ano anterior intensificou a agenda de relações entre os fundos de pensão nacionais e estrangeiros e abrangeu não só a troca de experiências na gestão de ativos, mas também em governança corporativa e gestão de passivos. Ressaltou que, para a previdência complementar, o momento é de sinergia. “O governo Lula entendeu a importância dos fundos de pensão para o País e tem nos dado todo apoio”, disse Sérgio Rosa.

DIRIGENTES DA PREVI PARTICIPAM DOS DEBATES
Os dirigentes da PREVI participaram ativamente de algumas das principais discussões do Seminário. O presidente do Conselho Deliberativo da PREVI, Henrique Pizzolato foi o coordenador do painel “O Papel da Governança para Garantir os Interesses dos Participantes de Fundos de Pensão”. Sean Harrigan, do Calpers, destacou a importância da governança para obter o máximo retorno dos investimentos. O Calpers possui ativos da ordem de 160 bilhões de dólares, que garantem benefícios de 1,4 milhão de participantes. Para Ken Ayers, da Associação dos Fundos de Pensão do Reino Unido, o ativismo dos acionistas contribui para a melhora do desempenho das empresas.

O diretor de Investimentos, Luiz Carlos Aguiar, participou, como debatedor, do segundo painel, em que foram discutidos critérios de diversificação de investimentos para mercados emergentes. Aguiar ressaltou a necessidade de desenvolvimento do mercado de capitais para atrair investidores e destacou a importância da diversificação dos investimentos nos fundos de pensão.

Dirigentes da PREVI, acompanhados dos presidentes da Funcef e da Petros, apresentaram à imprensa o Código PREVI de Governança Corporativa durante o II Seminário InternacionalBRASIL RECEBEU PELA PRIMEIRA VEZ CONFERÊNCIA MUNDIAL SOBRE GOVERNANÇA
Os fundos de pensão comemoram também o fato de ter conseguido trazer pela primeira vez para um país em desenvolvimento a 10ª Conferência do ICGN, sigla em inglês para Rede Internacional de Governança Corporativa. O evento aconteceu logo em seguida ao término do Seminário de Fundos de Pensão, e reuniu mais de 600 participantes, entre investidores e gestores de fundos de pensão e de fundos de investimentos de todo o mundo.

O Brasil foi representado por Sérgio Rosa, que foi um dos debatedores sobre “Ativismo dos Acionistas: Obstáculos e Soluções”, junto com palestrantes dos Estados Unidos e do Reino Unido. Em sua intervenção o presidente da PREVI defendeu o compromisso dos fundos de pensão brasileiros com as boas práticas de governança corporativa. “Os fundos de pensão deram uma contribuição decisiva para essa discussão em nosso País. Foram os fundos que levaram as empresas a evoluírem para as melhores práticas de governança corporativa”, disse. Como exemplo dessa postura, Sérgio Rosa destacou o lançamento do Código PREVI de Melhores Práticas de Governança Corporativa.


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Código define práticas de Governança Corporativa


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