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O DESAFIO DA LONGEVIDADE

Viver por mais tempo exige melhor planejamento financeiro e previdenciário para manter boa qualidade de vida

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O Brasil está envelhecendo rapidamente e a população se torna a cada ano mais longeva. Esses dois fenômenos têm grande impacto para a sociedade, a economia e a previdência. Em 2010, as pessoas com mais de 65 anos eram 7% da população. Segundo o World Population Prospects 2019, da Organização das Nações Unidas, essa proporção vai dobrar até 2030 e triplicar até 2060. “Vamos envelhecer em 50 anos o que levou 200 anos para acontecer na França”, explica o demógrafo José Eustáquio Diniz Alves.

 

O envelhecimento da população significa que a quantidade de idosos será cada vez maior. Isso tem a ver com a queda acelerada na taxa de fertilidade. De acordo com o IBGE, em 1970, cada mulher tinha em média seis filhos. Hoje, essa taxa caiu para 1,7, número insuficiente para repor a população no longo prazo.  

 

Além disso, a expectativa de vida do brasileiro cresceu mais de 30 anos desde 1940, ainda segundo o IBGE. As melhorias no atendimento médico, na alimentação e no acesso à informação, entre outros fatores, aumentam nossa sobrevida. De acordo com o Instituto, ao nascer, uma mulher hoje tem expectativa de viver até os 80 anos, e os homens, de 73 anos. 

 

Expectativa de vida na Previ

 

Entre os participantes da Previ, a expectativa de vida é ainda mais alta que a brasileira. Isso acontece porque se trata de um grupo com melhor nível de renda, de qualidade de vida e acesso a melhores serviços de saúde do que a população do país em geral. No Plano 1, ela é de 89,7 anos para mulheres e de 86,2 para homes, enquanto no Previ Futuro é de 88,3 e de 83,3 para mulheres e homens, respectivamente.

 

Essa realidade faz aumentar o número de centenários entre aposentados e pensionistas da Entidade. Em 2010, havia apenas quatro pessoas com mais de cem anos. Apenas nove anos depois, em junho de 2019, os centenários da Previ já somavam 19, dos quais 17 são homens e 2 são mulheres. A Previ não tem histórico de evolução de pensionistas.

Viver por mais tempo

 

Os números não mentem. Estamos vivendo mais tempo, e isso é uma ótima notícia. No entanto, essa nova realidade tem uma série de implicações importantes para cada um de nós. Simultaneamente, o número de idosos cresce, a longevidade aumenta e a população economicamente ativa ficará mais reduzida no futuro.

 

“Essa mudança no perfil da população nos obrigará a rever as políticas públicas em áreas como habitação, mobilidade urbana, saúde”, enumera Henrique Noya, diretor-executivo do Instituto de Longevidade Mongeral Aegon. O impacto sobre a previdência pública também é inevitável. A tendência é de que seja necessário pagar benefícios por mais tempo, com menor número de segurados em idade ativa ao longo dos anos. “Podemos discutir as condições de uma reforma previdenciária, que medidas serão tomadas, mas ela é inevitável diante dessa realidade”, observa José Eustáquio.

 

Quando aprovadas, mudanças como o estabelecimento de idade mínima para a aposentadoria no INSS terão impacto para os participantes da Previ que ainda estão em atividade. Cada um deverá avaliar as condições de contar ou não com a aposentadoria pelo Regime Geral antes de solicitar o benefício complementar junto a seu plano na Previ.

O impacto na Previ

 

Para a Entidade, o aumento da longevidade também representa desafios. Pessoas que vivem e trabalham por mais tempo têm maior risco de se aposentar por invalidez, por exemplo. A mudança no cenário também exige a formação de reservas maiores, considerando maior tempo de pagamento de benefícios.

 

A constatação do aumento da expectativa de vida levou à revisão da tábua de mortalidade dos planos, no final do ano passado. O ajuste reflete a realidade de cada plano e visa o melhor dimensionamento possível para o compromisso da Entidade, com o objetivo de mitigar riscos de solvência no futuro. Vale lembrar que, pela legislação do setor de previdência complementar, a Tábua de Mortalidade precisa ser reanalisada somente a cada três anos, mas, para aumentar a segurança e a precisão do cálculo atuarial, realizamos esse estudo anualmente. 

 

Previ Futuro

 

No Previ Futuro, os associados devem investir mais no planejamento de suas aposentadorias, pois o valor do benefício depende da reserva acumulada pelo participante.

 

Essa reserva depende de três fatores: o valor das contribuições pessoais e patronais, a rentabilidade dos investimentos e o tempo de contribuição. É possível turbinar as reservas por meio das contribuições adicionais (2B) e complementares (2C). Também é possível escolher os perfis de investimento, de acordo com a relação risco e retorno que melhor convém a cada um. 

 

Vida ativa mais longa

 

E, naturalmente, deve-se levar em conta a possibilidade de trabalhar por mais tempo e prolongar o período de contribuição para conseguir um benefício melhor. Ao fazer isso, por um lado você aumenta o volume de recursos. Por outro, reduz em alguns anos o tempo calculado para o recebimento do benefício.

 

Para que isso seja feito de forma consciente, é preciso traçar uma boa estratégia previdenciária e acompanhar regularmente a evolução de suas reservas pessoais. Esse acompanhamento pode ser feito pelas ferramentas disponibilizadas pela Previ: o Simulador de Renda do site e o serviço Meu Benefício, do App Previ. Neste, a partir do seu saldo de conta, você pode simular o valor do benefício desejado e verificar o impacto de mudanças na data de aposentadoria, valores de contribuição ou Perfil de Investimento na sua estratégia previdenciária. Clique aqui e confira o passo a passo para simular no Meu Benefício. Também é importante avaliar o seu nível de contribuição.

 

O impacto no Plano 1

 

No âmbito do Plano 1, não há mudança no valor dos benefícios. No entanto, o plano não está livre do impacto na mudança do perfil de longevidade. Para fazer frente ao aumento de anos que as pessoas viverão, é necessário ter mais recursos para garantir o pagamento dos benefícios. Ou seja, ao considerarmos essa nova realidade, é necessário elevar a Reserva Matemática do plano, que corresponde ao valor que a Previ necessita ter hoje para honrar seus compromissos com o pagamento de todos os benefícios do Plano 1 no longo prazo. 

 

O futuro 

 

Como se vê, o caminho é longo e enfrentar os desafios da longevidade exigirá a atenção de todos nós. O que podemos garantir é que, no futuro, a Previ continuará ao lado dos participantes para ajudá-los a aproveitar ao máximo seu período de aposentadoria, com a melhor qualidade de vida possível. E para isso, faremos tudo para cumprir nossa missão de pagar benefícios de forma sustentável, segura e eficiente a todos nós, associados.

Longevidade de verdade

 

A Previ era uma ‘pré-adolescente’ de 11 anos quando Nancy Bandeira de Menezes nasceu, em 2 de junho de 1915. Isso mesmo, você não está lendo errado. Nossa pensionista, de 104 anos, é a prova viva de como a população brasileira está vivendo cada vez mais e bem. Moradora de Niterói há cerca de 60 anos, ela viveu em muitos lugares desse país por conta das atividades do pai, que trabalhou com o Marechal Rondon, e do marido, Renato Barbosa de Menezes, que trabalhou em agências do BB em várias cidades até se aposentar no município fluminense.

 

Com um sorriso no rosto e sem aparentar a idade que tem, Nancy é muito ativa e saudável. Boa de papo, a centenária pensionista da Previ conta que sempre gostou muito de cozinhar e aprendeu os pratos típicos de muitos dos lugares onde viveu. No dia a dia, gosta de assistir TV e ler para se informar sobre o que acontece no mundo à sua volta, além de curtir a família. Vizinha de sua filha Renata, que mora ao lado e está sempre por perto, inclusive ajudando a clarear a sua memória nos raros momentos em que falha, Nancy vive em seu próprio apartamento em companhia de uma acompanhante que, há 11 anos, a ajuda na rotina diária.

 

Mãe de três filhas, avó de seis netos e bisa de quatro bisnetos, a centenária conta que é feliz. “Sempre tive a saúde frágil e nunca me imaginei chegar aos 104 anos. Aliás, não me lembro de ter conhecido alguém tão velho quanto eu. Sou muito feliz por tudo que vivi e pela família que construí e vou seguindo em frente com alegria. Minha hora de conhecer ‘o outro lado’ vai chegar”, fala sorrindo para, em seguida, pedir à filha para dar ao fotógrafo e à repórter que fez esta entrevista um pedaço do bolo que ela havia feito à tarde com a ajuda da acompanhante.

 

Pensionista da Previ há 27 anos - desde 1992 quando seu marido, com quem foi casada por 56 anos, faleceu - Nancy conta que o benefício a ajuda a ter uma vida tranquila. “São quase três décadas recebendo a pensão do meu marido, e isso é muito importante porque me permite ter uma vida mais sossegada. Com a idade, chegam os problemas de saúde, os gastos com remédio naturalmente aumentam. Mas, graças a Deus, a Previ sempre me garantiu segurança e tranquilidade ao longo de todo esse tempo”, conta.

Fica a Dica

 

Exposição Longevidade – Os caminhos para viver mais e melhor provoca reflexão sobre transformações da sociedade

 

As mudanças promovidas pelo homem ao longo das últimas décadas, em diferentes setores - educação, ciência e habitação, por exemplo -, e que resultaram em benefícios coletivos para várias gerações, como o aumento na expectativa de vida, são o tema da exposição Longevidade – Os caminhos para viver mais e melhor, que segue em cartaz até 15 de setembro, no Centro Cultural Correios, no Centro do Rio de Janeiro.

 

Com entrada gratuita, a exposição visa estimular o público a refletir sobre as escolhas individuais e coletivas que, relacionadas, estão levando a humanidade a viver cada vez mais. Aqui no Brasil, segundo o IBGE, nossa expectativa de vida atualmente é de 76 anos, e a tendência é de que esse número aumente cada vez mais.

 

De forma divertida e interativa, a exposição faz provocações aos visitantes de todas as idades sobre aspectos relevantes que envolvem temas como o meio ambiente, hábitos de vida e educação financeira, e os caminhos que levaram à consolidação do fenômeno da longevidade no Brasil.

 

Serviço

 

Exposição: Longevidade – Os Caminhos Para Viver Mais E Melhor

2 de agosto a 15 de setembro

De terça a domingo, das 12h às 19h

Entrada gratuita

Centro Cultural Correios: Rua Visconde de Itaboraí, 20, Centro – Rio de Janeiro

Tel.: (21) 2253-1580

  • Nancy Bandeira de Menezes tem 104 anos e é pensionista da Previ desde 1992

Mudança nas políticas públicas

"Essa mudança no perfil da população nos obrigará a rever as políticas públicas em áreas como habitação, mobilidade urbana, saúde", enumera Henrique Noya, diretor-executivo do Instituto de Longevidade Mongeral Aegon.

Comentários

(3)
  • Paulo Beno Goellner 

    Bela reportagem sobre a centenaria Nancy, pensionista com 104 anos de idade ! Poderiam esclarecer e reportar sobre os beneficios pagos as filhas solteiras dos socios fundadores da PREVI, bem como incluir todas as pensionistas participantes do Plano 1, no ""Painel Informativo"", por faixa etaria, pois sabe-se que 43 pensionistas ""filhas solteiras"" também são centenarias. Parabens pela nova publicação. Paulo Beno Goellner Carazinho (RS)
  • Previ 

    Oi, Paulo! As concessões de benefícios de pensão são feitas conforme Regulamento vigente à época dos eventos. O Complemento de Pensão por Morte para filhas de sócio fundador é uma das várias modalidades de benefícios pagos pela Previ. Periodicamente, é realizado o recadastramento de participantes e pensionistas para identificar qualquer inconsistência ou não atendimento às regras estabelecidas em normativos aplicados aos benefícios em manutenção.
  • David de Aquino Filho 

    Parabéns pela oportuna matéria. Atuo como Embaixador do Movimento LAB60+ no Rio, que se propõe ressignificar a longevidade com encontros mensais intergeracionais, conectando iniciativas (face LAB60+). Tenho também o projeto Dinheiro e Longevidade, no qual trabalho a preparação financeira para longevidade e a vivência com o dinheiro após os 50 anos. Mensalmente levo um pouco do meu projeto para a Escola do Rio Previdência (veja o site da escola).

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