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INOVAR É PARTE DO NOSSO DNA

Manifesto de Inovação da Previ olha para nossa origem e aponta cultura inovadora como chave para o futuro

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A fonte da juventude


Inovação também é um caminho para se conectar com as novas gerações. Essa é a ideia por trás do BRABlox, projeto do Banco do Brasil que levou a instituição financeira para o Metaverso, por meio do popular game Roblox. A iniciativa, direcionada a crianças de 8 a 12 anos, busca rejuvenescer a marca e atrair a atenção da chamada geração alfa, os consumidores do futuro.

“O público mais velho é fiel à nossa marca, mas estávamos perdendo terreno com os consumidores mais jovens”, admitiu Josely Guedes, assessora na Gerência de Inovação e Projetos da Direc, no Banco do Brasil. Por meio de jogos, foi possível apresentar o BB às crianças de forma lúdica, usando simulações de esportes, atividades de educação financeira e reforçando a identidade entre o Banco e o país.

“A estratégia foi usar as dinâmicas e o estilo visual já existentes em outros jogos populares na plataforma Roblox”, explicou Rafael Chies, assessor de TI no BB e membro do time de desenvolvimento de soluções de realidade virtual, realidade aumentada e metaverso. Na semana de lançamento do game, o engajamento surpreendeu. “Aumentamos em cinco vezes as vendas de cartões presentes relacionados ao jogo”, contou Josely.

A diversidade é fundamental

Isso implica necessariamente em aumentar a inclusão e abraçar as diferenças. “A diversidade é um fator absolutamente essencial para o processo inovador”, explicou Nina Silva, CEO do Movimento Black Money. A diversidade abre espaço para novos pontos de vista, novas experiências, novas abordagens que favorecem a criação de novas soluções.

Por isso mesmo, defendeu Nina, é preciso combater desigualdades que criam barreiras à diversidade. “Hoje, mulheres negras, no geral, têm renda equivalente à 40% da renda dos homens brancos. Pessoas negras têm crédito negado três vezes mais do que pessoas brancas, mesmo apresentando as mesmas garantias de crédito.”

Sanmya Thatila, assessora sênior de TI do Banco do Brasil e fundadora do movimento Mulheres na TI, observou que a presença feminina na área de tecnologia ainda é pequena. Segundo dados da Unesco, apenas 30% dos profissionais do setor são mulheres. “Esse desequilíbrio cria uma carência de talento onde as mulheres são especialmente fortes, como a resolução de problemas e a inteligência emocional”, afirmou.

Entre os fatores que levam à sub-representação feminina na área de tecnologia, estão a falta de estímulo na sociedade para que as mulheres busquem formação nas áreas de Ciência, Tecnologia, Engenharia e Matemática (STEM, na sigla em inglês) e a falta de mentores ou mentoras, que apontem a tecnologia como uma carreira viável para as meninas. “Faltam exemplos inspiradores”, lamentou Sanmya.

A diretora de Planejamento da Previ, Paula Goto, por sua vez, lembrou a pouca presença feminina em cargos de liderança. “Uma pesquisa da KPMG mostrou que de 2021 a 2022, o número de mulheres em cargos de conselho nas empresas cresceu de 14% para 16%”, disse. “Nesse ritmo, quando vamos ter uma situação de igualdade?”

Rachel Maia, fundadora e CEO da RM Consulting, faz parte dessa minoria de executivas em conselhos, com assento na Vale e no Banco do Brasil. “O caminho é longo, tem muito a se fazer no mercado”, afirmou.

Segundo Rachel, não se trata de tirar espaço dos homens, mas de garantir o lugar de fala feminino na liderança das empresas. “Porque não adianta querer mudar a mentalidade das empresas pela base, se o mindset continua o mesmo na cúpula. Sem isso, não temos a diversidade necessária à inovação”.

Já o diretor de Investimentos, Denísio Liberato, observou o papel importante de investidores institucionais na Previ para a difusão de boas práticas de inclusão nas empresas. “No papel de conselheiro, sempre aponto como inaceitável o tratamento discriminatório dado à população negra, nas empresas em que investimos”, afirmou.

 

 

Inovar na prática

Mas como isso acontece na prática? João Quaranta, gerente executivo de Governança de Portfólio, Governança de Dados e Inteligência Analítica do BB, falou de efeitos reais da inovação aplicada ao dia a dia do Banco. “Usando modelos de decisão com base em dados, reduzimos de 45 minutos para 1 segundo o tempo de consulta para personalização de taxa de CDC (Crédito Direto ao Consumidor) e aumentamos em 168% a nossa capacidade de atendimento”, explicou.

Na Previ, o uso de dados na tomada de decisões também começa a dar resultados. “Desenvolvemos um painel de análise que permite descobrir os participantes com maior propensão a aderir à Capec, e fizemos campanhas direcionadas para este público”, contou Rafael Sach, analista da Gerência de Riscos da Previ. “Também criamos uma ferramenta de análise preditiva para prever o fluxo de migração entre perfis de investimento no Previ Futuro”, continua Sach. O objetivo é permitir que a Previ aja para conter as migrações, quando julgar que elas podem ser prejudiciais aos próprios participantes.

Rodrigo Tavares, analista do Núcleo de Cenários Macroeconômicos da Previ, explica que a Entidade vem trabalhando com Produtos Minimamente Viáveis (na sigla em inglês, MPVs) na área de análise de riscos. Isso significa simplificar o desenvolvimento e lançar ferramentas de forma mais rápida para o uso, em vez de tentar criar produtos completos, com usos múltiplos desde o lançamento.

“Nesse processo de inovação, pesquisamos muito e ouvimos um conselho de quem trabalha com isso”, contou Rodrigo. “Comecem. Façam pequenos produtos analíticos. Mostrem valor. E nós mostramos que é possível construir modelos de análise viáveis e inovar com o que a gente tem.” Fica a dica.

 

 

Reinvenção


Durante o evento, outros signatários do manifesto também falaram sobre a importância da inovação para o futuro da Previ. “Se alguém acredita que para repetir o sucesso dos últimos 119 anos, basta repetir a receita, está muito enganado. Temos que mudar, sem esquecer nossas raízes previdenciárias, inovando com novos produtos e nos reinventando a cada dia”, alertou o diretor de Seguridade, Wagner Nascimento.

Márcio de Souza, diretor de Administração da Previ, também signatário do Manifesto, por sua vez, observou que não se deve confundir inovação com tecnologia. “A inovação não está a serviço da tecnologia, e sim, é a tecnologia que está a serviço da inovação”, argumentou. Por isso, ele acredita que inovar é um trabalho diário, que depende de todos nós.

“A inovação está na criatividade em se aplicar a melhor ferramenta para resolver um problema, em criar maneiras novas de se executar um processo, está na rotina. E é construída todos os dias, até descobrirmos aquelas que são de fato disruptivas”, prosseguiu Márcio."

Maturidade

Para Fernando Melgarejo, diretor de Participações, a inovação pode estar em um produto, um serviço, no jeito diferente de executar um processo. “E sempre pensando em formas fáceis e intuitivas de uso, para que as pessoas sejam beneficiadas pela inovação”, ressaltou. O que representa um desafio adicional no âmbito da Previ. “Temos sempre que levar em consideração que lidamos com um universo de participantes com diferentes níveis de maturidade tecnológica e de cultura digital."

Futurismo


A 3ª Semana de Inovação também reuniu um grande time de especialistas. Assim como o presidente João Fukunaga, a futurista Mônica Magalhães se apresentou no evento em forma de holograma. Fundadora e chefe de Estratégia da consultoria Disrupta, Mônica conta que o futurismo não é sobre saber o que vai acontecer ou não num futuro distante. “É sobre perceber as mudanças que estão acontecendo hoje. É uma habilidade que precisamos desenvolver para inovar”, afirma.

Segundo Mônica, essa visão do futuro, para que seja inovadora, deve ser acompanhada de pensamento livre, e com uma perspectiva de longo prazo. “A inovação tem cinco grandes motores: Pessoas, Tecnologia, Economia, Meio Ambiente e Política. E quanto mais a sua inovação estiver conectada a esses cinco pilares, mais impacto ela tem”, conclui.

A especialista lembrou que o conceito de inovação também muda com o tempo. “Até os anos 1980, ela era ligada à tecnologia. Depois, as empresas passaram a uma visão centrada no cliente. Hoje, estamos passando a uma visão focada nas pessoas, mas o que isso quer dizer?” E a própria Mônica responde: “Entregar valor além da relação comercial, pensando nas pessoas e em suas dores, além do papel delas como cliente.”

Mônica também é otimista em relação à tecnologia de Inteligência Artificial. “Gosto de pensar que é uma revolução positiva, mas que precisa ser acompanhada de perto”, observou. Segundo ela, a tecnologia tem um impacto gigantesco na integração dos canais de atendimento e exige que as organizações sejam cada vez mais direcionadas por dados.

“Uma organização direcionada por dados pensa primeiro em qual é a informação que precisa e depois pensa em que produto vai oferecer”, explicou Mônica. Por isso, para ela, a chave no futuro será tratar os dados de forma humanizada. “Se todo mundo coleta os mesmos dados, o desafio passa a ser como medir esses dados de forma qualitativa.”

Bruno Zanetti, diretor da Holobox, empresa responsável pela plataforma de holografia utilizada na Semana Previ de Inovação, por sua vez, falou de tecnologias disruptivas, Inteligência Artificial, reconhecimento corporal, aparelhos conectados como relógios ou roupas, entre outras. Mas para ele, o pulo do gato da inovação não está na tecnologia em si. “Está em conectar isso tudo aos processos que conhecemos, de forma humanizada”, disse. “É daí que vai surgir a inovação.”
 

Empresas ambidestras e infinitas

Gueitiro Matsuo Genso, ex-presidente da Previ que hoje investe em startups, destacou o caráter inovador do Banco do Brasil e da Previ. E observou que as organizações precisam ser o que chamou de “ambidestras”. “É preciso fazer conviverem as culturas de inovação e de execução. Quando isso acontece, o potencial de crescimento é exponencial”.

Ele aproveitou para explicar a diferença entre esses dois pilares. “A execução é aquilo que paga o seu salário, mas a inovação é o que paga sua aposentadoria, já que o resultado é de longo prazo”, comparou. “Se na execução você minimiza os riscos, na inovação, você aprende com os eventuais fracassos.”

E é esse caráter de longo prazo da inovação que garante a longevidade das organizações. Algo fundamental quando se fala em Previdência, destacou Glauco Balthar, diretor de Tecnologia e Operações da Quanta Previdência, que abordou o tema das Organizações Infinitas, na 3ª Semana de Inovação Previ.

“Organizações Infinitas são aquelas que conseguem se renovar continuamente, manter seu propósito, satisfazer seus clientes e conquistar espaço, independente da forma. Entendem o passado, estão atentas ao futuro, mas seu foco é o presente, o agora”, explicou Balthar. Ele disse ainda que é preciso diminuir a separação entre as empresas e inovações estratégicas. “Nada acontece sem gente, melhoria de processos, aprendizado e tecnologia. Porque tempo não é mais dinheiro, é sobrevivência”.


Liderança


Mateus Gerolano, professor do Grupo de Pesquisa em Gestão da Mudança e da Inovação, da USP, explicou que as lideranças das organizações têm um papel fundamental a desempenhar diante do cenário de transformação digital. “A evolução tecnológica é acelerada, em progressão geométrica”, explicou. “Se não houver um trabalho direcionado dos líderes, muita gente pode ficar para trás e não acompanhar os saltos da tecnologia”, alertou.

Segundo Gerolano, os líderes impulsionam as transformações culturais que podem sustentar a inovação. “Em culturas com excesso de hierarquia, burocracia desnecessária e foco no curto prazo, você cria o medo de errar, o isolamento e resistência a mudanças, que prejudicam a inovação.”

Para o futurista Gil Giardeli, mesmo com toda a empolgação de um mundo repleto de facilidades impulsionadas pela tecnologia, é preciso ir além dos benefícios imediatos. É necessário criar um mundo que não seja repleto de ilhas de inovação isoladas. “Precisamos de construtores de pontes”, resumiu. E lembrou que, com a Sociedade 5.0, para a qual caminhamos, a educação de ponta terá que ser para todos. “Ou o mundo será de todos ou não será de ninguém”, concluiu.

 

“As coisas são impossíveis até que deixam de ser”, disse o holograma do presidente da Previ, João Fukunaga, na abertura da 3ª Semana Previ de Inovação. O holograma é uma nova tecnologia, que proporciona a presença das pessoas mesmo que elas estejam distantes -- igualzinho nas séries de ficção científica que a gente via quando criança. “Era impossível criar um fundo de pensão no Brasil em 1904, mas não para os 52 inovadores que fundaram a Previ”.


Ao resgatar a origem da nossa Entidade, ele apontava, também, para o futuro. “Temos que continuar a ser inovadores para cumprir nossa missão de pagar benefícios”, afirmou. O presidente destacou, no entanto, que a inovação não acontece por acaso, ela é resultado de uma cultura e de muito trabalho.

Para reforçar esse compromisso, João Fukunaga citou um trecho do Manifesto de Inovação da Previ, lançado ao final do evento, que reflete a visão de toda a Diretoria Executiva sobre o tema: “Acreditamos na inovação como continuidade e inclusão, independentemente de idade, gênero, cultura, condição socioeconômica ou capacidade. Investimos nessa cultura dentro e fora de nossa casa, estimulando uma cultura inclusiva, colaborativa, que tem como centro os nossos associados e associadas”.

  • Manifesto de Inovação da Previ

Continuidade e inclusão

"Acreditamos na inovação como continuidade e inclusão, independentemente de idade, gênero, cultura, condição socioeconômica ou capacidade. Investimos nessa cultura dentro e fora de nossa casa, estimulando uma cultura inclusiva, colaborativa, que tem como centro os nossos associados e associadas", João Fukunaga, presidente da Previ

"Se alguém acredita que para repetir o sucesso dos últimos 119 anos, basta repetir a receita, está muito enganado. Temos que mudar, sem esquecer nossas raízes previdenciárias, inovando com novos produtos e nos reinventando a cada dia", Wagner Nascimento, diretor de Seguridade

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